Desenvolvimento inicial e repartição de biomassa de Amburana cearensis (Allemao) A.C. Smith, em diferentes condições de sombreamento

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Ramos,Kennya Mara Oliveira
Data de Publicação: 2004
Outros Autores: Felfili,Jeanine Maria, Fagg,Christopher William, Sousa-Silva,José Carlos, Franco,Augusto César
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Acta Botanica Brasilica
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-33062004000200014
Resumo: Amburana cearensis é espécie de distribuição ampla no Brasil, ocorrendo no Norte, Nordeste e Centro-Oeste, nas florestas estacionais nos ecótonos floresta/cerrado ou floresta/caatinga. É espécie de elevado valor comercial, estando ameaçada de extinção pela exploração intensiva de sua madeira e ausência de reposição. Pouco se conhece sobre crescimento e alocação de biomassa de espécies de floresta estacional em função do sombreamento. Espera-se que estas espécies apresentem plasticidade fenotípica, uma vez que estão sujeitas a forte gradiente estacional de luz em seu ambiente natural, em adição às variações de luz usualmente encontradas sob o dossel. Estudos desta natureza podem levar a um melhor entendimento do funcionamento dos ecossistemas de florestas estacionais e da silvicultura da espécie. O objetivo deste trabalho foi estudar o desenvolvimento de mudas de A. cearensis, sob diferentes níveis de sombreamento (0%, 50%, 70% e 90%) em viveiro. As mudas foram submetidas aos tratamentos aos quatro meses de idade e o delineamento experimental foi inteiramente ao acaso, com 25 repetições por tratamento. As medidas de altura, diâmetro do coleto e número de folhas foram efetuadas desde o início dos tratamentos, até as mudas atingirem 16 meses de idade. A massa seca aérea e subterrânea e o comprimento da raiz foram determinados quando as mudas estavam com 19 meses de idade. O desenvolvimento inicial da espécie, em viveiro, foi condizente com os padrões esperados para as espécies de floresta estacional, desenvolvendo-se melhor nas condições menos sombreadas e investindo na formação de raízes tuberosas. Desta maneira, a biomassa total foi maior a 0% (10,55g), seguido de 50% e 70% de sombreamento, enquanto a menor média foi encontrada a 90% (4,59g) de sombreamento. Para as plantas em pleno sol, cerca de 80% da biomassa total estava no sistema radicular. O alto investimento em sistema radicular manteve-se nos demais tratamentos. Com base no seu desenvolvimento inicial, sugere-se a introdução desta espécie em estádios iniciais de recuperação de florestas estacionais degradadas, assim como testá-la para reflorestamento.
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