Analgesia pós-operatória em pacientes pediátricos: estudo comparativo entre anestésico local, opióides e antiinflamatório não esteróide
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Data de Publicação: | 2002 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista Brasileira de Anestesiologia (Online) |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-70942002000200005 |
Resumo: | JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: O tratamento da dor pós-operatória em crianças tem merecido atenção especial nas últimas décadas. O propósito deste estudo foi analisar a analgesia pós-operatória de crianças no que se relaciona à qualidade e à duração da analgesia, à confiabilidade dos métodos de avaliação e à incidência de efeitos colaterais decorrentes das diferentes técnicas de analgesia utilizadas. MÉTODO: Participaram do estudo 100 crianças com idades entre 2 e 12 anos alocadas em 5 grupos de 20 crianças cada, que receberam, logo após a indução da anestesia, os seguintes tratamentos de analgesia: grupo B, bupivacaína a 0,25%, com vasoconstritor, 0,5 a 1 ml.kg-1; grupo F, fentanil, 1,5 µg.kg-1; grupo M, morfina, 30 µg.kg-1, grupo S, sufentanil, 0,3 µg.kg-1, todos por via peridural caudal e o grupo D, que recebeu diclofenaco potássico (1 mg.kg-1) por via retal. A dor foi avaliada por 2 métodos distintos: um predominantemente comportamental, objetivo e o outro de auto-avaliação, subjetivo, durante as primeiras 4 horas e a partir deste momento até a 24ª hora. Efeitos colaterais foram observados e tratados. RESULTADOS: Nas primeiras 4 horas os pacientes dos grupos B, F, M e S apresentaram comportamentos semelhantes, com mínimas necessidades de analgesia complementar. Nas 20 horas restantes o maior tempo de analgesia foi o observado no grupo S, não diferindo dos grupos F e M, mas sendo significativamente superior ao tempo dos grupos B e D. Diclofenaco retal não promoveu alívio efetivo da dor. Maior incidência de efeitos colaterais ocorreu no grupo M que não diferiu do grupo S, mas foi significativamente superior aos grupos F, B e D. Houve correlação positiva e significativa entre os escores das 2 escalas de avaliação de dor. CONCLUSÕES: Os opióides espinhais mostraram-se seguros e efetivos na analgesia pós-operatória em crianças, porém quando comparados à bupivacaína não apresentaram diferenças relevantes e apresentaram maior incidência de efeitos colaterais. O diclofenaco por via retal não se mostrou efetivo como analgésico único quando comparado às outras técnicas. |
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