Obesidade infantil: caraterização de uma população com seguimento hospitalar
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2013 |
Outros Autores: | , , , , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.10/1301 |
Resumo: | Introdução: A obesidade infantil está associada a grave mor- bilidade, a motivação para o tratamento geralmente é baixa e os resultados são habitualmente desanimadores. Objetivos: Caraterizar uma população com excesso de peso e obesidade inscrita na consulta de endocrinologia pediátrica e avaliar a existência de comorbilidades associadas. Material e Métodos: Estudo descritivo dos casos de peso excessivo (pré-obesidade e obesidade) seguidos na consulta entre 1997 e 2008. Analisaram-se dados sociodemográficos, antecedentes familiares, antecedentes pessoais/hábitos, dados clínicos incluindo índice de massa corporal (IMC) e respec- tivo z-score, parâmetros laboratoriais e imagiológicos, comor- bilidades, intervenção clínica e evolução temporal. Resultados: Foram estudadas 886 crianças entre os dois e os 18 anos com idade média 9,4 anos (DP±3,5), sendo 53,6% do sexo feminino. Dos resultados destacam-se: 73,5% com antecedentes familiares de obesidade; 75% com aleita- mento materno; 52% com peso excessivo aos dois anos. Registaram-se complicações: 48,7% genu valgum, 32,5% estrias cutâneas, 32% com tensão arterial igual ou superior ao percentil 95, 42,1% dislipidemia, 25% insulinorresistência, 18% esteatose hepática, 0,2% diabetes mellitus tipo 2 e 5,6% com critérios da síndrome metabólica. A média do z-score do IMC inicial foi 2,3±0,61, verificando-se diminuição deste valor em todas as consultas. Cerca de 40% dos casos aban- donaram a consulta antes do primeiro ano de seguimento. Conclusão: Verificou-se uma prevalência elevada de comor- bilidades associada a obesidade numa população muito jovem, sendo razoável sugerir uma intervenção precoce desti- nada a prevenir doenças crónicas que se iniciam na infância e se perpetuam na idade adulta. Houve diminuição do z-score do IMC em todas as consultas mas a grande maioria das crianças manteve peso excessivo. A taxa de abandono elevada poderá refletir a fraca motivação individual e parental para o tratamento. |
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Obesidade infantil: caraterização de uma população com seguimento hospitalarHospital follow up of childhood obesityObesidade infantilPortugalIntrodução: A obesidade infantil está associada a grave mor- bilidade, a motivação para o tratamento geralmente é baixa e os resultados são habitualmente desanimadores. Objetivos: Caraterizar uma população com excesso de peso e obesidade inscrita na consulta de endocrinologia pediátrica e avaliar a existência de comorbilidades associadas. Material e Métodos: Estudo descritivo dos casos de peso excessivo (pré-obesidade e obesidade) seguidos na consulta entre 1997 e 2008. Analisaram-se dados sociodemográficos, antecedentes familiares, antecedentes pessoais/hábitos, dados clínicos incluindo índice de massa corporal (IMC) e respec- tivo z-score, parâmetros laboratoriais e imagiológicos, comor- bilidades, intervenção clínica e evolução temporal. Resultados: Foram estudadas 886 crianças entre os dois e os 18 anos com idade média 9,4 anos (DP±3,5), sendo 53,6% do sexo feminino. Dos resultados destacam-se: 73,5% com antecedentes familiares de obesidade; 75% com aleita- mento materno; 52% com peso excessivo aos dois anos. Registaram-se complicações: 48,7% genu valgum, 32,5% estrias cutâneas, 32% com tensão arterial igual ou superior ao percentil 95, 42,1% dislipidemia, 25% insulinorresistência, 18% esteatose hepática, 0,2% diabetes mellitus tipo 2 e 5,6% com critérios da síndrome metabólica. A média do z-score do IMC inicial foi 2,3±0,61, verificando-se diminuição deste valor em todas as consultas. Cerca de 40% dos casos aban- donaram a consulta antes do primeiro ano de seguimento. Conclusão: Verificou-se uma prevalência elevada de comor- bilidades associada a obesidade numa população muito jovem, sendo razoável sugerir uma intervenção precoce desti- nada a prevenir doenças crónicas que se iniciam na infância e se perpetuam na idade adulta. Houve diminuição do z-score do IMC em todas as consultas mas a grande maioria das crianças manteve peso excessivo. A taxa de abandono elevada poderá refletir a fraca motivação individual e parental para o tratamento.Sociedade Portuguesa de PediatriaRepositório do Hospital Prof. Doutor Fernando FonsecaMarques, TMoniz, MCabral, MNizarali, ZCoelho, RMonteiro, ACBragança, GCarreiro, H2014-12-30T12:28:10Z2013-01-01T00:00:00Z2013-01-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.10/1301porActa Pediatr Port 2013:44(6):295-3000301-147Xinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2022-09-20T15:52:06Zoai:repositorio.hff.min-saude.pt:10400.10/1301Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T15:52:24.189447Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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