Gestão da farda clínica e cuidados de enfermagem de contato ao recém-nascido e/ou criança pequena: Risco de contaminação microbiológica

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Pereira, Ana Laura de Almeida
Data de Publicação: 2020
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://web.esenfc.pt/?url=cmcnLUTZ
Resumo: É fundamental que os profissionais de saúde, promovam um ambiente com estímulos potenciadores da saúde e bem-estar, tendo em conta medidas de prevenção e controlo de Infeções Associadas aos Cuidados de Saúde (IACS), nomeadamente no contexto de saúde infantil e pediatria. A farda clínica pode tornar-se um veículo de transmissão e de contaminação por microrganismos de elevada relevância epidemiológica, constituindo-se como foco para a disseminação de microrganismos patogénicos por utentes, profissionais e ambientes. Cabe ao enfermeiro gerir o seu vestuário tendo em conta os padrões de qualidade e as medidas de prevenção de contaminação e propagação de microroganismos, e assim, minimizar o risco de infeção. Com este estudo pretendeu-se verificar a relação existente entre os cuidados de enfermagem, em que há contato da farda clínica com o recém-nascido e criança pequena (até 3 anos), com o modo como é feita a gestão da farda clínica pelos enfermeiros e com os microrganismos presentes na mesma. Trata-se de um estudo de caráter quantitativo, descritivo-correlacional transversal, uma amostra de 24 enfermeiros, aos quais foram aplicados questionários e realizadas colheitas microbiológicas das fardas clínicas, num total de 72 colheitas, submetidas posteriormente a análise laboratorial. A colheita de dados decorreu de 10 de setembro a 2 de outubro de 2018. As bactérias encontradas nas fardas clínicas foram: Staphylococcus Aureus; outras bactérias do grupo Staphylococcus; bactérias do grupo dos bacilos; bactérias do grupo Streptococcus e Acinetobacter baumannii, sendo as regiões com maior percentagem de microrganismos as do abdómen e tórax à esquerda. Verificou-se existir relação estatística significativa entre os cuidados de enfermagem de contato ao recém-nascido e/ou criança pequena e o risco de contaminação microbiológica, nomeadamente entre: O método de canguru ou colo para conforto e a presença das bactérias Acinetobacter Baumannii (X2=4,364; p=0,037) e Streptococcus (X2=5,486 e p=0,019); O colo para transporte, contenção, ou outro, e a presença da bactéria Acinetobacter Baumannii (X2=4,364; p=0,037); Outros cuidados referidos pelos enfermeiros e a presença de bactérias do grupo de Outros Bacilos (X2=5,486; p=0,019). Conclui-se haver necessidade de, no contexto profissional de saúde infantil e pediatria, uniformizar práticas e comportamentos adequados dos profissionais. Recomenda-se o uso de Equipamentos de Proteção Indivudual (EPIs) descartáveis e a mudança diária da farda clínica. As instituições devem também, garantir a formação dos profisisonais nesta área e garantir o adequado tratamento e muda diária das fardas clínicas, de modo a minimizar riscos.
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