Evolução da mortalidade por cancro do pulmão em Portugal (1955-2005)

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Alves,Luís
Data de Publicação: 2009
Outros Autores: Bastos,Joana, Lunet,Nuno
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0873-21592009000400001
Resumo: Introdução: A prevalência de fumadores tem diminuído na Europa Ocidental, observando-se já o declínio da mortalidade por cancro do pulmão. Contudo, até 1998 não se observava ainda um decréscimo da frequência deste cancro em Portugal. Objectivo: Descrever a tendência secular da mortalidade por cancro do pulmão em Portugal. Métodos: As taxas de mortalidade por cancro do pulmão (ICD10:C33-34) em Portugal, entre 1955 e 2005, por sexo e grupo etário (5 anos de amplitude), obtiveram-se através da Organização Mundial de Saúde e do Instituto Nacional de Estatística. Calcularam-se taxas de mortalidade padronizadas (método directo, população mundial), para os grupos etários 35-74/35-44/45-54/55-64/65-74 anos. Realizou-se uma regressão joinpoint para calcular a variação anual percentual (VA%) da mortalidade e identificar eventuais pontos de inflexão. Resultados: Entre 1955 e 2005, em homens dos 35 aos 74 anos, observou-se uma estabilização da mortalidade por cancro do pulmão, variando 3,77%/ano (intervalo de confiança a 95% [IC95%]: 3,53; 4,01) entre 1955 e 1986 e -0,15%/ano (IC95%: -0,99; 0,69) entre 1996 e 2005. Observaram-se estimativas pontuais da VA% negativas (não significativamente inferiores a zero) nas tendências mais recentes de todos os grupos etários, excepto no grupo 45-54 anos, onde apenas se verificou uma desaceleração da VA% desde 1981. Em mulheres entre 35 e 74 anos, a mortalidade aumentou 1,60%/ano (IC95%: 1,40; 1,77) entre 1955 e 2005. Conclusão: Observou-se uma estabilização das taxas de mortalidade por cancro do pulmão nos homens, enquanto nas mulheres esta aumentou de forma constante. Estes resultados colocam Portugal no final do terceiro estádio da epidemia tabágica.
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