Tratamento da persistência de canal arterial em recém-nascidos prematuros: análise clínica e cirúrgica

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Locali,Rafael Fagionato
Data de Publicação: 2008
Outros Autores: Matsuoka,Priscila Katsumi, Gabriel,Edmo Atique, Bertini Júnior,Ayrton, La Rotta,Carlos Arnulfo, Catani,Roberto, Carvalho,Antônio Carlos de Camargo, Buffolo,Enio
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Arquivos Brasileiros de Cardiologia (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0066-782X2008000500007
Resumo: FUNDAMENTO: O tratamento cirúrgico da persistência de canal arterial é indicado quando a intervenção clínica fracassa. No entanto, esse tratamento não é livre de complicações. OBJETIVO: Analisar aspectos clínicos e cirúrgicos envolvidos no tratamento da persistência do canal arterial, em recém-nascidos prematuros. MÉTODOS: No período de janeiro de 2000 a junho de 2006, foram analisados 22 recém-nascidos prematuros submetidos a tratamento cirúrgico para persistência de canal arterial. Do total de pacientes, 77,3% eram do sexo feminino, com peso médio ao nascimento de 952,5 g e idade gestacional média de 27 semanas. O uso de agentes vasoativos, indometacina, parâmetros ecocardiográficos e complicações, nos períodos pré e pós-operatórios, foi avaliado. RESULTADOS: Na casuística avaliada, 59,1% dos pacientes necessitaram de intubação orotraqueal ao nascimento; 77,3%, de surfactante; e 59,1% usaram agentes vasoativos no pré-operatório. O número médio de aplicações de indometacina foi de 3,4, com dosagem variando de 0,1 a 0,25 mg/kg/dia. O calibre médio do canal arterial foi de 1,96 mm. O procedimento cirúrgico foi realizado por abordagem extrapleural em 59,1% dos casos, e no pós-operatório o tempo médio de intubação foi de 30,9 dias, com emprego de agentes vasoativos em 50% dos pacientes. Observaram-se 18,1% de complicações pós-operatórias não-fatais. CONCLUSÃO: Mais da metade dos pacientes necessitou de intubação orotraqueal ao nascimento, emprego de surfactante e agentes vasoativos no período pré-operatório. Houve maior prevalência de abordagem extrapleural durante o ato operatório. No período pós-operatório, houve menor demanda de agentes vasoativos e não houve óbitos diretamente relacionados ao procedimento cirúrgico.
id SBC-1_22b588cd938a96297044e0b903b2bfd3
oai_identifier_str oai:scielo:S0066-782X2008000500007
network_acronym_str SBC-1
network_name_str Arquivos Brasileiros de Cardiologia (Online)
repository_id_str
spelling Tratamento da persistência de canal arterial em recém-nascidos prematuros: análise clínica e cirúrgicaPersistência do conduto arteriosoprematurocardiopatias congênitasFUNDAMENTO: O tratamento cirúrgico da persistência de canal arterial é indicado quando a intervenção clínica fracassa. No entanto, esse tratamento não é livre de complicações. OBJETIVO: Analisar aspectos clínicos e cirúrgicos envolvidos no tratamento da persistência do canal arterial, em recém-nascidos prematuros. MÉTODOS: No período de janeiro de 2000 a junho de 2006, foram analisados 22 recém-nascidos prematuros submetidos a tratamento cirúrgico para persistência de canal arterial. Do total de pacientes, 77,3% eram do sexo feminino, com peso médio ao nascimento de 952,5 g e idade gestacional média de 27 semanas. O uso de agentes vasoativos, indometacina, parâmetros ecocardiográficos e complicações, nos períodos pré e pós-operatórios, foi avaliado. RESULTADOS: Na casuística avaliada, 59,1% dos pacientes necessitaram de intubação orotraqueal ao nascimento; 77,3%, de surfactante; e 59,1% usaram agentes vasoativos no pré-operatório. O número médio de aplicações de indometacina foi de 3,4, com dosagem variando de 0,1 a 0,25 mg/kg/dia. O calibre médio do canal arterial foi de 1,96 mm. O procedimento cirúrgico foi realizado por abordagem extrapleural em 59,1% dos casos, e no pós-operatório o tempo médio de intubação foi de 30,9 dias, com emprego de agentes vasoativos em 50% dos pacientes. Observaram-se 18,1% de complicações pós-operatórias não-fatais. CONCLUSÃO: Mais da metade dos pacientes necessitou de intubação orotraqueal ao nascimento, emprego de surfactante e agentes vasoativos no período pré-operatório. Houve maior prevalência de abordagem extrapleural durante o ato operatório. No período pós-operatório, houve menor demanda de agentes vasoativos e não houve óbitos diretamente relacionados ao procedimento cirúrgico.Sociedade Brasileira de Cardiologia - SBC2008-05-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersiontext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0066-782X2008000500007Arquivos Brasileiros de Cardiologia v.90 n.5 2008reponame:Arquivos Brasileiros de Cardiologia (Online)instname:Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC)instacron:SBC10.1590/S0066-782X2008000500007info:eu-repo/semantics/openAccessLocali,Rafael FagionatoMatsuoka,Priscila KatsumiGabriel,Edmo AtiqueBertini Júnior,AyrtonLa Rotta,Carlos ArnulfoCatani,RobertoCarvalho,Antônio Carlos de CamargoBuffolo,Eniopor2008-05-27T00:00:00Zoai:scielo:S0066-782X2008000500007Revistahttp://www.arquivosonline.com.br/https://old.scielo.br/oai/scielo-oai.php||arquivos@cardiol.br1678-41700066-782Xopendoar:2008-05-27T00:00Arquivos Brasileiros de Cardiologia (Online) - Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC)false
dc.title.none.fl_str_mv Tratamento da persistência de canal arterial em recém-nascidos prematuros: análise clínica e cirúrgica
title Tratamento da persistência de canal arterial em recém-nascidos prematuros: análise clínica e cirúrgica
spellingShingle Tratamento da persistência de canal arterial em recém-nascidos prematuros: análise clínica e cirúrgica
Locali,Rafael Fagionato
Persistência do conduto arterioso
prematuro
cardiopatias congênitas
title_short Tratamento da persistência de canal arterial em recém-nascidos prematuros: análise clínica e cirúrgica
title_full Tratamento da persistência de canal arterial em recém-nascidos prematuros: análise clínica e cirúrgica
title_fullStr Tratamento da persistência de canal arterial em recém-nascidos prematuros: análise clínica e cirúrgica
title_full_unstemmed Tratamento da persistência de canal arterial em recém-nascidos prematuros: análise clínica e cirúrgica
title_sort Tratamento da persistência de canal arterial em recém-nascidos prematuros: análise clínica e cirúrgica
author Locali,Rafael Fagionato
author_facet Locali,Rafael Fagionato
Matsuoka,Priscila Katsumi
Gabriel,Edmo Atique
Bertini Júnior,Ayrton
La Rotta,Carlos Arnulfo
Catani,Roberto
Carvalho,Antônio Carlos de Camargo
Buffolo,Enio
author_role author
author2 Matsuoka,Priscila Katsumi
Gabriel,Edmo Atique
Bertini Júnior,Ayrton
La Rotta,Carlos Arnulfo
Catani,Roberto
Carvalho,Antônio Carlos de Camargo
Buffolo,Enio
author2_role author
author
author
author
author
author
author
dc.contributor.author.fl_str_mv Locali,Rafael Fagionato
Matsuoka,Priscila Katsumi
Gabriel,Edmo Atique
Bertini Júnior,Ayrton
La Rotta,Carlos Arnulfo
Catani,Roberto
Carvalho,Antônio Carlos de Camargo
Buffolo,Enio
dc.subject.por.fl_str_mv Persistência do conduto arterioso
prematuro
cardiopatias congênitas
topic Persistência do conduto arterioso
prematuro
cardiopatias congênitas
description FUNDAMENTO: O tratamento cirúrgico da persistência de canal arterial é indicado quando a intervenção clínica fracassa. No entanto, esse tratamento não é livre de complicações. OBJETIVO: Analisar aspectos clínicos e cirúrgicos envolvidos no tratamento da persistência do canal arterial, em recém-nascidos prematuros. MÉTODOS: No período de janeiro de 2000 a junho de 2006, foram analisados 22 recém-nascidos prematuros submetidos a tratamento cirúrgico para persistência de canal arterial. Do total de pacientes, 77,3% eram do sexo feminino, com peso médio ao nascimento de 952,5 g e idade gestacional média de 27 semanas. O uso de agentes vasoativos, indometacina, parâmetros ecocardiográficos e complicações, nos períodos pré e pós-operatórios, foi avaliado. RESULTADOS: Na casuística avaliada, 59,1% dos pacientes necessitaram de intubação orotraqueal ao nascimento; 77,3%, de surfactante; e 59,1% usaram agentes vasoativos no pré-operatório. O número médio de aplicações de indometacina foi de 3,4, com dosagem variando de 0,1 a 0,25 mg/kg/dia. O calibre médio do canal arterial foi de 1,96 mm. O procedimento cirúrgico foi realizado por abordagem extrapleural em 59,1% dos casos, e no pós-operatório o tempo médio de intubação foi de 30,9 dias, com emprego de agentes vasoativos em 50% dos pacientes. Observaram-se 18,1% de complicações pós-operatórias não-fatais. CONCLUSÃO: Mais da metade dos pacientes necessitou de intubação orotraqueal ao nascimento, emprego de surfactante e agentes vasoativos no período pré-operatório. Houve maior prevalência de abordagem extrapleural durante o ato operatório. No período pós-operatório, houve menor demanda de agentes vasoativos e não houve óbitos diretamente relacionados ao procedimento cirúrgico.
publishDate 2008
dc.date.none.fl_str_mv 2008-05-01
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0066-782X2008000500007
url http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0066-782X2008000500007
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv 10.1590/S0066-782X2008000500007
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv text/html
dc.publisher.none.fl_str_mv Sociedade Brasileira de Cardiologia - SBC
publisher.none.fl_str_mv Sociedade Brasileira de Cardiologia - SBC
dc.source.none.fl_str_mv Arquivos Brasileiros de Cardiologia v.90 n.5 2008
reponame:Arquivos Brasileiros de Cardiologia (Online)
instname:Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC)
instacron:SBC
instname_str Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC)
instacron_str SBC
institution SBC
reponame_str Arquivos Brasileiros de Cardiologia (Online)
collection Arquivos Brasileiros de Cardiologia (Online)
repository.name.fl_str_mv Arquivos Brasileiros de Cardiologia (Online) - Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC)
repository.mail.fl_str_mv ||arquivos@cardiol.br
_version_ 1752126556170354688