Ropivacaína em bloqueio peridural torácico para cirurgia plástica

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Nociti,José Roberto
Data de Publicação: 2002
Outros Autores: Serzedo,Paulo Sérgio Mateus, Zuccolotto,Eduardo Barbin, Gonzalez,Raul
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista Brasileira de Anestesiologia (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-70942002000200003
Resumo: JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: O bloqueio peridural torácico constitui técnica de anestesia hipotensiva, capaz de reduzir o sangramento no campo operatório. O presente estudo não-comparativo tem por finalidade observar os resultados do bloqueio peridural torácico com ropivacaína a 0,5% associado a sedação com infusão contínua de propofol em cirurgia plástica. MÉTODO: Participaram do estudo sessenta pacientes do sexo feminino com idades entre 18 e 62 anos, estado físico ASA I ou II, submetidas a cirurgias plásticas combinadas envolvendo mama, abdômen, glúteos, lipoaspiração. Após punção peridural em T9-T10 ou T10-T11, receberam 40 ml de solução de ropivacaína a 0,5% e sufentanil 15 µg. Doses subseqüentes do anestesia local foram administradas através de cateter quando necessárias. Sedação foi obtida com infusão venosa contínua de propofol 40 a 50 µg.kg-1.min-1. Foram avaliadas as características de instalação e regressão do bloqueio, a evolução dos parâmetros hemodinâmicos e respiratórios, a incidência de eventos adversos. RESULTADOS: O nível superior de bloqueio sensorial foi T2 em 52 pacientes (86,6%), C4 em 4 (6,6%) e T3 em 4 (6,6%). A média para o tempo de latência foi 9,1 ± 8,2 minutos. Obteve-se bloqueio motor grau 2 em 61,7% das pacientes e grau 1 em 38,3%. A média para o tempo de regressão completa do bloqueio motor foi 377,9 ± 68,5 minutos. A média para o tempo da primeira queixa espontânea de dor foi 965,1 ± 371,3 minutos. Os valores médios de PAS, PAD, PAM e FC decresceram significativamente em relação ao controle a partir dos 15 min após a injeção do anestésico local, caracterizando anestesia hipotensiva. Treze pacientes (21,7%) que apresen- taram PAS < 65 mmHg e/ou PAM < 50 mmHg receberam vasopressor (etilfedrina) e 4 (6,7%) que apresentaram FC < 50 bpm receberam atropina. Não foi necessária transfusão sangüínea em nenhum paciente. CONCLUSÕES: O bloqueio peridural torácico com ropivacaína a 0,5% e sufentanil 15 µg, associado à sedação com propofol em infusão contínua, constitui método de anestesia hipotensiva de boa qualidade para cirurgias plásticas combinadas envolvendo mama, abdômen, glúteos e lipoaspiração. A monitorização contínua dos parâmetros hemodinâmicos e respiratórios e o controle dos efeitos do bloqueio sobre estes parâmetros são indispensáveis para o sucesso e a segurança da técnica.
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