Avaliação da qualidade de vida e mortalidade em pacientes com eventos cardíacos graves no pós-operatório
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Data de Publicação: | 2010 |
Outros Autores: | , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista Brasileira de Anestesiologia (Online) |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-70942010000300006 |
Resumo: | JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: Complicações cardiovasculares no pós-operatório associam-se a elevadas mortalidade e morbidade. Poucos estudos avaliaram o grau de dependência desses doentes e a percepção da sua saúde. O objetivo deste trabalho foi avaliar a mortalidade e a qualidade de vida em doentes que desenvolveram eventos cardíacos graves (EC) no pós-operatório. MÉTODO: Estudo retrospectivo numa Unidade de Tratamento Intensivo Cirúrgica (UTI-Cirúrgica), entre março de 2006 e março de 2008. Os doen tes foram avaliados quanto à ocorrência de EC. Seis meses após a alta, foi preenchido o questionário Short-Form-36 (SF-36) e avaliada a dependência nas atividades da vida diária (AVD). As comparações entre grupos independentes de doentes foram efetuadas com teste t de Student. A comparação entre cada variável e a ocorrência de EC foi efetuada por regressão logística envolvendo todos os doentes. RESULTADOS: Dos 1.280 doentes que apresentaram critérios de inclusão, 26 (2%) desenvolveram EC. A análise univariada identificou como determinantes independentes para o desenvolvimento de EC: estado físico ASA, hipertensão arterial, doença cardíaca isquêmica, doença cardíaca congestiva e escore do Índice de Risco Cardíaco Revisado. A mortalidade seis meses após alta da UTI-Cirúrgica foi de 35%. Dos 17 sobreviventes aos seis meses, 13 completaram os questionários. Trinta e um por cento referiram que sua saúde em geral era melhor no dia em que responderam ao questionário do que 12 meses antes. Sessenta e nove por cento dos doentes estavam dependentes nas AVD instrumentais e 15%, nas AVD pessoais. CONCLUSÕES: O desenvolvimento de EC tem sério impacto no tempo de hospitalização e nas taxas de mortalidade. Seis meses após a alta da UTI-Cirúrgica, mais de metade dos doentes estavam dependentes em pelo menos uma AVD instrumental. |
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