Pseudoplaquetopenia em paciente submetida à esplenectomia de baço acessório: relato de caso

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Yamada,Eduardo Jorge
Data de Publicação: 2008
Outros Autores: Souto,Anne Francy Pereira, Souza,Ellen da Encarnação Onety de, Nunes,Cid Amorim, Dias,Cremilda Pinheiro
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista Brasileira de Anestesiologia (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-70942008000500007
Resumo: JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: Os testes de coagulação (hemograma e tempo de protrombina) foram inicialmente concebidos como uma forma de rastrear e acompanhar coagulopatias congênitas raras e o hemograma é o que fornece o número de plaquetas por milímetro cúbico. O objetivo deste relato foi apresentar o caso de uma paciente que apresentava um número de plaquetas extremamente baixo quando sua amostra de sangue era analisada em tubo com EDTA e um número normal quando analisada com citrato, alertando para o risco de administração errônea de hemoderivados. RELATO DO CASO: Paciente do sexo feminino, 40 anos, ASA II. Em 2001, apresentou plaquetopenia no hemograma e foi encaminhada para o hematologista em Manaus, AM, sendo realizada esplenectomia nesse mesmo ano, com diagnóstico de púrpura trombocitopênica idiopática. Com a persistência da plaquetopenia nos hemogramas foi verificado na ecografia de abdômen: imagem hipoecóica de ecotextura semelhante à esplênica, medindo 2,0 × 1,7 cm, forma esférica, conteúdo bem definido (baço acessório) e indicada esplenectomia de baço acessório. Após uma hora de operação, foram colhidas amostras para hemograma e bioquímica: Hb = 11,3 g.dL-1; Ht = 33,4%; Plaquetas = 35.000.µL-1; TAP = 15,2 (86,0% Atividade) (RNI = 1,09). Em virtude do sangramento mínimo no campo cirúrgico, foi solicitado novo exame com citrato para dosagem de plaquetas (resultado: 138.000 plaquetas). CONCLUSÕES: O resultado anômalo em um exame isolado sem correspondência com a clínica do paciente não deve guiar a terapêutica. Todos os exames têm uma porcentagem definida de erros, e a busca desses erros técnicos impede que uma terapêutica errônea seja usada.
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