Metemoglobinemia: do diagnóstico ao tratamento
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2008 |
Outros Autores: | , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista Brasileira de Anestesiologia (Online) |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-70942008000600011 |
Resumo: | JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: A metemoglobina é a forma oxidada da hemoglobina, que além de não se ligar ao oxigênio, aumenta a afinidade deste pela porção parcialmente oxidada da hemoglobina. A concentração aumentada da metemoglobina no sangue decorre de alterações congênitas e de exposição a agentes químicos diversos, resultando em quadro com múltiplos diagnósticos diferenciais, que se não tratado pode levar ao óbito. Foi feita revisão sobre o assunto, dando ênfase às informações relevantes para o manuseio clínico dos pacientes. CONTEÚDO: Quando a concentração sangüínea de metemoglobina está acima de 1,5% surge a cianose, característica principal da doença. Os pacientes apresentam sangue arterial de coloração marrom-escuro com a PaO2 normal. O diagnóstico deve ser suspeitado em pacientes que apresentem cianose e baixa leitura de saturação ao oxímetro de pulso (SpO2), sem que haja comprometimento cardiopulmonar significativo. A co-oximetria é o método padrão-ouro e define o diagnóstico. No tratamento dos pacientes devem ser considerados o caráter agudo ou crônico da síndrome (etiologia) e a gravidade dos sintomas. A concentração sangüínea de metemoglobina é importante, sobretudo nos casos agudos. O tratamento básico consiste na remoção do agente causador, administração de oxigênio e observação. Casos graves devem ser tratados com azul-de-metileno, antídoto específico, porém ineficaz em algumas situações. CONCLUSÃO: A metemoglobinemia é condição potencialmente grave, cujo diagnóstico depende do alto grau de suspeição. Em geral, os anestesiologistas, no período perioperatório, são os primeiros a detectarem o problema e devem liderar a condução do tratamento. |
id |
SBA-1_6eacdc79e22bd4f88dae558c16332bfd |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:scielo:S0034-70942008000600011 |
network_acronym_str |
SBA-1 |
network_name_str |
Revista Brasileira de Anestesiologia (Online) |
repository_id_str |
|
spelling |
Metemoglobinemia: do diagnóstico ao tratamentoCOMPLICAÇÕES/metemoglobinemiaMONITORIZAÇÃO/oximetria de pulsoMONITORIZAÇÃO/co-oximetriaJUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: A metemoglobina é a forma oxidada da hemoglobina, que além de não se ligar ao oxigênio, aumenta a afinidade deste pela porção parcialmente oxidada da hemoglobina. A concentração aumentada da metemoglobina no sangue decorre de alterações congênitas e de exposição a agentes químicos diversos, resultando em quadro com múltiplos diagnósticos diferenciais, que se não tratado pode levar ao óbito. Foi feita revisão sobre o assunto, dando ênfase às informações relevantes para o manuseio clínico dos pacientes. CONTEÚDO: Quando a concentração sangüínea de metemoglobina está acima de 1,5% surge a cianose, característica principal da doença. Os pacientes apresentam sangue arterial de coloração marrom-escuro com a PaO2 normal. O diagnóstico deve ser suspeitado em pacientes que apresentem cianose e baixa leitura de saturação ao oxímetro de pulso (SpO2), sem que haja comprometimento cardiopulmonar significativo. A co-oximetria é o método padrão-ouro e define o diagnóstico. No tratamento dos pacientes devem ser considerados o caráter agudo ou crônico da síndrome (etiologia) e a gravidade dos sintomas. A concentração sangüínea de metemoglobina é importante, sobretudo nos casos agudos. O tratamento básico consiste na remoção do agente causador, administração de oxigênio e observação. Casos graves devem ser tratados com azul-de-metileno, antídoto específico, porém ineficaz em algumas situações. CONCLUSÃO: A metemoglobinemia é condição potencialmente grave, cujo diagnóstico depende do alto grau de suspeição. Em geral, os anestesiologistas, no período perioperatório, são os primeiros a detectarem o problema e devem liderar a condução do tratamento.Sociedade Brasileira de Anestesiologia2008-12-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersiontext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-70942008000600011Revista Brasileira de Anestesiologia v.58 n.6 2008reponame:Revista Brasileira de Anestesiologia (Online)instname:Sociedade Brasileira de Anestesiologia (SBA)instacron:SBA10.1590/S0034-70942008000600011info:eu-repo/semantics/openAccessNascimento,Tatiana Souza doPereira,Rodrigo Otávio LamiMello,Humberto Luiz Dias deCosta,Josépor2008-11-14T00:00:00Zoai:scielo:S0034-70942008000600011Revistahttps://www.sbahq.org/revista/https://old.scielo.br/oai/scielo-oai.php||sba2000@openlink.com.br1806-907X0034-7094opendoar:2008-11-14T00:00Revista Brasileira de Anestesiologia (Online) - Sociedade Brasileira de Anestesiologia (SBA)false |
dc.title.none.fl_str_mv |
Metemoglobinemia: do diagnóstico ao tratamento |
title |
Metemoglobinemia: do diagnóstico ao tratamento |
spellingShingle |
Metemoglobinemia: do diagnóstico ao tratamento Nascimento,Tatiana Souza do COMPLICAÇÕES/metemoglobinemia MONITORIZAÇÃO/oximetria de pulso MONITORIZAÇÃO/co-oximetria |
title_short |
Metemoglobinemia: do diagnóstico ao tratamento |
title_full |
Metemoglobinemia: do diagnóstico ao tratamento |
title_fullStr |
Metemoglobinemia: do diagnóstico ao tratamento |
title_full_unstemmed |
Metemoglobinemia: do diagnóstico ao tratamento |
title_sort |
Metemoglobinemia: do diagnóstico ao tratamento |
author |
Nascimento,Tatiana Souza do |
author_facet |
Nascimento,Tatiana Souza do Pereira,Rodrigo Otávio Lami Mello,Humberto Luiz Dias de Costa,José |
author_role |
author |
author2 |
Pereira,Rodrigo Otávio Lami Mello,Humberto Luiz Dias de Costa,José |
author2_role |
author author author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Nascimento,Tatiana Souza do Pereira,Rodrigo Otávio Lami Mello,Humberto Luiz Dias de Costa,José |
dc.subject.por.fl_str_mv |
COMPLICAÇÕES/metemoglobinemia MONITORIZAÇÃO/oximetria de pulso MONITORIZAÇÃO/co-oximetria |
topic |
COMPLICAÇÕES/metemoglobinemia MONITORIZAÇÃO/oximetria de pulso MONITORIZAÇÃO/co-oximetria |
description |
JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: A metemoglobina é a forma oxidada da hemoglobina, que além de não se ligar ao oxigênio, aumenta a afinidade deste pela porção parcialmente oxidada da hemoglobina. A concentração aumentada da metemoglobina no sangue decorre de alterações congênitas e de exposição a agentes químicos diversos, resultando em quadro com múltiplos diagnósticos diferenciais, que se não tratado pode levar ao óbito. Foi feita revisão sobre o assunto, dando ênfase às informações relevantes para o manuseio clínico dos pacientes. CONTEÚDO: Quando a concentração sangüínea de metemoglobina está acima de 1,5% surge a cianose, característica principal da doença. Os pacientes apresentam sangue arterial de coloração marrom-escuro com a PaO2 normal. O diagnóstico deve ser suspeitado em pacientes que apresentem cianose e baixa leitura de saturação ao oxímetro de pulso (SpO2), sem que haja comprometimento cardiopulmonar significativo. A co-oximetria é o método padrão-ouro e define o diagnóstico. No tratamento dos pacientes devem ser considerados o caráter agudo ou crônico da síndrome (etiologia) e a gravidade dos sintomas. A concentração sangüínea de metemoglobina é importante, sobretudo nos casos agudos. O tratamento básico consiste na remoção do agente causador, administração de oxigênio e observação. Casos graves devem ser tratados com azul-de-metileno, antídoto específico, porém ineficaz em algumas situações. CONCLUSÃO: A metemoglobinemia é condição potencialmente grave, cujo diagnóstico depende do alto grau de suspeição. Em geral, os anestesiologistas, no período perioperatório, são os primeiros a detectarem o problema e devem liderar a condução do tratamento. |
publishDate |
2008 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2008-12-01 |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-70942008000600011 |
url |
http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-70942008000600011 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
10.1590/S0034-70942008000600011 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
text/html |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Sociedade Brasileira de Anestesiologia |
publisher.none.fl_str_mv |
Sociedade Brasileira de Anestesiologia |
dc.source.none.fl_str_mv |
Revista Brasileira de Anestesiologia v.58 n.6 2008 reponame:Revista Brasileira de Anestesiologia (Online) instname:Sociedade Brasileira de Anestesiologia (SBA) instacron:SBA |
instname_str |
Sociedade Brasileira de Anestesiologia (SBA) |
instacron_str |
SBA |
institution |
SBA |
reponame_str |
Revista Brasileira de Anestesiologia (Online) |
collection |
Revista Brasileira de Anestesiologia (Online) |
repository.name.fl_str_mv |
Revista Brasileira de Anestesiologia (Online) - Sociedade Brasileira de Anestesiologia (SBA) |
repository.mail.fl_str_mv |
||sba2000@openlink.com.br |
_version_ |
1752126626082062336 |