O impacto da hemotransfusão na morbimortalidade pós-operatória de cirurgias cardíacas
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Data de Publicação: | 2011 |
Outros Autores: | , , , , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Brazilian Journal of Cardiovascular Surgery (Online) |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-76382011000200012 |
Resumo: | OBJETIVOS: Analisar o impacto da hemotransfusão sanguínea na incidência de desfechos clínicos no pós-operatório (PO) de cirurgias cardíacas. MÉTODOS: Estudo de coorte retrospectiva. Foram analisados 4.028 pacientes submetidos à cirurgia de revascularização miocárdica (CRM), troca valvar (TV) ou ambas, em hospital terciário universitário brasileiro, entre 1996 e 2009. Foram comparadas as complicações no PO entre os pacientes hemotransfundidos (n=916) e não-hemotransfundidos (n=3112). Foi realizada análise univariada através do teste t de Student, e análise multivariada com o uso de regressão logística Bivariada (Stepwise Forward). Foram consideradas significativas as variáveis com P<0,05. RESULTADOS: Os pacientes que receberam hemotransfusão apresentaram mais episódios infecciosos como mediastinite (4,9% vs. 2,2%, P<0,001), infecção respiratória (27,8% vs 17,1%, P<0,001), e sepse (6,2% vs. 2,5%, P<0,001). Ocorreram mais episódios de fibrilação atrial (FA) (27% vs. 20,4%, P<0,001), insuficiência renal aguda (IRA) (14,5% vs. 7,3%, P<0,001) e acidente vascular cerebral (AVC) (4,8% vs. 2,6%, P=0,001). O tempo de internação hospitalar no PO foi maior nos transfundidos (13±12,07 dias vs. 9,72±7,66 dias, P<0,001). Porém, a mortalidade não apresentou diferença entre os grupos (10,9% vs. 9,1%, P=0,112). A transfusão mostrou-se como fator de risco para: infecção respiratória (OR: 1,91; IC95%: 1,59-2,29; P<0,001), FA (OR:1,35; IC95%: 1,13-1,61; P=0,01), sepse (OR: 2,08; IC95%: 1,4-3,07; P<0,001), mediastinite (OR: 2,14; IC95%: 1,43-3,21; P<0,001), AVC (OR: 1,63; IC95%: 1,1-2,41; P=0,014) e IRA (OR: 1,8; IC95%: 1,39-2,33; P<0,001). CONCLUSÃO: A hemotransfusão está associada ao aumento do risco de eventos infecciosos, episódios de FA, IRA e AVC, bem como aumentou o tempo de permanência hospitalar, mas não a mortalidade. |
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