Do livro para o marfim : gravuras tardo-medievais francesas em olifantes, hostiários esaleiros da antiga Serra Leoa
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2018 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10451/34476 |
Resumo: | Entre o final do século XV e início do século XVI, a expansão portuguesa deu origem a um primeiro comércio global, intensificou a circulação de pessoas e bens e foi crucial para o surgimento de uma arte intercontinental. Entre esses primeiros produtos figuram os marfins Luso-Africanos exportados da costa atlântica de África para a Europa. Em afinidade com o âmbar e com o coral, o marfim de elefante é uma das poucas matérias-primas orgânicas que foi privilegiada na competição com materiais preciosos como as gemas e metais nobres. A sua proveniência de locais longínquos articulada com a sua durabilidade e o seu exotismo, cooperaram para ser apreciado ao longo da história da humanidade. Tendo estado sempre presente na relação entre Africanos e Europeus, quando o contacto dos portugueses com a região da Antiga Serra Leoa se iniciou também surgiu um novo intercâmbio de formas artísticas à qual damos o nome de arte Luso- Africana. O principal objetivo desta dissertação de Mestrado em Arte, Património e Teoria do Restauro consiste em analisar comparativamente os marfins Luso-Africano, produzidos pelos artesãos da Antiga Serra Leoa com as fontes visuais europeias do final do século XV a meados do séc. XVI, designadamente quatro Livros de Horas produzidos nas oficinas de Simon Vostre e Thielman Kerver e uma versão portuguesa do Livro das Horas de Nossa Senhora, impresso em Paris em fevereiro de 1501 por Narcisse Brun. O nosso trabalho será cingido à análise de três tipologias distintas de objetos (olifantes, hostiários e saleiros) com o intuito de reconsiderar a perceção dos mesmos, e de os reavaliar enquanto produtos híbridos do sincretismo extra-cultural do continente africano com a Europa. |
id |
RCAP_f9b5f7237f3f1ef60ceab5944fc9bf7b |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:repositorio.ul.pt:10451/34476 |
network_acronym_str |
RCAP |
network_name_str |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
repository_id_str |
7160 |
spelling |
Do livro para o marfim : gravuras tardo-medievais francesas em olifantes, hostiários esaleiros da antiga Serra LeoaMarfins - HistóriaMarfins - Portugal - séc.15-16Marfins - Serra Leoa (145.-1787) - séc.15-16Escultura em marfim - Serra Leoa (145.-1787) - séc.15-16Marfins - Indústria e comércio - África - séc.15-16Livros de horas - séc.15-16Teses de mestrado - 2018Domínio/Área Científica::Humanidades::ArtesEntre o final do século XV e início do século XVI, a expansão portuguesa deu origem a um primeiro comércio global, intensificou a circulação de pessoas e bens e foi crucial para o surgimento de uma arte intercontinental. Entre esses primeiros produtos figuram os marfins Luso-Africanos exportados da costa atlântica de África para a Europa. Em afinidade com o âmbar e com o coral, o marfim de elefante é uma das poucas matérias-primas orgânicas que foi privilegiada na competição com materiais preciosos como as gemas e metais nobres. A sua proveniência de locais longínquos articulada com a sua durabilidade e o seu exotismo, cooperaram para ser apreciado ao longo da história da humanidade. Tendo estado sempre presente na relação entre Africanos e Europeus, quando o contacto dos portugueses com a região da Antiga Serra Leoa se iniciou também surgiu um novo intercâmbio de formas artísticas à qual damos o nome de arte Luso- Africana. O principal objetivo desta dissertação de Mestrado em Arte, Património e Teoria do Restauro consiste em analisar comparativamente os marfins Luso-Africano, produzidos pelos artesãos da Antiga Serra Leoa com as fontes visuais europeias do final do século XV a meados do séc. XVI, designadamente quatro Livros de Horas produzidos nas oficinas de Simon Vostre e Thielman Kerver e uma versão portuguesa do Livro das Horas de Nossa Senhora, impresso em Paris em fevereiro de 1501 por Narcisse Brun. O nosso trabalho será cingido à análise de três tipologias distintas de objetos (olifantes, hostiários e saleiros) com o intuito de reconsiderar a perceção dos mesmos, e de os reavaliar enquanto produtos híbridos do sincretismo extra-cultural do continente africano com a Europa.Between the late fifteenth and the early sixteenth centuries Portuguese Expansion has promoted a first global trade, that has intensified the movement of people and goods, which was crucial for the emergence of an intercontinental art. Among these first products are the Luso-African ivories exported from the Atlantic coast of Africa to Europe. Compared with amber and coral, elephant ivory is one of the few organic raw materials that has been prized in competition with others precious materials such as gems and noble metals. The fact that was originated from far away lands combined with it’s durability and it’s exoticism, have cooperated to it’s appreciation throughout the history. Ivory has always been crucial in the relationship between Africans and Europeans, and when the Portuguese arose in the region of Old Sierra Leone began a exchange of new artistic forms known as Luso-African art. The main objective of this master thesis on “Arte, Património e Teoria do Restauro” is to comparatively analyze the Luso-African ivories, produced by the artisans of Old Sierra Leone to the European visual sources from the late fifteenth and early sixteenth centuries, specifically from 4 Books of Hours produced in the workshops of Simon Vostre and Thielman Kerver and a Portuguese version of the Book of Hours of Our Lady, printed in Paris in February of 1501 by Narcisse Brun. Our work will be limited to the analysis of three distinct typologies of objects (oliphants, pyxes and saltcellars) to reconsider their perception, and to re-evaluate them as hybrid products of the extra-cultural syncretism of the African continent with Europe.Afonso, Luís UrbanoRepositório da Universidade de LisboaRodrigues, Tiago Samuel Franco2018-08-14T14:26:48Z2018-06-142018-02-202018-06-14T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10451/34476TID:201930617porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-11-08T16:29:49Zoai:repositorio.ul.pt:10451/34476Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T21:49:13.078616Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
dc.title.none.fl_str_mv |
Do livro para o marfim : gravuras tardo-medievais francesas em olifantes, hostiários esaleiros da antiga Serra Leoa |
title |
Do livro para o marfim : gravuras tardo-medievais francesas em olifantes, hostiários esaleiros da antiga Serra Leoa |
spellingShingle |
Do livro para o marfim : gravuras tardo-medievais francesas em olifantes, hostiários esaleiros da antiga Serra Leoa Rodrigues, Tiago Samuel Franco Marfins - História Marfins - Portugal - séc.15-16 Marfins - Serra Leoa (145.-1787) - séc.15-16 Escultura em marfim - Serra Leoa (145.-1787) - séc.15-16 Marfins - Indústria e comércio - África - séc.15-16 Livros de horas - séc.15-16 Teses de mestrado - 2018 Domínio/Área Científica::Humanidades::Artes |
title_short |
Do livro para o marfim : gravuras tardo-medievais francesas em olifantes, hostiários esaleiros da antiga Serra Leoa |
title_full |
Do livro para o marfim : gravuras tardo-medievais francesas em olifantes, hostiários esaleiros da antiga Serra Leoa |
title_fullStr |
Do livro para o marfim : gravuras tardo-medievais francesas em olifantes, hostiários esaleiros da antiga Serra Leoa |
title_full_unstemmed |
Do livro para o marfim : gravuras tardo-medievais francesas em olifantes, hostiários esaleiros da antiga Serra Leoa |
title_sort |
Do livro para o marfim : gravuras tardo-medievais francesas em olifantes, hostiários esaleiros da antiga Serra Leoa |
author |
Rodrigues, Tiago Samuel Franco |
author_facet |
Rodrigues, Tiago Samuel Franco |
author_role |
author |
dc.contributor.none.fl_str_mv |
Afonso, Luís Urbano Repositório da Universidade de Lisboa |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Rodrigues, Tiago Samuel Franco |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Marfins - História Marfins - Portugal - séc.15-16 Marfins - Serra Leoa (145.-1787) - séc.15-16 Escultura em marfim - Serra Leoa (145.-1787) - séc.15-16 Marfins - Indústria e comércio - África - séc.15-16 Livros de horas - séc.15-16 Teses de mestrado - 2018 Domínio/Área Científica::Humanidades::Artes |
topic |
Marfins - História Marfins - Portugal - séc.15-16 Marfins - Serra Leoa (145.-1787) - séc.15-16 Escultura em marfim - Serra Leoa (145.-1787) - séc.15-16 Marfins - Indústria e comércio - África - séc.15-16 Livros de horas - séc.15-16 Teses de mestrado - 2018 Domínio/Área Científica::Humanidades::Artes |
description |
Entre o final do século XV e início do século XVI, a expansão portuguesa deu origem a um primeiro comércio global, intensificou a circulação de pessoas e bens e foi crucial para o surgimento de uma arte intercontinental. Entre esses primeiros produtos figuram os marfins Luso-Africanos exportados da costa atlântica de África para a Europa. Em afinidade com o âmbar e com o coral, o marfim de elefante é uma das poucas matérias-primas orgânicas que foi privilegiada na competição com materiais preciosos como as gemas e metais nobres. A sua proveniência de locais longínquos articulada com a sua durabilidade e o seu exotismo, cooperaram para ser apreciado ao longo da história da humanidade. Tendo estado sempre presente na relação entre Africanos e Europeus, quando o contacto dos portugueses com a região da Antiga Serra Leoa se iniciou também surgiu um novo intercâmbio de formas artísticas à qual damos o nome de arte Luso- Africana. O principal objetivo desta dissertação de Mestrado em Arte, Património e Teoria do Restauro consiste em analisar comparativamente os marfins Luso-Africano, produzidos pelos artesãos da Antiga Serra Leoa com as fontes visuais europeias do final do século XV a meados do séc. XVI, designadamente quatro Livros de Horas produzidos nas oficinas de Simon Vostre e Thielman Kerver e uma versão portuguesa do Livro das Horas de Nossa Senhora, impresso em Paris em fevereiro de 1501 por Narcisse Brun. O nosso trabalho será cingido à análise de três tipologias distintas de objetos (olifantes, hostiários e saleiros) com o intuito de reconsiderar a perceção dos mesmos, e de os reavaliar enquanto produtos híbridos do sincretismo extra-cultural do continente africano com a Europa. |
publishDate |
2018 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2018-08-14T14:26:48Z 2018-06-14 2018-02-20 2018-06-14T00:00:00Z |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/masterThesis |
format |
masterThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://hdl.handle.net/10451/34476 TID:201930617 |
url |
http://hdl.handle.net/10451/34476 |
identifier_str_mv |
TID:201930617 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação instacron:RCAAP |
instname_str |
Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação |
instacron_str |
RCAAP |
institution |
RCAAP |
reponame_str |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
collection |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação |
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1799134423342383104 |