Raquianestesia contínua em paciente submetido à gastrectomia parcial: relato de caso
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Data de Publicação: | 2009 |
Outros Autores: | , |
Tipo de documento: | Artigo |
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Título da fonte: | Revista Brasileira de Anestesiologia (Online) |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-70942009000400011 |
Resumo: | JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: Devido à alta incidência de complicações técnicas e neurológicas, a raquianestesia contínua foi abandonada por muitos anos. Com o surgimento dos cateteres intermediários, a técnica vem ressurgindo e ganhando simpatia no arsenal anestesiológico. O objetivo deste relato foi resgatar a utilidade da técnica como alternativa viável para procedimento de médio a grande porte. RELATO DO CASO: Paciente feminina, 58 anos, 62 kg, estado físico ASA I, com relato de enxaqueca, lombalgia e procedimentos cirúrgicos prévios sob raquianestesia sem intercorrências. Candidata à laparotomia exploradora por provável tumor pélvico. Após venóclise com cateter 18G, monitorização com cardioscópio, pressão arterial-não invasiva e oximetria de pulso, foi sedada com midazolam 2 mg e fentanil 100 ¼g e colocada em decúbito lateral esquerdo. Foi submetida à raquianestesia contínua por via mediana em L3-L4. Foram injetados 9 mg de bupivacaína hiperbárica a 0,5% e 120 ¼g de sulfato de morfina. Após inspeção da cavidade, verificou-se que o tumor era proveniente do estroma gástrico, sendo necessária ampliação da incisão e realização de gastrectomia parcial. Todo o procedimento foi realizado com pequena dose de solução hiperbárica e completa estabilidade hemodinâmica. Não houve necessidade de UTI no pós-operatório e a paciente evoluiu sem queixas e com alto grau de satisfação. Recebeu alta hospitalar após 72 horas sem nenhuma intercorrência. CONCLUSÕES: Os cateteres intermediários utilizados em raquianestesia contínua mostram-se promissores em tornar a técnica bastante atraente e de grande utilidade em operações de médio a grande porte, podendo inclusive ser alternativa eficaz no manuseio de pacientes em estado crítico, em que grandes repercussões hemodinâmicas podem ser deletérias. |
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Raquianestesia contínua em paciente submetido à gastrectomia parcial: relato de casoCIRURGIA, Abdominal/gastrectomiaTÉCNICAS ANESTÉSICAS, Regional/subaracnoideaJUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: Devido à alta incidência de complicações técnicas e neurológicas, a raquianestesia contínua foi abandonada por muitos anos. Com o surgimento dos cateteres intermediários, a técnica vem ressurgindo e ganhando simpatia no arsenal anestesiológico. O objetivo deste relato foi resgatar a utilidade da técnica como alternativa viável para procedimento de médio a grande porte. RELATO DO CASO: Paciente feminina, 58 anos, 62 kg, estado físico ASA I, com relato de enxaqueca, lombalgia e procedimentos cirúrgicos prévios sob raquianestesia sem intercorrências. Candidata à laparotomia exploradora por provável tumor pélvico. Após venóclise com cateter 18G, monitorização com cardioscópio, pressão arterial-não invasiva e oximetria de pulso, foi sedada com midazolam 2 mg e fentanil 100 ¼g e colocada em decúbito lateral esquerdo. Foi submetida à raquianestesia contínua por via mediana em L3-L4. Foram injetados 9 mg de bupivacaína hiperbárica a 0,5% e 120 ¼g de sulfato de morfina. Após inspeção da cavidade, verificou-se que o tumor era proveniente do estroma gástrico, sendo necessária ampliação da incisão e realização de gastrectomia parcial. Todo o procedimento foi realizado com pequena dose de solução hiperbárica e completa estabilidade hemodinâmica. Não houve necessidade de UTI no pós-operatório e a paciente evoluiu sem queixas e com alto grau de satisfação. Recebeu alta hospitalar após 72 horas sem nenhuma intercorrência. CONCLUSÕES: Os cateteres intermediários utilizados em raquianestesia contínua mostram-se promissores em tornar a técnica bastante atraente e de grande utilidade em operações de médio a grande porte, podendo inclusive ser alternativa eficaz no manuseio de pacientes em estado crítico, em que grandes repercussões hemodinâmicas podem ser deletérias.Sociedade Brasileira de Anestesiologia2009-08-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersiontext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-70942009000400011Revista Brasileira de Anestesiologia v.59 n.4 2009reponame:Revista Brasileira de Anestesiologia (Online)instname:Sociedade Brasileira de Anestesiologia (SBA)instacron:SBA10.1590/S0034-70942009000400011info:eu-repo/semantics/openAccessPitombo,Patrícia FalcãoMoura,RobsonMiranda,Ricardopor2009-08-06T00:00:00Zoai:scielo:S0034-70942009000400011Revistahttps://www.sbahq.org/revista/https://old.scielo.br/oai/scielo-oai.php||sba2000@openlink.com.br1806-907X0034-7094opendoar:2009-08-06T00:00Revista Brasileira de Anestesiologia (Online) - Sociedade Brasileira de Anestesiologia (SBA)false |
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