Flexibilização espaço temporal do trabalho na sociedade informacional : o caso do teletrabalho

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Alves, Daniela Alves de
Data de Publicação: 2005
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.5/2024
Resumo: Mudanças sócio-econômicas e organizacionais iniciadas na década de 70 indicam o enfraquecimento do paradigma fordista de produção e de trabalho dominante desde princípios do século. Destacamos os seguintes aspectos desta transformação: as “novas” práticas de trabalho e de emprego, a expansão do setor de serviços, das telecomunicações, da rede mundial de computadores, do gerenciamento global do capital e da informação, e da economia digital. A flexibilidade e a individualização das relações de trabalho e das relações com o trabalho são características do desenvolvimento de um novo paradigma do trabalho da sociedade informacional. As implicações sociais destas mudanças podem ser analisadas nos mais diversos níveis, desde o nível mais macrosociológico, ou nível global até o nível mais micro, o que Stanworth (1998) define como nível da força de trabalho, em que se analisa a experiência das novas formas de trabalho, como é o caso do teletrabalho. O teletrabalho tem sido comumente apontado como modelo virtuoso de trabalho devido ao seu caráter flexível, tecnologicamente inovador e supostamente independente. Contrariando tanto a euforia dos defensores do teletrabalho como promotor de qualidade de trabalho e de vida como aqueles que qualificam de antemão o teletrabalho como precário, consideramos que o teletrabalho apresenta-se sob diversas modalidades de inserção, algumas mais precárias e dependentes, outras mais vantajosas para os trabalhadores, e muitas modalidades híbridas. Há um continuum entre a inserção mais precária no teletrabalho e a inserção mais vantajosa com inúmeras nuanças e configurações intermediárias.
id RCAP_fe1ce4c90115d01b3467c554970283bf
oai_identifier_str oai:www.repository.utl.pt:10400.5/2024
network_acronym_str RCAP
network_name_str Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
repository_id_str 7160
spelling Flexibilização espaço temporal do trabalho na sociedade informacional : o caso do teletrabalhoSociologia do trabalhoSociedade da informaçãoFlexibilidade do trabalhoMulheresNovas formas de trabalhoTeletrabalhoTrabalho precárioSalárioMudanças sócio-econômicas e organizacionais iniciadas na década de 70 indicam o enfraquecimento do paradigma fordista de produção e de trabalho dominante desde princípios do século. Destacamos os seguintes aspectos desta transformação: as “novas” práticas de trabalho e de emprego, a expansão do setor de serviços, das telecomunicações, da rede mundial de computadores, do gerenciamento global do capital e da informação, e da economia digital. A flexibilidade e a individualização das relações de trabalho e das relações com o trabalho são características do desenvolvimento de um novo paradigma do trabalho da sociedade informacional. As implicações sociais destas mudanças podem ser analisadas nos mais diversos níveis, desde o nível mais macrosociológico, ou nível global até o nível mais micro, o que Stanworth (1998) define como nível da força de trabalho, em que se analisa a experiência das novas formas de trabalho, como é o caso do teletrabalho. O teletrabalho tem sido comumente apontado como modelo virtuoso de trabalho devido ao seu caráter flexível, tecnologicamente inovador e supostamente independente. Contrariando tanto a euforia dos defensores do teletrabalho como promotor de qualidade de trabalho e de vida como aqueles que qualificam de antemão o teletrabalho como precário, consideramos que o teletrabalho apresenta-se sob diversas modalidades de inserção, algumas mais precárias e dependentes, outras mais vantajosas para os trabalhadores, e muitas modalidades híbridas. Há um continuum entre a inserção mais precária no teletrabalho e a inserção mais vantajosa com inúmeras nuanças e configurações intermediárias.ISEG - SOCIUSRepositório da Universidade de LisboaAlves, Daniela Alves de2010-05-20T10:42:30Z20052005-01-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.5/2024porAlves, Daniela Alves de. 2005. "Flexibilização espaço temporal do trabalho na sociedade informacional : o caso do teletrabalho". Instituto Superior de Economia e Gestão – SOCIUS Working papers nº 09/2005info:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-03-06T14:33:16Zoai:www.repository.utl.pt:10400.5/2024Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T16:50:06.851898Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
dc.title.none.fl_str_mv Flexibilização espaço temporal do trabalho na sociedade informacional : o caso do teletrabalho
title Flexibilização espaço temporal do trabalho na sociedade informacional : o caso do teletrabalho
spellingShingle Flexibilização espaço temporal do trabalho na sociedade informacional : o caso do teletrabalho
Alves, Daniela Alves de
Sociologia do trabalho
Sociedade da informação
Flexibilidade do trabalho
Mulheres
Novas formas de trabalho
Teletrabalho
Trabalho precário
Salário
title_short Flexibilização espaço temporal do trabalho na sociedade informacional : o caso do teletrabalho
title_full Flexibilização espaço temporal do trabalho na sociedade informacional : o caso do teletrabalho
title_fullStr Flexibilização espaço temporal do trabalho na sociedade informacional : o caso do teletrabalho
title_full_unstemmed Flexibilização espaço temporal do trabalho na sociedade informacional : o caso do teletrabalho
title_sort Flexibilização espaço temporal do trabalho na sociedade informacional : o caso do teletrabalho
author Alves, Daniela Alves de
author_facet Alves, Daniela Alves de
author_role author
dc.contributor.none.fl_str_mv Repositório da Universidade de Lisboa
dc.contributor.author.fl_str_mv Alves, Daniela Alves de
dc.subject.por.fl_str_mv Sociologia do trabalho
Sociedade da informação
Flexibilidade do trabalho
Mulheres
Novas formas de trabalho
Teletrabalho
Trabalho precário
Salário
topic Sociologia do trabalho
Sociedade da informação
Flexibilidade do trabalho
Mulheres
Novas formas de trabalho
Teletrabalho
Trabalho precário
Salário
description Mudanças sócio-econômicas e organizacionais iniciadas na década de 70 indicam o enfraquecimento do paradigma fordista de produção e de trabalho dominante desde princípios do século. Destacamos os seguintes aspectos desta transformação: as “novas” práticas de trabalho e de emprego, a expansão do setor de serviços, das telecomunicações, da rede mundial de computadores, do gerenciamento global do capital e da informação, e da economia digital. A flexibilidade e a individualização das relações de trabalho e das relações com o trabalho são características do desenvolvimento de um novo paradigma do trabalho da sociedade informacional. As implicações sociais destas mudanças podem ser analisadas nos mais diversos níveis, desde o nível mais macrosociológico, ou nível global até o nível mais micro, o que Stanworth (1998) define como nível da força de trabalho, em que se analisa a experiência das novas formas de trabalho, como é o caso do teletrabalho. O teletrabalho tem sido comumente apontado como modelo virtuoso de trabalho devido ao seu caráter flexível, tecnologicamente inovador e supostamente independente. Contrariando tanto a euforia dos defensores do teletrabalho como promotor de qualidade de trabalho e de vida como aqueles que qualificam de antemão o teletrabalho como precário, consideramos que o teletrabalho apresenta-se sob diversas modalidades de inserção, algumas mais precárias e dependentes, outras mais vantajosas para os trabalhadores, e muitas modalidades híbridas. Há um continuum entre a inserção mais precária no teletrabalho e a inserção mais vantajosa com inúmeras nuanças e configurações intermediárias.
publishDate 2005
dc.date.none.fl_str_mv 2005
2005-01-01T00:00:00Z
2010-05-20T10:42:30Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/10400.5/2024
url http://hdl.handle.net/10400.5/2024
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv Alves, Daniela Alves de. 2005. "Flexibilização espaço temporal do trabalho na sociedade informacional : o caso do teletrabalho". Instituto Superior de Economia e Gestão – SOCIUS Working papers nº 09/2005
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.publisher.none.fl_str_mv ISEG - SOCIUS
publisher.none.fl_str_mv ISEG - SOCIUS
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
instacron:RCAAP
instname_str Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
instacron_str RCAAP
institution RCAAP
reponame_str Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
collection Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
repository.name.fl_str_mv Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1799130976137248768