A Indústria dos segredos: os arcanos de vidro portugueses dos séculos XVIII-XX
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2018 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10362/61566 |
Resumo: | Esta investigação teve como objetivo iniciar um estudo sistemático de quais seriam as composições de vidro utilizadas nas fábricas portuguesas entre os séculos XVIII e XX. Para tal, foram estudados os três arcanos conhecidos de fábricas de vidro portuguesas. Os arcanos – cadernos de apontamentos secretos – são atribuídos a fábricas e/ou vidreiros portugueses e contêm informação valiosa sobre a produção de vidro em Portugal desde o seu apogeu, século XVIII, até o seu declínio aproximado no século XX. Deste arcano foram selecionadas receitas de vidro de cristal incolor, uma das composições mais típicas neste período, pertencentes aos três arcanos de vidro portugueses conhecidos até à data – cinco receitas do arcano da Marinha Grande, cinco receitas do arcano da Fábrica das Gaivotas e três receitas do arcano de Castro e Oliveira Guerra. De modo a caracterizar os vidros reproduzidos recorreu-se a um conjunto de análises complementares como a micro fluorescência de raios-X dispersiva de energias, espetroscopia de absorvância de UV-Vis, calorimetria diferencial de varrimento, dilatometria, dureza Vickers, microscopia ótica e micro espetroscopia de Raman. As receitas selecionadas comprovaram-se viáveis de reproduzir e com boas propriedades térmicas para permitir a trabalhabilidade e criação de peças. Através dos testes de dureza concluiu-se que o vidro resultante permite a aplicação de técnicas de decoração como a gravação e lapidação, muito utilizadas pela Europa no período em questão. Foi comprovada também a semelhança em termos de composição com alguns dos vidros históricos expostos em museus portugueses e atribuídos a produção nacional. Foi ainda discutido o valor de cada arcano enquanto objeto histórico. A reprodução destas amostras irá permitir efetuar testes de envelhecimento e criação de propostas de conservação, bem como a construção de uma base de dados de composições da época, de modo a ser possível fazer atribuições dos vidros históricos, até à data de proveniência desconhecida, a indústrias portuguesas. |
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