"«Trans» é cada vez mais o meu prefixo". Algumas "voltas" ao "deus-dará" sobre "a nossa alegria chegou" de Alexandra Lucas Coelho
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2021 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10316/96262 https://doi.org/10.22409/abriluff.v13i26.48207 |
Resumo: | Com um conjunto variado de obras de ficção, a jornalista e escritora Alexandra Lucas Coelho tem marcado a literatura portuguesa contemporânea com um registo estético original que intervém politicamente de um modo muito forte nos discursos dominantes da identidade nacional e da memória coletiva. Coelho propõe circulações no espaço e no tempo que põem em causa fronteiras, diferenças e hierarquias, construindo utopias lúcidas de novas existências “trans”, mestiças, interligadas e deslizantes, a partir de sinais e constelações que expõem o reverso da História e das histórias dominantes, num multiperspectivismo desconstrutivo que dá nova substância aos qualificativos pós-moderno, pós-colonial, feminista e queer. Este artigo pretende analisar o seu mais recente romance “A Nossa Alegria Chegou”, com alguns olhares cruzados a partir da trilogia que a autora dedicou ao Brasil, indagando as possibilidades estéticas, políticas e éticas de uma procura de justiça social através da escrita, a partir de um lugar de fala mais central do que marginal. De que lugares pode uma mulher cis, branca, portuguesa falar (d)o mundo? |
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"«Trans» é cada vez mais o meu prefixo". Algumas "voltas" ao "deus-dará" sobre "a nossa alegria chegou" de Alexandra Lucas Coelho"«Trans» is ever more my prefix". Some "tours" in "god's hands" on "our joy has arrived" by Alexandra Lucas CoelhoAlexandra Lucas CoelhoIdentidade nacionalTransMestiçagemColonialismo portuguêsAlexandra Lucas CoelhoNational identityTransMestizo identitiesPortuguese colonialismCom um conjunto variado de obras de ficção, a jornalista e escritora Alexandra Lucas Coelho tem marcado a literatura portuguesa contemporânea com um registo estético original que intervém politicamente de um modo muito forte nos discursos dominantes da identidade nacional e da memória coletiva. Coelho propõe circulações no espaço e no tempo que põem em causa fronteiras, diferenças e hierarquias, construindo utopias lúcidas de novas existências “trans”, mestiças, interligadas e deslizantes, a partir de sinais e constelações que expõem o reverso da História e das histórias dominantes, num multiperspectivismo desconstrutivo que dá nova substância aos qualificativos pós-moderno, pós-colonial, feminista e queer. Este artigo pretende analisar o seu mais recente romance “A Nossa Alegria Chegou”, com alguns olhares cruzados a partir da trilogia que a autora dedicou ao Brasil, indagando as possibilidades estéticas, políticas e éticas de uma procura de justiça social através da escrita, a partir de um lugar de fala mais central do que marginal. De que lugares pode uma mulher cis, branca, portuguesa falar (d)o mundo?Through a varied number of fictional works, journalist and writer Alexandra Lucas Coelho has created an original register in Portuguese contemporary literature with a strong political intervention upon dominant discourses on national identity and collective memory. Coelho develops circulations in space and time that question frontiers, differences and hierarchies, and builds lucid utopias of new “trans” existences, mestizos, intertwined and sliding, based upon signs and constellations that reveal the reverse of History and of dominant narratives. Her deconstructive multiperspectivism gives new substance to the adjectives post-modern, post-colonial, feminist and queer. This article analyses her most recent novel “Our Joy has Arrived”, crossed with insights from the trilogy that the author dedicated to Brazil, in order to ascertain the aesthetic political and ethical possibilities of looking for social justice through writing from the more central than marginal standpoint of a Portuguese, white cis-woman. How can she write (about) the world?Universidade Federal Fluminense2021-04-24info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articlehttp://hdl.handle.net/10316/96262http://hdl.handle.net/10316/96262https://doi.org/10.22409/abriluff.v13i26.48207por1984-2090https://doi.org/10.22409/abriluff.v13i26.48207Martins, Catarinainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2022-05-25T02:40:13Zoai:estudogeral.uc.pt:10316/96262Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T21:14:33.915870Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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