Perceção de obstáculos ao controlo da Diabetes Tipo 1 em crianças e jovens

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Spínola, Jéssica Santos
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.6/9397
Resumo: A Diabetes Tipo 1, uma doença crónica caracterizada pela falta de produção de insulina pelo pâncreas e consequente necessidade de insulina exógena, acomete maioritariamente as crianças e jovens. Dadas as características do desenvolvimento psicofisiológico normativo desta faixa etária e a exigência de cuidados diários da doença, o controlo glicémico pode ser difícil de atingir. Neste contexto, o presente trabalho teve como objetivo explorar e descrever os principais obstáculos ao controlo da Diabetes Tipo 1, percecionados por crianças e jovens com este diagnóstico e seus cuidadores. Para tal, foi realizada primeiramente uma pesquisa de literatura sobre a vivência de doença crónica e respetivas dificuldades de confronto e adaptação, as características médicas da Diabetes Tipo 1, epidemiologia, tratamento e aspetos cognitivos e emocionais, a adesão terapêutica e suas metodologias de avaliação e preditores, e a psicologia da saúde no processo terapêutico, da qual resultou o enquadramento teórico descrito no primeiro capítulo. Numa segunda fase, e para a realização do estudo empírico abordado no segundo capítulo, foi levada a cabo uma investigação de natureza essencialmente qualitativa junto de dez jovens entre os 10 e os 16 anos de idade, e respetivas mães, a qual foi reportada em formato de artigo científico. Da investigação foi possível concluir que os principais obstáculos/dificuldades percecionados pelos jovens foram a falta de liberdade alimentar comparativamente aos pares, a dor e incómodo de alguns procedimentos médicos e a sensação de insaciedade persistente. Na perspetiva das mães, os principais obstáculos foram as restrições alimentares, a perceção de falta de suporte do médico, a elevada responsabilidade, pressão e stresse sobre o jovem, um funcionamento psicoemocional tipicamente lábil, e a inconformidade, revolta e não-aceitação da doença.
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