Arquitectura escavada
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2012 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10316/23307 |
Resumo: | Dissertação de Mestrado Integrado em Arquitectura, apresentada ao Departamento de Arquitectura da F. C. T. da Univ. de Coimbra. |
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Arquitectura escavadaArquitectura, estudosEspaço na arquitecturaLuz na arquitecturaChilida, Eduardo, 1924-2002, obraDissertação de Mestrado Integrado em Arquitectura, apresentada ao Departamento de Arquitectura da F. C. T. da Univ. de Coimbra.Vivemos num mundo que aclama a imagem. Abrimos revistas de arquitectura contemporânea, e percebemos que a imagem visual é o seu destaque. A arquitectura tornou-se num objecto de consumo. “Chapas perfuradas, desdobradas ou onduladas, vidros serigrafados e cortes oxidados convertem-se em protagonistas quando esquecemos a Luz e Espaço.”4 Mesmo em livros de História, as construções são catalogadas consoante o estilo baseada em proporções e geometria construtiva de fachadas. São retratos de apelo à exterioridade da arquitectura, apenas “vista” por fora. Assim, um dos principais motivos do ensaio se inserir na arquitectura escavada, foi o facto destas construções se cingirem a qualidades de habitabilidade, deixando de parte o apelo à exuberância da imagem exterior. Mais do que vivida, a arquitectura tem-se revelado um bem de consumo, apenas transformada em ícones visuais. “Dir-se-ia que a arquitectura tende a evoluir para a rarefacção dos significados em favor dos sentidos. E essa extrema luminosidade das formas obscurece ou deprime os valores temporais da civilização”.5 A profundidade e “invisibilidade” da arquitectura escavada despertam uma capacidade de suscitar emoção, num confronto entre fobia e curiosidade. A sua dinâmica espacial e os rasgos criados para a luz natural entrar no edifício, surgem de um modo completamente diferente do que estamos habituados. A luz e o vazio tornam-se no mais importante. Acreditando que arquitectura deve ser capaz de regenerar um campo emotivo de emoções, estes elementos serão os protagonistas da dissertação. Iremos procurar neste ensaio, a materialidade da luz e do vazio em arquitecturas escavadas. Apesar de relacionada com o mundo subterrâneo, o ensaio incide não só nestes casos, como em qualquer arquitectura que pratique a experiência de subtracção de matéria. De que modo arquitectos, escultores, ou outros artistas, fazem uso destas qualidades (embora sem matéria física), como elementos suscitadores de emoção e significado às obras. Para muitos arquitectos, o espaço é apenas tratado como o resultado físico entre as paredes, no entanto, tratado como elemento concreto, torna-se num factor dignificatório da arquitectura, chegando a criar espaços sublimes e de transcendência. “As formas animam o espaço e dela vivem, mas o espaço, embora não vejamos, constitui forma (…) ”.6 No mesmo sentido, iremos elevar a luz a matriz fomentadora de emotividade. “A luz é um material com propriedades concretas. É minha intenção que a possamos viver fisicamente.”7 Metodologia No primeiro capítulo, iremos fazer breves apontamentos conjugando um paralelismo entre a arquitectura primitiva, de caverna e troglodita, com uma arquitectura contemporânea que retorna a interagir com o envolvente, querendo fazer parte dele. Descrevo como “apontamentos”, pois a vastidão do tema daria para a criação de várias dissertações, e são apenas referências introdutórias do tema principal. O capítulo II aspira retirar importância à imagem visual da arquitectura. Partindo de uma visão histórica até à transformação da arquitectura como bem de consumo. Será analisado o modo de ver a forma ao longo dos tempos, até novas preocupações arquitectónicas face ao impacto visual da arquitectura, que tende a retirar-lhe significado. No terceiro capítulo, irá ser abordado o espaço. Pretende-se abordar obras e arquitectos que procuram a materialidade do vazio, desde uma época em que o “space of abscense”8 era tratado como algo ancestral, até ao espaço como gerador matriz de projectos. Artistas que procuram o vazio na subtracção da matéria, arquitectos que tratam o vazio como algo positivo e concreto, ou a criação de ambientes díspares pela dicotomia entre cheios e vazios. O quarto capítulo pretende destacar o modo como a luz pode ser manipulada e controlada para conferir uma quarta dimensão, distinta e sensorial na espacialidade arquitectónica. Iremos em busca da sua emoção corporal e espiritualidade muitas vezes representada, ou a sua focalização que estimula e comove o espaço. O capítulo final trata sobre a obra utópica de Tindaya, do escultor Eduardo Chillida. A inclusão desta obra é justificada por ir ao perfeito encontro com a teorização da dissertação. A sua importância é salientada pois seria um projecto construído apenas com pretensões espaciais e luminosas, escavado no coração de uma montanha. O culminar da obra de Chillida e também deste ensaio. e também deste ensaio.2012-12info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesishttp://hdl.handle.net/10316/23307http://hdl.handle.net/10316/23307porAntunes, Marco José Santos -Arquitectura escavada : materialidade da luz e do espaço como protagonistas na arquitectura. Coimbra, 2012Antunes, Marco Joséinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2022-01-20T17:48:54Zoai:estudogeral.uc.pt:10316/23307Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T20:54:57.624500Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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