Invisibilidades da guerra e da paz: Violências contra as mulheres na Guiné-Bissau, em Moçambique e em Angola

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Moura, Tatiana
Data de Publicação: 2009
Outros Autores: Roque, Sílvia, Araújo, Sara, Rafael, Mónica, Santos, Rita
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10316/33759
https://doi.org/10.4000/rccs.240
Resumo: O facto de serem homens os que mais matam e morrem em tempo de guerra declarada tem determinado a invisibilidade e negligência de outros actores envolvidos nestes contextos. As mulheres, em concreto, têm sido o ausente social por excelência nas análises sobre conflitos armados e nas políticas de reconstrução pós-conflito Através de uma abordagem que privilegia a análise de continuuns de violência(s) para além de cenários considerados como guerra oficial, e tendo por base os contextos angolano, guineense e moçambicano, pretende-se demonstrar a proximidade entre zonas de guerra e zonas de paz, nomeadamente no que diz respeito à existência de inseguranças que não são consideradas relevantes no desenho e implementação de políticas levadas a cabo no pós-guerra. Pretende-se, em particular, analisar as formas de violência exercidas contra mulheres nestes contextos.
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spelling Invisibilidades da guerra e da paz: Violências contra as mulheres na Guiné-Bissau, em Moçambique e em AngolaViolência contra mulheresInsegurança em tempo de pazEstratégias de resposta à violênciaO facto de serem homens os que mais matam e morrem em tempo de guerra declarada tem determinado a invisibilidade e negligência de outros actores envolvidos nestes contextos. As mulheres, em concreto, têm sido o ausente social por excelência nas análises sobre conflitos armados e nas políticas de reconstrução pós-conflito Através de uma abordagem que privilegia a análise de continuuns de violência(s) para além de cenários considerados como guerra oficial, e tendo por base os contextos angolano, guineense e moçambicano, pretende-se demonstrar a proximidade entre zonas de guerra e zonas de paz, nomeadamente no que diz respeito à existência de inseguranças que não são consideradas relevantes no desenho e implementação de políticas levadas a cabo no pós-guerra. Pretende-se, em particular, analisar as formas de violência exercidas contra mulheres nestes contextos.The fact that it is men who kill and are killed most in times of war has led to the invisibility and neglect of other actors involved in these contexts. Women, in fact, have represented the prime social absence in analyses of armed conflicts and in post-conflict reconstruction policies. This wartime invisibility is prolonged into the post-war period. If during the armed conflict certain groups are not considered significant participants, being involved in, and suffering the impact of, wars in a different way – as is the case with women and children – in the post-war reconstruction period their needs remain marginalised. In addition, in order to turn the post-war period into a period of peace, violent practices must be silenced, and subsequently take on new characteristics. Through an approach foregrounding the analysis of continuums of violence beyond what may be considered the official war scenarios, and on the basis of Angolan, Guinean and Mozambican contexts, the aim of this article is to demonstrate the proximity of war and peace zones, specifically with regard to insecurities not considered relevant to the planning and implementation of post-war policies. In particular, the intention is to analyse the forms of violence practised against women within these contexts.Le fait que ce sont en particulier les hommes qui meurent et tuent en temps de guerre déclarée a déterminé l’invisibilité et l’oubli d’autres acteurs engagés dans ces contextes. Concrètement, les femmes sont les grandes absentes sociales par excellence des analyses sur les conflits armes et sur les politiques de reconstruction après-guerre. Cette invisibilité des guerres se prolonge dans les périodes d’après-guerre. Si, durant le conflit armé certains groupes ne sont pas tenus comme étant des éléments importants, qui participèrent et subirent les impacts des guerres de façon différenciée – comme c’est le cas des femmes et des enfants -, durant la période de reconstruction d’après-guerre leurs nécessités restent marginalisées. D’autre part, faire équivaloir la période après-guerre à une période de paix a exigé que l’on passe sous silence des pratiques violentes qui assument de nouvelles caractéristiques. A travers d’une approche privilégiant l’analyse de continuums de violence(s) par delà les scénarii considérés comme guerre officielle, et en prenant pour base les contextes angolais, guinéen et mozambicains, nous prétendons démontrer la proximité entre zones de guerre et zones de paix, particulièrement pour ce qui a trait à l’existence d’insécurités qui ne sont pas tenues pour importantes dans le tissu de politiques mises en place après-guerre. Nous avons en particulier pour but d’analyser les formes de violences commises contre les femmes dans ces contextes.Centro de Estudos Sociais2009info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articlehttp://hdl.handle.net/10316/33759http://hdl.handle.net/10316/33759https://doi.org/10.4000/rccs.240por0254-11062182-7435http://rccs.revues.org/240Moura, TatianaRoque, SílviaAraújo, SaraRafael, MónicaSantos, Ritainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2020-05-25T07:10:35ZPortal AgregadorONG
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