Perspetivas sobre resiliência territorial: resistência fluxível, interdependência sistémica, adaptabilidade evolutiva

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Gonçalves, Carlos
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10451/39214
Resumo: Num quadro, em que a propagação das incertezas se mistura com a falência de abordagens espartilhadas ao desenvolvimento das sociedades e com o crescimento das interações (nem sempre correspondendo a integrações) que impactam no devir dos territórios, os estudos territoriais que adotam o referencial da resiliência ganham crescente centralidade. Esta abordagem traz contributos novos para equacionar oportunidades de desenvolvimento sustentável injetando-lhes a importância de se considerar o carater dinâmico, os efeitos de boomerang, os fatores de vulnerabilidade endógenos e exógenos que aproximam ou que afastam os territórios de contextos de crises de origem ambiental, social, económica, política, cultural. Este artigo procura clarificar três abordagens à resiliência territorial impulsionando a sua adoção nos estudos de desenvolvimento territorial e nas consequentes soluções de planeamento que deles decorram. Aborda-se a resiliência territorial pela perspetiva da resistência. Discutem-se os princípios que colocam o foco na adaptabilidade para, por fim, se empreender uma aproximação á resiliência evolutiva. Com esta cadência, procuramos situar a evolução do paradigma da resiliência e enquadrar a sua apropriação pelas disciplinas que se ocupam do desenvolvimento e do planeamento territorial. Optamos por não excluir nenhuma das perspetivas. Pelo contrário, o aprofundamento de que têm sido objeto, no qual se inscreve este contributo, sugere que se potenciem combinações qualificadoras da reflexão sobre o progresso dos territórios, sem se desconsiderarem as incertezas, as crises, os choques e as demais disfuncionalidades que permanentemente os desafiam.
id RCAP_ff24be892af7756631eda203d4f9f5fe
oai_identifier_str oai:repositorio.ul.pt:10451/39214
network_acronym_str RCAP
network_name_str Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
repository_id_str 7160
spelling Perspetivas sobre resiliência territorial: resistência fluxível, interdependência sistémica, adaptabilidade evolutivaPerspectives on territorial resilience: flexible resistance, systemic interdependence, evolutionary adaptabilityPerspectivas sobre la resiliencia territorial: resistencia fluida, interdependencia sistémica y adaptabilidadResiliência TerritorialResiliência Pró-resistênciaResiliência AdaptativaResiliência EvolutivaEquilíbrioCiclo AdaptativoNum quadro, em que a propagação das incertezas se mistura com a falência de abordagens espartilhadas ao desenvolvimento das sociedades e com o crescimento das interações (nem sempre correspondendo a integrações) que impactam no devir dos territórios, os estudos territoriais que adotam o referencial da resiliência ganham crescente centralidade. Esta abordagem traz contributos novos para equacionar oportunidades de desenvolvimento sustentável injetando-lhes a importância de se considerar o carater dinâmico, os efeitos de boomerang, os fatores de vulnerabilidade endógenos e exógenos que aproximam ou que afastam os territórios de contextos de crises de origem ambiental, social, económica, política, cultural. Este artigo procura clarificar três abordagens à resiliência territorial impulsionando a sua adoção nos estudos de desenvolvimento territorial e nas consequentes soluções de planeamento que deles decorram. Aborda-se a resiliência territorial pela perspetiva da resistência. Discutem-se os princípios que colocam o foco na adaptabilidade para, por fim, se empreender uma aproximação á resiliência evolutiva. Com esta cadência, procuramos situar a evolução do paradigma da resiliência e enquadrar a sua apropriação pelas disciplinas que se ocupam do desenvolvimento e do planeamento territorial. Optamos por não excluir nenhuma das perspetivas. Pelo contrário, o aprofundamento de que têm sido objeto, no qual se inscreve este contributo, sugere que se potenciem combinações qualificadoras da reflexão sobre o progresso dos territórios, sem se desconsiderarem as incertezas, as crises, os choques e as demais disfuncionalidades que permanentemente os desafiam.In a context where the uncertainties propagation blend with the failure of approaches that are constrained to the societies development and where the interactions growth (that doesn’t always corresponds to integrations) creating constrains to the territory’s future, studies adopting the resilience paradigm earn a growing centrality. This approach brings new contributions to equate sustainable development opportunities injecting in them the importance of having in consideration the dynamic perspective, the feedback effects, the endogenous and exogenous vulnerability factors that make the territories be closer or distant from crises contexts with environmental, social, economic, political or cultural origin. This article seeks to clarify three territorial resilience approaches, furthering its adoption in territorial development studies and in the consequent planning solutions that derive from them. It is approached the territorial resilience by the resistance point of view. It is discussed the principles that put the focus on adaptability in order to, finally, undertake an approximation to the evolutionary resilience. This approach corresponds, in a certain way, to the evolution of the resilience paradigm until its appropriation by the disciplines that are concerned with the development and territorial planning. It is not correct to eliminate any of the three viewpoints. On the contrary, the deepening of that have been the object, where this contribution is placed, potentiates qualifying thinking combinations on urban and regional progress without losing consideration for uncertainties, crises, shocks and other malfunctions that, permanently, challenge them.En un marco en el que la propagación de la incertidumbre se mezcla con la quiebra de enfoques compartidos en el desarrollo de las sociedades y con el aumento de interacciones (y no siempre de integraciones) que impactan en el devenir de los territorios, están aumentando los estudios territoriales que adoptan como referencia la resiliencia. Este enfoque aporta nuevas contribuciones para equiparar las oportunidades de desarrollo sostenible teniendo en cuenta la importancia de considerar el carácter dinámico, los efectos boomerang, así como los factores endógenos y exógenos de vulnerabilidad que acercan o alejan las áreas de contextos de crisis de origen ambiental, social, económico, político y cultural. Este artículo clarifica tres enfoques de la resiliencia territorial con el objetivo de impulsar su adopción en los estudios de desarrollo territorial y en las soluciones de planificación derivadas. La resiliencia territorial se aborda desde la perspectiva de la resistencia, discutimos los principios que se centran en la adaptabilidad y presentamos una aproximación a la resiliencia evolutiva. Esta cadencia corresponde, en cierto modo, a la evolución del paradigma de la resiliencia en las disciplinas centradas en el desarrollo y la planificación territorial. Ninguna de las perspectivas debería excluirse. Por el contrario, la profundización de la que viene siendo objeto y en la cual se enmarca esta contribución, potencia combinaciones cualificadas de reflexión sobre el progreso de los territorios sin dejar de lado la incertidumbre, las crisis, los choques, así como el resto de disfunciones en constante desafío.Universidade Federal FluminenseRepositório da Universidade de LisboaGonçalves, Carlos2019-07-22T15:07:47Z20182018-01-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10451/39214porGonçalves, C. (2018). Perspetivas sobre resiliência territorial: resistência fluxível, interdependência sistémica, adaptabilidade evolutiva. GEOgraphia, 20(43), p. 36-53. DOI: 10.22409/GEOgraphia2018.v20i43.a27210.1517-779310.22409/GEOgraphia2018.v20i43.a27210info:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-11-08T16:37:33Zoai:repositorio.ul.pt:10451/39214Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T21:52:57.748175Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
dc.title.none.fl_str_mv Perspetivas sobre resiliência territorial: resistência fluxível, interdependência sistémica, adaptabilidade evolutiva
Perspectives on territorial resilience: flexible resistance, systemic interdependence, evolutionary adaptability
Perspectivas sobre la resiliencia territorial: resistencia fluida, interdependencia sistémica y adaptabilidad
title Perspetivas sobre resiliência territorial: resistência fluxível, interdependência sistémica, adaptabilidade evolutiva
spellingShingle Perspetivas sobre resiliência territorial: resistência fluxível, interdependência sistémica, adaptabilidade evolutiva
Gonçalves, Carlos
Resiliência Territorial
Resiliência Pró-resistência
Resiliência Adaptativa
Resiliência Evolutiva
Equilíbrio
Ciclo Adaptativo
title_short Perspetivas sobre resiliência territorial: resistência fluxível, interdependência sistémica, adaptabilidade evolutiva
title_full Perspetivas sobre resiliência territorial: resistência fluxível, interdependência sistémica, adaptabilidade evolutiva
title_fullStr Perspetivas sobre resiliência territorial: resistência fluxível, interdependência sistémica, adaptabilidade evolutiva
title_full_unstemmed Perspetivas sobre resiliência territorial: resistência fluxível, interdependência sistémica, adaptabilidade evolutiva
title_sort Perspetivas sobre resiliência territorial: resistência fluxível, interdependência sistémica, adaptabilidade evolutiva
author Gonçalves, Carlos
author_facet Gonçalves, Carlos
author_role author
dc.contributor.none.fl_str_mv Repositório da Universidade de Lisboa
dc.contributor.author.fl_str_mv Gonçalves, Carlos
dc.subject.por.fl_str_mv Resiliência Territorial
Resiliência Pró-resistência
Resiliência Adaptativa
Resiliência Evolutiva
Equilíbrio
Ciclo Adaptativo
topic Resiliência Territorial
Resiliência Pró-resistência
Resiliência Adaptativa
Resiliência Evolutiva
Equilíbrio
Ciclo Adaptativo
description Num quadro, em que a propagação das incertezas se mistura com a falência de abordagens espartilhadas ao desenvolvimento das sociedades e com o crescimento das interações (nem sempre correspondendo a integrações) que impactam no devir dos territórios, os estudos territoriais que adotam o referencial da resiliência ganham crescente centralidade. Esta abordagem traz contributos novos para equacionar oportunidades de desenvolvimento sustentável injetando-lhes a importância de se considerar o carater dinâmico, os efeitos de boomerang, os fatores de vulnerabilidade endógenos e exógenos que aproximam ou que afastam os territórios de contextos de crises de origem ambiental, social, económica, política, cultural. Este artigo procura clarificar três abordagens à resiliência territorial impulsionando a sua adoção nos estudos de desenvolvimento territorial e nas consequentes soluções de planeamento que deles decorram. Aborda-se a resiliência territorial pela perspetiva da resistência. Discutem-se os princípios que colocam o foco na adaptabilidade para, por fim, se empreender uma aproximação á resiliência evolutiva. Com esta cadência, procuramos situar a evolução do paradigma da resiliência e enquadrar a sua apropriação pelas disciplinas que se ocupam do desenvolvimento e do planeamento territorial. Optamos por não excluir nenhuma das perspetivas. Pelo contrário, o aprofundamento de que têm sido objeto, no qual se inscreve este contributo, sugere que se potenciem combinações qualificadoras da reflexão sobre o progresso dos territórios, sem se desconsiderarem as incertezas, as crises, os choques e as demais disfuncionalidades que permanentemente os desafiam.
publishDate 2018
dc.date.none.fl_str_mv 2018
2018-01-01T00:00:00Z
2019-07-22T15:07:47Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/10451/39214
url http://hdl.handle.net/10451/39214
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv Gonçalves, C. (2018). Perspetivas sobre resiliência territorial: resistência fluxível, interdependência sistémica, adaptabilidade evolutiva. GEOgraphia, 20(43), p. 36-53. DOI: 10.22409/GEOgraphia2018.v20i43.a27210.
1517-7793
10.22409/GEOgraphia2018.v20i43.a27210
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal Fluminense
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal Fluminense
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
instacron:RCAAP
instname_str Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
instacron_str RCAAP
institution RCAAP
reponame_str Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
collection Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
repository.name.fl_str_mv Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1799134467336437760