Linfangioma orbitário: Revisão teórica e caso clínico

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Mira, F.
Data de Publicação: 2014
Outros Autores: Paiva, C., Mendes, A., Nolasco, J., Loureiro, R., Rocha, T., Castela, G.
Tipo de documento: Relatório
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: https://doi.org/10.48560/rspo.6192
Resumo: Introdução: O Linfangioma orbitário é uma lesão veno-linfática pouco comum. Pode manter-se quiescente durante vários anos podendo manifestar-se através de uma proptose aguda, hemato- ma palpebral ou conjuntival, alterações da motilidade ou mesmo por diminuição da acuidade visual. O diagnóstico é efectuado com recurso a exames imagiológicos, nomeadamente resso- nância magnética. O tratamento pode ser conservador ou cirúrgico. Material e Métodos: Os autores apresentam o caso clínico de uma doente do sexo feminino de 10 anos que recorre ao serviço de urgência com hematoma subconjuntival associado a equimose palpebral inferior direita com 2 dias de evolução. Apresentava acuidade visual 10/10 bilateral- mente com proptose não axial direita (Hertel 21mm), sem outras alterações. Foi efectuado estudo de imagem, inicialmente através de TC que revelou lesão expansiva intracónica orbitária direita com 16 mm de diâmetro. Foi sugerida a realização subsequente de RM que confirmou a lesão. Optou-se inicialmente por uma atitude expectante com terapêutica médica, ao fim de 7 dias hou- ve agravamento da proptose e aparecimento de diplopia. Foi decidido efectuar excisão cirúrgica da lesão através de orbitotomia superior. Um ano após a cirurgia, a criança encontra-se bem, sem queixas visuais e sem deformação estética. Conclusão: A preservação da visão é um aspecto chave a ter em conta na abordagem dos doen- tes com Linfangioma orbitário. A evolução clínica, a idade de aparecimento e a repercussão visual são fundamentais na determinação da melhor atitude terapêutica a adoptar.
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