Transfusão consciente de hemoderivados. Revisão sistemática dos fatores indicativos do gatilho para a infusão dos componentes sanguíneos

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Bittencourt,Ricardo
Data de Publicação: 2012
Outros Autores: Costa,José, Lobo,José Eduardo de Oliveira, Aguiar,Fábio Costa
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista Brasileira de Anestesiologia (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-70942012000300012
Resumo: JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: Com o avanço da tecnologia cirúrgica e anestésica, expandem-se as indicações de intervenção, assim como, em muitos casos, a necessidade de transfusão de hemoderivados. Com grande valor científico, o tema a ser exposto é alvo de infindáveis discussões que fornecem diferentes diretrizes nos diversos aspectos clínicos e laboratoriais. O objetivo dessa revisão é determinar os sinais clínicos, laboratoriais e de monitoração que devem guiar o início da hemotransfusão, evitando-se qualquer risco e o uso desnecessário de recursos, além da demora no início da terapia, determinando hipóxia tecidual e suas consequências. CONTEÚDO: Foram utilizados artigos científicos de ensaios clínicos e revisões sobre vários assuntos abordados no presente conteúdo. Estes foram divididos em orientações segundo aspectos clínicos e laboratoriais. Após a aplicação da estratégia de busca acima relatada, foram identificados 2.608 artigos científicos do gênero, porém somente 17 referências originais foram selecionadas pelos critérios de inclusão. CONCLUSÕES: A literatura é incerta sobre os critérios clínicos que devem guiar o ponto ideal de início da terapia transfusional, de maneira a se otimizar as relações risco/custo/benefício. Estudos revelam que não existe diferença significativa da oferta de oxigênio (O2) quando se comparam níveis de hemoglobina (Hb) entre 6 e 10 g.dL-1, principalmente pela redução da viscosidade sanguínea, facilitando o fluxo vascular aos tecidos. Existe, no entanto, uma tendência de se recomendar o gatilho da transfusão (GT) sempre que ela atinja valores tão baixos quanto 6-7 g.dL-1. Essa mesma tendência indica que hemácias nunca devem ser administradas com Hb em níveis maiores do que 10 g.dL-1, exceto em situações especiais.
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