Tumores Cerebrais na Infância, Porquê Atraso no Diagnóstico?

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Rocha, Gustavo
Data de Publicação: 2014
Outros Autores: Cunha, Joaquim, Simões, Dora, Fernandes, Paula Cristina, Ribeiro, Isabel, Temudo, Teresa
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: https://doi.org/10.25754/pjp.1999.5485
Resumo: Entre 1989 e 1997, foram internadas no Serviço de Pediatria do Hospital Geral de Santo António 38 crianças, com diagnóstico de tumor cerebral. As manifestações clínicas mais frequentes dos tumores supratentoriais foram crises epilépticas e dos infratentoriais foram vómitos e cefaleias. As cefaleias foram inespecíficas na maioria dos casos. Nas crianças de idade inferior a dois anos as manifestações clínicas mais frequentes foram os défices neurológicos focais. O tempo de diagnóstico foi em média de 9 meses (min.: três dias; máx.: sete anos). A maioria das crianças teve várias observações médicas e várias hipóteses de diagnóstico, antes do diagnóstico definitivo. Trinta e seis crianças foram submetidas a exérese cirúrgica do tumor. A histologia mais frequente foi de astrocitoma. Houve recidiva em 14 casos. Do total de crianças, 11 faleceram. As crianças com mais de um ano de sobrevida apresentam elevada taxa de sequelas neurológicas (78%). Conclusão: a sintomatologia heterogénea e inespecífica, cefaleias muito variáveis nas suas características e um baixo índice de suspeição clínica contribuem para o atraso no diagnóstico verificado na maioria dos casos. As elevadas taxas de mortalidade (29%) e de sequelas neurológicas encontradas fazem-nos pensar na complexidade desta patologia e na necessidade de um seguimento multidisciplinar.
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