Avaliação do potencial de carbonatação de cales hidratadas em pasta

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Costa,Marienne do Rocio de Mello Maron da
Data de Publicação: 2018
Outros Autores: Pacheco,Ana Paula Gessi
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Matéria (Rio de Janeiro. Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1517-70762018000100405
Resumo: RESUMO A cal hidratada é um aglomerante aéreo largamente utilizado na construção civil, utilizada principalmente em argamassas por melhorar seu comportamento reológico. Com as inovações tecnológicas, o uso da cal hidratada vem perdendo seu espaço em argamassas e vem sendo substituída por aditivos e adições minerais, que na maioria dos casos conferem características semelhantes no estado fresco das argamassas, mas desempenho reduzido no estado endurecido. Outro fator importante que contribui para a redução do seu emprego em argamassas, se refere ao reduzido ganho de resistência nas primeiras idades, devido à velocidade lenta de endurecimento; por se tratar de um aglomerante aéreo, a solidificação depende do contato com o anidrido carbônico do ar. O emprego de espessuras elevadas de argamassa de cal em revestimentos ajudou a reduzir seu emprego, pois torna a reação de carbonatação ainda mais lenta, comprometendo o cronograma da obra. Dentro deste contexto, este trabalho objetiva avaliar o potencial de carbonatação de cinco diferentes tipos de cales hidratadas encontradas no mercado paranaense. Para avaliação da carbonatação, foram feitas pastas de cal que ficaram acondicionadas tanto em ambiente de laboratório quanto em câmara de carbonatação com temperatura e umidade controladas. Tornou-se possível observar o avanço da carbonatação pela pesagem das amostras e, para uma avaliação mais aprofundada, foi realizado o ensaio de difração de raio-X. Verificou-se que as amostras submetidas à câmara tiveram carbonatação apenas nos primeiros dias. As amostras que ficaram em ambiente laboratorial tiveram comportamento diferente: nos primeiros dias a taxa de carbonatação foi baixa, mas ao longo do experimento, em comparação com as amostras da câmara, apresentaram uma taxa maior de carbonatação. Isto pode ter ocorrido pela rápida carbonatação na superfície, e consequentemente redução dos poros superficiais das amostras que ficaram na câmara, dificultando a penetração de CO2 nos dias subsequentes em camadas mais profundas. Desta forma, foi observado que o ambiente laboratorial apresentou condições mais favoráveis à reação de carbonatação do que a câmara de carbonatação, devido às condições ambientais de temperatura amena em média de 20° C e umidade alta (chegando até 80%). As condições ambientais da câmara de carbonatação não foram favoráveis para o avanço da carbonatação.
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