A Arte Poética de Orfeu na Dispersão, de Mário de Sá-Carneiro
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2015 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10451/29144 |
Resumo: | Os poemas que constituem Dispersão têm vindo a ser estudados como um percurso realizado por um sujeito poético em busca de si e da sua obra; num plano mítico e simbólico, essa demanda foi interpretada por David Mourão-Ferreira como a tentativa de Ícaro atingir o impossível, de onde resulta uma queda no abismo. No entanto, o movimento de queda e a insistente demanda possibilitam perceber também a con guração de um sujeito dividido que se conforma com os traços do mito de Orfeu: o contínuo resgate de Eurídice e a sua constante diluição nas sombras não permitem que o sujeito se torne rei de si (ideia coerente com a etimologia de dispersão). Este estudo apresenta, por isso, uma leitura atenta dos poemas de Dispersão, de Mário de Sá-Carneiro, sugerindo uma interpretação do poeta enquanto Orfeu em busca da Poesia perdida nas sombras de si, e que luta por se concretizar. |
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A Arte Poética de Orfeu na Dispersão, de Mário de Sá-CarneiroRecepção dos clássicosPoéticaOrfeuCarneiro, Mário de Sá, 1890-1916 - Crítica e interpretaçãoOs poemas que constituem Dispersão têm vindo a ser estudados como um percurso realizado por um sujeito poético em busca de si e da sua obra; num plano mítico e simbólico, essa demanda foi interpretada por David Mourão-Ferreira como a tentativa de Ícaro atingir o impossível, de onde resulta uma queda no abismo. No entanto, o movimento de queda e a insistente demanda possibilitam perceber também a con guração de um sujeito dividido que se conforma com os traços do mito de Orfeu: o contínuo resgate de Eurídice e a sua constante diluição nas sombras não permitem que o sujeito se torne rei de si (ideia coerente com a etimologia de dispersão). Este estudo apresenta, por isso, uma leitura atenta dos poemas de Dispersão, de Mário de Sá-Carneiro, sugerindo uma interpretação do poeta enquanto Orfeu em busca da Poesia perdida nas sombras de si, e que luta por se concretizar.Húmus, Universidade do MinhoRepositório da Universidade de LisboaNobre, Ricardo2017-09-29T14:17:37Z20152015-01-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10451/29144porNobre, Ricardo (2015). «A Arte Poética de Orfeu na Dispersão, de Mário de Sá-Carneiro». Diacrítica: Série Ciências da Literatura, 29/3: 65-78.0807-8967info:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2024-02-12T01:17:52Zoai:repositorio.ul.pt:10451/29144Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T21:45:10.232102Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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