“I can’t hear a thing... only the wind outside”: music and sound as the place of mystery in Oliveira’s Benilde ou a Virgem Mãe (1975)

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Silva, Manuel Deniz
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: https://doi.org/10.14591/aniki.v5n1.378
Resumo: The association between Manoel de Oliveira and composer João Paes initiated with the film O Passado e o Presente in 1972, culminating in the film-opera Os Canibais in 1988. Their relationship constitutes a unique example of collaboration between a director and a musician in Portuguese cinema. The two  worked together on seven films and explored in a particularly creative way the articulation between moving images, sound, and music. In this article, we discuss their second collaboration, Benilde ou a Virgem Mãe (1975), focusing on a detailed account of the music and sound elements in José Régio’s play, Oliveira’s original script, and the film’s soundtrack. In Benilde, it is the music and the sound that establish – and at the same time dissolve – the boundaries between the interior and the exterior, the real and the unreal, opening the possibility for a cinematic representation of the “divine mystery”. We will thus address the importance of Benilde in Oliveira’s creative trajectory, not only as the film that consolidated the close relationship between his cinema and the theatre, but also as a fundamental moment in the development of his particular idea of film as an audio-visual object, that he would further explore in his “mature period”.
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spelling “I can’t hear a thing... only the wind outside”: music and sound as the place of mystery in Oliveira’s Benilde ou a Virgem Mãe (1975)“Não ouço nada... ouço o vento lá fora”: A música e o som enquanto lugar do mistério em Benilde ou a Virgem Mãe (1975) de Manoel de OliveiraManoel de OliveiraJoão PaesJosé RégioMusic, sound, and cinemaCinema and TheatreManoel de OliveiraJoão PaesJosé RégioMúsica, som e cinemaCinema e TeatroThe association between Manoel de Oliveira and composer João Paes initiated with the film O Passado e o Presente in 1972, culminating in the film-opera Os Canibais in 1988. Their relationship constitutes a unique example of collaboration between a director and a musician in Portuguese cinema. The two  worked together on seven films and explored in a particularly creative way the articulation between moving images, sound, and music. In this article, we discuss their second collaboration, Benilde ou a Virgem Mãe (1975), focusing on a detailed account of the music and sound elements in José Régio’s play, Oliveira’s original script, and the film’s soundtrack. In Benilde, it is the music and the sound that establish – and at the same time dissolve – the boundaries between the interior and the exterior, the real and the unreal, opening the possibility for a cinematic representation of the “divine mystery”. We will thus address the importance of Benilde in Oliveira’s creative trajectory, not only as the film that consolidated the close relationship between his cinema and the theatre, but also as a fundamental moment in the development of his particular idea of film as an audio-visual object, that he would further explore in his “mature period”.A associação entre Manoel de Oliveira e João Paes, que teve o seu início com O Passado e o Presente em 1972 e culminou no filme-ópera Os Canibais, em 1988, constituiu um exemplo único de colaboração entre um realizador e um compositor no contexto cinematográfico português. Ao longo dos sete filmes em que trabalharam em conjunto, exploraram de forma particularmente criativa a articulação entre as imagens em movimento, o som e a música. Neste artigo, pretendemos examinar a segunda colaboração de João Paes com Oliveira, Benilde ou a Virgem Mãe (1975), a partir da descrição detalhada dos elementos sonoros presentes na peça de José Régio, na planificação original de Oliveira, conservada no Centro de Documentação da Cinemateca Portuguesa, e na banda sonora do filme. Em Benilde, é a música e o som que permitem estabelecer, e ao mesmo tempo dissolver, as fronteiras entre o interior e o exterior, entre o real e o irreal, abrindo assim a possibilidade de uma representação cinematográfica do “mistério divino”. Procuraremos, dessa forma, assinalar a importância que Benilde teve na trajectória creativa de Oliveira, não apenas como o filme em que se consolidou a relação entre o seu cinema e o género teatral, mas também como um momento fundamental para o desenvolvimento da sua particular concepção do filme enquanto objecto audio-visual, que continuaria depois a explorar nos seus filmes do “período da maturidade”.AIM - Associação de Investigadores da Imagem em Movimento2018-01-18info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleapplication/pdfhttps://doi.org/10.14591/aniki.v5n1.378https://doi.org/10.14591/aniki.v5n1.378Aniki: Portuguese Journal of the Moving Image; Vol 5 No 1 (2018): Music and sound in cinema; 126-142Aniki: Revista Portuguesa da Imagem em Movimento; v. 5 n. 1 (2018): Música e som no cinema; 126-1422183-1750reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAPporhttp://aim.org.pt/ojs/index.php/revista/article/view/378http://aim.org.pt/ojs/index.php/revista/article/view/378/pdfSilva, Manuel Denizinfo:eu-repo/semantics/openAccess2024-01-26T02:03:08Zoai:aim.org.pt/ojs/:article/378Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T01:57:16.224658Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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“Não ouço nada... ouço o vento lá fora”: A música e o som enquanto lugar do mistério em Benilde ou a Virgem Mãe (1975) de Manoel de Oliveira
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