Biologia da polinização da palmeira tucumã (Astrocaryum vulgare Mart.) em Belém, Pará, Brasil

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Oliveira,Maria do Socorro Padilha de
Data de Publicação: 2003
Outros Autores: Couturier,Guy, Beserra,Paulo
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Acta Botanica Brasilica
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-33062003000300002
Resumo: Estudaram-se alguns aspectos da biologia da polinização da palmeira tucumã em uma área experimental da Embrapa Amazônia Oriental, em Belém, PA. Foram coletados dados de fenologia, morfologia floral, duração da floração, viabilidade polínica e visitantes florais em dez plantas, no período de janeiro a dezembro/1997. Trata-se de uma palmeira arbórea, multicaule, monóica, que possui inflorescência envolvida por uma bráctea lenhosa coberta por espinhos e centenas de flores unissexuais, sésseis. A flor feminina é ladeada por duas masculinas formando a tríade, localizando-se na base das ráquilas; creme e medindo de 5 a 10mm compr.; do tipo campanular, com pétalas aderidas ao estigma. As flores masculinas ocorrem em maior quantidade e medem de 2 a 4mm compr. Eventos de floração e de frutificação foram registrados em todo o período, com picos de março a julho e de dezembro a março, respectivamente. A abertura da bráctea e exposição da inflorescência ocorreu, principalmente, no início da manhã e da noite, períodos em que todas as flores femininas iniciam a antese, com o estigma apresentando secreção pegajosa, permanecendo receptivas por 24 a 36h. As flores masculinas também apresentaram antese simultânea e noturna, ficando viáveis por 24 a 36h, permanecendo aderidas às ráquilas por vários dias. A viabilidade polínica foi alta, tanto em botões em pré-antese como em flores abertas. As recompensas florais foram o pólen em abundância e a secreção estigmática. Várias partes da inflorescência, principalmente as flores, emitiram forte odor. Os visitantes florais foram insetos, com predominância de besouros e abelhas. Portanto, a palmeira tucumã é uma espécie protogínica, com pólen e forte odor como atrativos primários e polinização predominantemente cantarófila.
id SBB-1_cce91045950af053824eaec47ab41072
oai_identifier_str oai:scielo:S0102-33062003000300002
network_acronym_str SBB-1
network_name_str Acta Botanica Brasilica
repository_id_str
spelling Biologia da polinização da palmeira tucumã (Astrocaryum vulgare Mart.) em Belém, Pará, BrasilArecaceaePalmaebiologia floralfenologiareproduçãocantarofiliaEstudaram-se alguns aspectos da biologia da polinização da palmeira tucumã em uma área experimental da Embrapa Amazônia Oriental, em Belém, PA. Foram coletados dados de fenologia, morfologia floral, duração da floração, viabilidade polínica e visitantes florais em dez plantas, no período de janeiro a dezembro/1997. Trata-se de uma palmeira arbórea, multicaule, monóica, que possui inflorescência envolvida por uma bráctea lenhosa coberta por espinhos e centenas de flores unissexuais, sésseis. A flor feminina é ladeada por duas masculinas formando a tríade, localizando-se na base das ráquilas; creme e medindo de 5 a 10mm compr.; do tipo campanular, com pétalas aderidas ao estigma. As flores masculinas ocorrem em maior quantidade e medem de 2 a 4mm compr. Eventos de floração e de frutificação foram registrados em todo o período, com picos de março a julho e de dezembro a março, respectivamente. A abertura da bráctea e exposição da inflorescência ocorreu, principalmente, no início da manhã e da noite, períodos em que todas as flores femininas iniciam a antese, com o estigma apresentando secreção pegajosa, permanecendo receptivas por 24 a 36h. As flores masculinas também apresentaram antese simultânea e noturna, ficando viáveis por 24 a 36h, permanecendo aderidas às ráquilas por vários dias. A viabilidade polínica foi alta, tanto em botões em pré-antese como em flores abertas. As recompensas florais foram o pólen em abundância e a secreção estigmática. Várias partes da inflorescência, principalmente as flores, emitiram forte odor. Os visitantes florais foram insetos, com predominância de besouros e abelhas. Portanto, a palmeira tucumã é uma espécie protogínica, com pólen e forte odor como atrativos primários e polinização predominantemente cantarófila.Sociedade Botânica do Brasil2003-09-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersiontext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-33062003000300002Acta Botanica Brasilica v.17 n.3 2003reponame:Acta Botanica Brasilicainstname:Sociedade Botânica do Brasil (SBB)instacron:SBB10.1590/S0102-33062003000300002info:eu-repo/semantics/openAccessOliveira,Maria do Socorro Padilha deCouturier,GuyBeserra,Paulopor2003-11-17T00:00:00Zoai:scielo:S0102-33062003000300002Revistahttps://www.scielo.br/j/abb/ONGhttps://old.scielo.br/oai/scielo-oai.phpacta@botanica.org.br||acta@botanica.org.br|| f.a.r.santos@gmail.com1677-941X0102-3306opendoar:2003-11-17T00:00Acta Botanica Brasilica - Sociedade Botânica do Brasil (SBB)false
dc.title.none.fl_str_mv Biologia da polinização da palmeira tucumã (Astrocaryum vulgare Mart.) em Belém, Pará, Brasil
title Biologia da polinização da palmeira tucumã (Astrocaryum vulgare Mart.) em Belém, Pará, Brasil
spellingShingle Biologia da polinização da palmeira tucumã (Astrocaryum vulgare Mart.) em Belém, Pará, Brasil
Oliveira,Maria do Socorro Padilha de
Arecaceae
Palmae
biologia floral
fenologia
reprodução
cantarofilia
title_short Biologia da polinização da palmeira tucumã (Astrocaryum vulgare Mart.) em Belém, Pará, Brasil
title_full Biologia da polinização da palmeira tucumã (Astrocaryum vulgare Mart.) em Belém, Pará, Brasil
title_fullStr Biologia da polinização da palmeira tucumã (Astrocaryum vulgare Mart.) em Belém, Pará, Brasil
title_full_unstemmed Biologia da polinização da palmeira tucumã (Astrocaryum vulgare Mart.) em Belém, Pará, Brasil
title_sort Biologia da polinização da palmeira tucumã (Astrocaryum vulgare Mart.) em Belém, Pará, Brasil
author Oliveira,Maria do Socorro Padilha de
author_facet Oliveira,Maria do Socorro Padilha de
Couturier,Guy
Beserra,Paulo
author_role author
author2 Couturier,Guy
Beserra,Paulo
author2_role author
author
dc.contributor.author.fl_str_mv Oliveira,Maria do Socorro Padilha de
Couturier,Guy
Beserra,Paulo
dc.subject.por.fl_str_mv Arecaceae
Palmae
biologia floral
fenologia
reprodução
cantarofilia
topic Arecaceae
Palmae
biologia floral
fenologia
reprodução
cantarofilia
description Estudaram-se alguns aspectos da biologia da polinização da palmeira tucumã em uma área experimental da Embrapa Amazônia Oriental, em Belém, PA. Foram coletados dados de fenologia, morfologia floral, duração da floração, viabilidade polínica e visitantes florais em dez plantas, no período de janeiro a dezembro/1997. Trata-se de uma palmeira arbórea, multicaule, monóica, que possui inflorescência envolvida por uma bráctea lenhosa coberta por espinhos e centenas de flores unissexuais, sésseis. A flor feminina é ladeada por duas masculinas formando a tríade, localizando-se na base das ráquilas; creme e medindo de 5 a 10mm compr.; do tipo campanular, com pétalas aderidas ao estigma. As flores masculinas ocorrem em maior quantidade e medem de 2 a 4mm compr. Eventos de floração e de frutificação foram registrados em todo o período, com picos de março a julho e de dezembro a março, respectivamente. A abertura da bráctea e exposição da inflorescência ocorreu, principalmente, no início da manhã e da noite, períodos em que todas as flores femininas iniciam a antese, com o estigma apresentando secreção pegajosa, permanecendo receptivas por 24 a 36h. As flores masculinas também apresentaram antese simultânea e noturna, ficando viáveis por 24 a 36h, permanecendo aderidas às ráquilas por vários dias. A viabilidade polínica foi alta, tanto em botões em pré-antese como em flores abertas. As recompensas florais foram o pólen em abundância e a secreção estigmática. Várias partes da inflorescência, principalmente as flores, emitiram forte odor. Os visitantes florais foram insetos, com predominância de besouros e abelhas. Portanto, a palmeira tucumã é uma espécie protogínica, com pólen e forte odor como atrativos primários e polinização predominantemente cantarófila.
publishDate 2003
dc.date.none.fl_str_mv 2003-09-01
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-33062003000300002
url http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-33062003000300002
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv 10.1590/S0102-33062003000300002
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv text/html
dc.publisher.none.fl_str_mv Sociedade Botânica do Brasil
publisher.none.fl_str_mv Sociedade Botânica do Brasil
dc.source.none.fl_str_mv Acta Botanica Brasilica v.17 n.3 2003
reponame:Acta Botanica Brasilica
instname:Sociedade Botânica do Brasil (SBB)
instacron:SBB
instname_str Sociedade Botânica do Brasil (SBB)
instacron_str SBB
institution SBB
reponame_str Acta Botanica Brasilica
collection Acta Botanica Brasilica
repository.name.fl_str_mv Acta Botanica Brasilica - Sociedade Botânica do Brasil (SBB)
repository.mail.fl_str_mv acta@botanica.org.br||acta@botanica.org.br|| f.a.r.santos@gmail.com
_version_ 1752126656817922048