Anestesia peribulbar com ropivacaína: estudo da ação vasoconstritora

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Govêia,Catia Sousa
Data de Publicação: 2010
Outros Autores: Magalhãe,Edno
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista Brasileira de Anestesiologia (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-70942010000500006
Resumo: JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: A anestesia peribulbar pode reduzir o fluxo sanguíneo ocular (FSO) por elevação da pressão intraocular (PIO) ou ação de fármacos. A ropivacaína tem baixa toxicidade e ação vasoconstritora intrínseca ainda não comprovada sobre vasculatura ocular. Medidas da amplitude de pulso ocular (APO) permitem avaliação indireta do FSO. O objetivo deste estudo é avaliar, via FSO, a ação vasoconstritora da ropivacaína em anestesia peribulbar. MÉTODO: Quarenta olhos submetidos a bloqueio peribulbar com 7 mL de solução anestésica, sem vasoconstritor, foram separados aleatoriamente em dois grupos: ropivacaína (n = 20) e bupivacaína (n = 20). Foram avaliados PIO, pressão de perfusão ocular (PPO), APO, variáveis hemodinâmicas e grau de acinesia antes e aos 5 e 10 minutos após bloqueio peribulbar. Para avaliação dos parâmetros oculares, utilizou-se tonômetro de contorno dinâmico. A sedação foi idêntica nos dois grupos. RESULTADOS: Não houve variação significativa dos parâmetros hemodinâmicos e da intensidade de bloqueio motor entre os grupos. Aos 5 e 10 minutos houve diferença de PIO, PPO e APO entre os grupos (p < 0,05). A variação da PIO aos 5 e 10 minutos foi, respectivamente, de -0,88% e -4,54% com ropivacaína e 17,61% e 16,56% com bupivacaína. A alteração da PPO após 5 e 10 minutos foi de 1,5% e 4,2% com ropivacaína, e de -7% e -6% com bupivacaína. A APO variou -55,59% e -59,67% com ropivacaína aos 5 e 10 minutos, e -34,71% e -28,82% com bupivacaína. CONCLUSÕES: A ropivacaína reduziu mais intensamente a amplitude de pulso ocular, apesar das pequenas alterações de PIO e PPO. A diminuição do fluxo sanguíneo ocular pela ropivacaína pode ser atribuída ao seu efeito vasoconstritor
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