Atitudes face à afectividade e sexualidade do jovem com deficiência mental

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Franco, Daniela Gouveia
Data de Publicação: 2010
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.6/797
Resumo: Introdução A aceitação da sexualidade e das suas manifestações sofreu alterações nas últimas décadas, passando a ser considerada uma característica normal da identidade de cada indivíduo. Porém, o deficiente mental não beneficiou desta mudança de atitude, a sua sexualidade permanece envolta em mitos e preconceitos. A negação deste direito básico, origina-se numa percepção, grandemente generalizada, destes indivíduos como seres assexuados ou anormalmente sexuados, cujas curiosidades, impulsos e desejos devem ser reprimidas. Esta postura é assumida quer pela população geral, quer também pelos pais e profissionais que com eles trabalham e convivem, fruto da sociedade que os formatou e da falta de formação que possuem nas áreas da sexualidade e deficiência. Materiais e Métodos Este estudo analítico teve como população alvo 454 alunos da Universidade da Beira Interior. Destes, 264 frequentavam o curso de Medicina, 109 o de Psicologia e 79 o de Arquitectura. Para a recolha de dados utilizou-se um questionário construído especificamente para este trabalho. Relativamente às variáveis, considerou-se as Atitudes face à afectividade e sexualidade como variável dependente, e as variáveis Sexo, Conhecimentos adquiridos e Contacto frequente com deficientes mentais, como independentes. Os dados obtidos foram exportados para “Caderno do Microsoft Excel 2007 ® (*.xls)” e a análise estatística feita com o SPSS Statistics 17.0 ® para Microsoft Windows ®. Resultados A sexualidade foi considerada como um aspecto importante na vida de todo o indivíduo por 95,6% dos alunos de Medicina e por 100% dos de Psicologia, que já haviam adquirido Conhecimentos sobre a temática da sexualidade. Observa-se para o curso de Medicina, que 48,3% dos alunos de 6ºano afirmam que o deficiente mental é capaz de controlar os seus impulsos, embora apenas 19,7% dos de 1ºano sejam desta opinião. Das alunas do curso de Psicologia, 100% demonstraram uma atitude positiva quando questionadas sobre o direito do deficiente mental ter a sua vida afectiva e sexual e 90,5% concordaram com a possibilidade destes poderem casar. Apenas 57,1% dos alunos do sexo masculino tinham a mesma opinião. Conclusão A maioria dos alunos inquiridos considera a sexualidade como parte importante da vida de todo o ser humano. Através deste estudo pode-se também concluir que os alunos de Psicologia, os que já adquiriram Conhecimentos, os do Sexo feminino e aqueles que não têm um Contacto frequente com deficientes mentais são os que assumem uma Atitude mais positiva face à afectividade e sexualidade do deficiente mental. Contudo, não existem grande diferença entre a variabilidade da distribuição das medianas de resposta dos três cursos abordados.
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