Características Clínicas da Hipertensão Arterial Resistente vs. Refratária em uma População de Hipertensos Afrodescendentes

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Macedo,Cristiano
Data de Publicação: 2020
Outros Autores: Aras Junior,Roque, Macedo,Isabella Sales de
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Arquivos Brasileiros de Cardiologia (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0066-782X2020000800031
Resumo: Resumo Fundamentos Afrodescendentes têm sido associados a uma maior gravidade da hipertensão arterial e maior incidência de complicações cardiovasculares. Características na apresentação da hipertensão resistente (HR) ou hipertensão refratária (HRf), especificamente nessa etnia, não têm sido devidamente estudadas. Objetivos O estudo compara características clínicas e epidemiológicas e prevalência de eventos cardiovasculares em afrodescendentes com diagnóstico de HR ou de HRf. Métodos: Estudo transversal realizado em ambulatório de referência para pacientes com Hipertensão Grave. O nível de significância foi de 5%. Resultados Avaliados 146 pacientes consecutivos, dos quais 68,7% eram do sexo feminino. A média de idade foi de 61,8 anos, sendo 88,4% afrodescendentes (pardos ou negros). 51% apresentavam HRf. Houve alta prevalência de fatores de risco cardiovascular: 34,2% tinham diabetes, 69,4% dislipidemia, 36,1% obesidade e 38,3% história de tabagismo. Função renal reduzida foi observada em 34,2%. Eventos cardiovasculares prévios ocorreram em 21,8% para infarto do miocárdio e em 19,9% para acidente vascular cerebral. O escore de risco de Framingham foi moderado/alto em 61%. Os pacientes com HRf eram mais jovens (média de idade de 59,38±11,69 anos versus 64,10±12,23 anos, p=0,02), tinham mais dislipidemia (83,8 versus 66,7%, p=0,021) e acidente vascular cerebral (30,4 versus 12,3%, p=0,011) quando comparados aos com HR. O uso de combinação de ACEi/BRA+CCB+Diurético, clortalidona e espironolactona também foi mais frequente em indivíduos com HRf. Conclusão Afrodescendentes com HR apresentaram alto risco cardiovascular, alta prevalência de HRf, maior frequência de dislipidemia e de acidente vascular cerebral, compatível com alta incidência de lesão a órgãos-alvo. (Arq Bras Cardiol. 2020; 115(1):31-39)
id SBC-1_bb6c2dff091aa32c59bfb35560bec747
oai_identifier_str oai:scielo:S0066-782X2020000800031
network_acronym_str SBC-1
network_name_str Arquivos Brasileiros de Cardiologia (Online)
repository_id_str
spelling Características Clínicas da Hipertensão Arterial Resistente vs. Refratária em uma População de Hipertensos AfrodescendentesHipertensão/complicaçõesGrupo com Ancestrais do Continente Africano/genéticaEstudo ComparativoEpidemiologiaInfarto do MiocárdioAcidente Vascular CerebralResumo Fundamentos Afrodescendentes têm sido associados a uma maior gravidade da hipertensão arterial e maior incidência de complicações cardiovasculares. Características na apresentação da hipertensão resistente (HR) ou hipertensão refratária (HRf), especificamente nessa etnia, não têm sido devidamente estudadas. Objetivos O estudo compara características clínicas e epidemiológicas e prevalência de eventos cardiovasculares em afrodescendentes com diagnóstico de HR ou de HRf. Métodos: Estudo transversal realizado em ambulatório de referência para pacientes com Hipertensão Grave. O nível de significância foi de 5%. Resultados Avaliados 146 pacientes consecutivos, dos quais 68,7% eram do sexo feminino. A média de idade foi de 61,8 anos, sendo 88,4% afrodescendentes (pardos ou negros). 51% apresentavam HRf. Houve alta prevalência de fatores de risco cardiovascular: 34,2% tinham diabetes, 69,4% dislipidemia, 36,1% obesidade e 38,3% história de tabagismo. Função renal reduzida foi observada em 34,2%. Eventos cardiovasculares prévios ocorreram em 21,8% para infarto do miocárdio e em 19,9% para acidente vascular cerebral. O escore de risco de Framingham foi moderado/alto em 61%. Os pacientes com HRf eram mais jovens (média de idade de 59,38±11,69 anos versus 64,10±12,23 anos, p=0,02), tinham mais dislipidemia (83,8 versus 66,7%, p=0,021) e acidente vascular cerebral (30,4 versus 12,3%, p=0,011) quando comparados aos com HR. O uso de combinação de ACEi/BRA+CCB+Diurético, clortalidona e espironolactona também foi mais frequente em indivíduos com HRf. Conclusão Afrodescendentes com HR apresentaram alto risco cardiovascular, alta prevalência de HRf, maior frequência de dislipidemia e de acidente vascular cerebral, compatível com alta incidência de lesão a órgãos-alvo. (Arq Bras Cardiol. 2020; 115(1):31-39)Sociedade Brasileira de Cardiologia - SBC2020-07-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersiontext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0066-782X2020000800031Arquivos Brasileiros de Cardiologia v.115 n.1 2020reponame:Arquivos Brasileiros de Cardiologia (Online)instname:Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC)instacron:SBC10.36660/abc.20190218info:eu-repo/semantics/openAccessMacedo,CristianoAras Junior,RoqueMacedo,Isabella Sales depor2020-10-20T00:00:00Zoai:scielo:S0066-782X2020000800031Revistahttp://www.arquivosonline.com.br/https://old.scielo.br/oai/scielo-oai.php||arquivos@cardiol.br1678-41700066-782Xopendoar:2020-10-20T00:00Arquivos Brasileiros de Cardiologia (Online) - Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC)false
dc.title.none.fl_str_mv Características Clínicas da Hipertensão Arterial Resistente vs. Refratária em uma População de Hipertensos Afrodescendentes
title Características Clínicas da Hipertensão Arterial Resistente vs. Refratária em uma População de Hipertensos Afrodescendentes
spellingShingle Características Clínicas da Hipertensão Arterial Resistente vs. Refratária em uma População de Hipertensos Afrodescendentes
Macedo,Cristiano
Hipertensão/complicações
Grupo com Ancestrais do Continente Africano/genética
Estudo Comparativo
Epidemiologia
Infarto do Miocárdio
Acidente Vascular Cerebral
title_short Características Clínicas da Hipertensão Arterial Resistente vs. Refratária em uma População de Hipertensos Afrodescendentes
title_full Características Clínicas da Hipertensão Arterial Resistente vs. Refratária em uma População de Hipertensos Afrodescendentes
title_fullStr Características Clínicas da Hipertensão Arterial Resistente vs. Refratária em uma População de Hipertensos Afrodescendentes
title_full_unstemmed Características Clínicas da Hipertensão Arterial Resistente vs. Refratária em uma População de Hipertensos Afrodescendentes
title_sort Características Clínicas da Hipertensão Arterial Resistente vs. Refratária em uma População de Hipertensos Afrodescendentes
author Macedo,Cristiano
author_facet Macedo,Cristiano
Aras Junior,Roque
Macedo,Isabella Sales de
author_role author
author2 Aras Junior,Roque
Macedo,Isabella Sales de
author2_role author
author
dc.contributor.author.fl_str_mv Macedo,Cristiano
Aras Junior,Roque
Macedo,Isabella Sales de
dc.subject.por.fl_str_mv Hipertensão/complicações
Grupo com Ancestrais do Continente Africano/genética
Estudo Comparativo
Epidemiologia
Infarto do Miocárdio
Acidente Vascular Cerebral
topic Hipertensão/complicações
Grupo com Ancestrais do Continente Africano/genética
Estudo Comparativo
Epidemiologia
Infarto do Miocárdio
Acidente Vascular Cerebral
description Resumo Fundamentos Afrodescendentes têm sido associados a uma maior gravidade da hipertensão arterial e maior incidência de complicações cardiovasculares. Características na apresentação da hipertensão resistente (HR) ou hipertensão refratária (HRf), especificamente nessa etnia, não têm sido devidamente estudadas. Objetivos O estudo compara características clínicas e epidemiológicas e prevalência de eventos cardiovasculares em afrodescendentes com diagnóstico de HR ou de HRf. Métodos: Estudo transversal realizado em ambulatório de referência para pacientes com Hipertensão Grave. O nível de significância foi de 5%. Resultados Avaliados 146 pacientes consecutivos, dos quais 68,7% eram do sexo feminino. A média de idade foi de 61,8 anos, sendo 88,4% afrodescendentes (pardos ou negros). 51% apresentavam HRf. Houve alta prevalência de fatores de risco cardiovascular: 34,2% tinham diabetes, 69,4% dislipidemia, 36,1% obesidade e 38,3% história de tabagismo. Função renal reduzida foi observada em 34,2%. Eventos cardiovasculares prévios ocorreram em 21,8% para infarto do miocárdio e em 19,9% para acidente vascular cerebral. O escore de risco de Framingham foi moderado/alto em 61%. Os pacientes com HRf eram mais jovens (média de idade de 59,38±11,69 anos versus 64,10±12,23 anos, p=0,02), tinham mais dislipidemia (83,8 versus 66,7%, p=0,021) e acidente vascular cerebral (30,4 versus 12,3%, p=0,011) quando comparados aos com HR. O uso de combinação de ACEi/BRA+CCB+Diurético, clortalidona e espironolactona também foi mais frequente em indivíduos com HRf. Conclusão Afrodescendentes com HR apresentaram alto risco cardiovascular, alta prevalência de HRf, maior frequência de dislipidemia e de acidente vascular cerebral, compatível com alta incidência de lesão a órgãos-alvo. (Arq Bras Cardiol. 2020; 115(1):31-39)
publishDate 2020
dc.date.none.fl_str_mv 2020-07-01
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0066-782X2020000800031
url http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0066-782X2020000800031
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv 10.36660/abc.20190218
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv text/html
dc.publisher.none.fl_str_mv Sociedade Brasileira de Cardiologia - SBC
publisher.none.fl_str_mv Sociedade Brasileira de Cardiologia - SBC
dc.source.none.fl_str_mv Arquivos Brasileiros de Cardiologia v.115 n.1 2020
reponame:Arquivos Brasileiros de Cardiologia (Online)
instname:Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC)
instacron:SBC
instname_str Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC)
instacron_str SBC
institution SBC
reponame_str Arquivos Brasileiros de Cardiologia (Online)
collection Arquivos Brasileiros de Cardiologia (Online)
repository.name.fl_str_mv Arquivos Brasileiros de Cardiologia (Online) - Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC)
repository.mail.fl_str_mv ||arquivos@cardiol.br
_version_ 1752126571033919488