Desenvolvimento inicial e repartição de biomassa de Amburana cearensis (Allemao) A.C. Smith, em diferentes condições de sombreamento
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2004 |
Outros Autores: | , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Acta Botanica Brasilica |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-33062004000200014 |
Resumo: | Amburana cearensis é espécie de distribuição ampla no Brasil, ocorrendo no Norte, Nordeste e Centro-Oeste, nas florestas estacionais nos ecótonos floresta/cerrado ou floresta/caatinga. É espécie de elevado valor comercial, estando ameaçada de extinção pela exploração intensiva de sua madeira e ausência de reposição. Pouco se conhece sobre crescimento e alocação de biomassa de espécies de floresta estacional em função do sombreamento. Espera-se que estas espécies apresentem plasticidade fenotípica, uma vez que estão sujeitas a forte gradiente estacional de luz em seu ambiente natural, em adição às variações de luz usualmente encontradas sob o dossel. Estudos desta natureza podem levar a um melhor entendimento do funcionamento dos ecossistemas de florestas estacionais e da silvicultura da espécie. O objetivo deste trabalho foi estudar o desenvolvimento de mudas de A. cearensis, sob diferentes níveis de sombreamento (0%, 50%, 70% e 90%) em viveiro. As mudas foram submetidas aos tratamentos aos quatro meses de idade e o delineamento experimental foi inteiramente ao acaso, com 25 repetições por tratamento. As medidas de altura, diâmetro do coleto e número de folhas foram efetuadas desde o início dos tratamentos, até as mudas atingirem 16 meses de idade. A massa seca aérea e subterrânea e o comprimento da raiz foram determinados quando as mudas estavam com 19 meses de idade. O desenvolvimento inicial da espécie, em viveiro, foi condizente com os padrões esperados para as espécies de floresta estacional, desenvolvendo-se melhor nas condições menos sombreadas e investindo na formação de raízes tuberosas. Desta maneira, a biomassa total foi maior a 0% (10,55g), seguido de 50% e 70% de sombreamento, enquanto a menor média foi encontrada a 90% (4,59g) de sombreamento. Para as plantas em pleno sol, cerca de 80% da biomassa total estava no sistema radicular. O alto investimento em sistema radicular manteve-se nos demais tratamentos. Com base no seu desenvolvimento inicial, sugere-se a introdução desta espécie em estádios iniciais de recuperação de florestas estacionais degradadas, assim como testá-la para reflorestamento. |
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Desenvolvimento inicial e repartição de biomassa de Amburana cearensis (Allemao) A.C. Smith, em diferentes condições de sombreamentocrescimento inicialluzalocação de biomassafloresta estacionalreflorestamentoAmburana cearensis é espécie de distribuição ampla no Brasil, ocorrendo no Norte, Nordeste e Centro-Oeste, nas florestas estacionais nos ecótonos floresta/cerrado ou floresta/caatinga. É espécie de elevado valor comercial, estando ameaçada de extinção pela exploração intensiva de sua madeira e ausência de reposição. Pouco se conhece sobre crescimento e alocação de biomassa de espécies de floresta estacional em função do sombreamento. Espera-se que estas espécies apresentem plasticidade fenotípica, uma vez que estão sujeitas a forte gradiente estacional de luz em seu ambiente natural, em adição às variações de luz usualmente encontradas sob o dossel. Estudos desta natureza podem levar a um melhor entendimento do funcionamento dos ecossistemas de florestas estacionais e da silvicultura da espécie. O objetivo deste trabalho foi estudar o desenvolvimento de mudas de A. cearensis, sob diferentes níveis de sombreamento (0%, 50%, 70% e 90%) em viveiro. As mudas foram submetidas aos tratamentos aos quatro meses de idade e o delineamento experimental foi inteiramente ao acaso, com 25 repetições por tratamento. As medidas de altura, diâmetro do coleto e número de folhas foram efetuadas desde o início dos tratamentos, até as mudas atingirem 16 meses de idade. A massa seca aérea e subterrânea e o comprimento da raiz foram determinados quando as mudas estavam com 19 meses de idade. O desenvolvimento inicial da espécie, em viveiro, foi condizente com os padrões esperados para as espécies de floresta estacional, desenvolvendo-se melhor nas condições menos sombreadas e investindo na formação de raízes tuberosas. Desta maneira, a biomassa total foi maior a 0% (10,55g), seguido de 50% e 70% de sombreamento, enquanto a menor média foi encontrada a 90% (4,59g) de sombreamento. Para as plantas em pleno sol, cerca de 80% da biomassa total estava no sistema radicular. O alto investimento em sistema radicular manteve-se nos demais tratamentos. Com base no seu desenvolvimento inicial, sugere-se a introdução desta espécie em estádios iniciais de recuperação de florestas estacionais degradadas, assim como testá-la para reflorestamento.Sociedade Botânica do Brasil2004-06-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersiontext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-33062004000200014Acta Botanica Brasilica v.18 n.2 2004reponame:Acta Botanica Brasilicainstname:Sociedade Botânica do Brasil (SBB)instacron:SBB10.1590/S0102-33062004000200014info:eu-repo/semantics/openAccessRamos,Kennya Mara OliveiraFelfili,Jeanine MariaFagg,Christopher WilliamSousa-Silva,José CarlosFranco,Augusto Césarpor2004-09-23T00:00:00Zoai:scielo:S0102-33062004000200014Revistahttps://www.scielo.br/j/abb/ONGhttps://old.scielo.br/oai/scielo-oai.phpacta@botanica.org.br||acta@botanica.org.br|| f.a.r.santos@gmail.com1677-941X0102-3306opendoar:2004-09-23T00:00Acta Botanica Brasilica - Sociedade Botânica do Brasil (SBB)false |
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Amburana cearensis é espécie de distribuição ampla no Brasil, ocorrendo no Norte, Nordeste e Centro-Oeste, nas florestas estacionais nos ecótonos floresta/cerrado ou floresta/caatinga. É espécie de elevado valor comercial, estando ameaçada de extinção pela exploração intensiva de sua madeira e ausência de reposição. Pouco se conhece sobre crescimento e alocação de biomassa de espécies de floresta estacional em função do sombreamento. Espera-se que estas espécies apresentem plasticidade fenotípica, uma vez que estão sujeitas a forte gradiente estacional de luz em seu ambiente natural, em adição às variações de luz usualmente encontradas sob o dossel. Estudos desta natureza podem levar a um melhor entendimento do funcionamento dos ecossistemas de florestas estacionais e da silvicultura da espécie. O objetivo deste trabalho foi estudar o desenvolvimento de mudas de A. cearensis, sob diferentes níveis de sombreamento (0%, 50%, 70% e 90%) em viveiro. As mudas foram submetidas aos tratamentos aos quatro meses de idade e o delineamento experimental foi inteiramente ao acaso, com 25 repetições por tratamento. As medidas de altura, diâmetro do coleto e número de folhas foram efetuadas desde o início dos tratamentos, até as mudas atingirem 16 meses de idade. A massa seca aérea e subterrânea e o comprimento da raiz foram determinados quando as mudas estavam com 19 meses de idade. O desenvolvimento inicial da espécie, em viveiro, foi condizente com os padrões esperados para as espécies de floresta estacional, desenvolvendo-se melhor nas condições menos sombreadas e investindo na formação de raízes tuberosas. Desta maneira, a biomassa total foi maior a 0% (10,55g), seguido de 50% e 70% de sombreamento, enquanto a menor média foi encontrada a 90% (4,59g) de sombreamento. Para as plantas em pleno sol, cerca de 80% da biomassa total estava no sistema radicular. O alto investimento em sistema radicular manteve-se nos demais tratamentos. Com base no seu desenvolvimento inicial, sugere-se a introdução desta espécie em estádios iniciais de recuperação de florestas estacionais degradadas, assim como testá-la para reflorestamento. |
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