Impacto Atual da Circulação Extracorpórea na Cirurgia de Revascularização Miocárdica no Estado de São Paulo

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Borgomoni,Gabrielle Barbosa
Data de Publicação: 2020
Outros Autores: Mejia,Omar Asdrúbal Vilca, Orlandi,Bianca Maria Maglia, Goncharov,Maxim, Lisboa,Luiz Augusto Ferreira, Conte,Pedro Henrique, Oliveira,Marco Antonio Praca, Fiorelli,Alfredo Inácio, Petrucci Junior,Orlando, Tiveron,Marcos Grandim, Dallan,Luís Alberto de Oliveira, Jatene,Fabio Biscegli
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Arquivos Brasileiros de Cardiologia (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0066-782X2020001200595
Resumo: Resumo Fundamento Resultados prévios com o uso de circulação extracorpórea (CEC) geram dificuldades na escolha do melhor tratamento para cada paciente na cirurgia de revascularização miocárdica (CRM) no contexto atual. Objetivo Avaliar o impacto da CEC no cenário atual da CRM no estado de São Paulo. Métodos Foram analisados 2.905 pacientes submetidos à CRM de forma consecutiva em 11 centros do estado de São Paulo pertencentes ao Registro Paulista de Cirurgia Cardiovascular (REPLICCAR) I. Dados perioperatórios e de seguimento foram colocados via on-line por especialistas treinados e capacitados em cada hospital. Foram analisadas as associações das variáveis perioperatórias com o tipo de procedimento (com ou sem CEC) e com os desfechos. A mortalidade esperada foi calculada por meio do EuroSCORE II (ESII). Os valores de p menores de 5% foram considerados significativos. Resultados Não houve diferença significativa em relação à idade dos pacientes entre os grupos (p=0,081). Dentre os pacientes, 72,9% eram de sexo masculino; 542 pacientes foram operados sem CEC (18,7%). Das características pré-operatórias, pacientes com infarto agudo do miocárdio (IAM) prévio (p=0,005) e disfunção ventricular (p=0,031) foram operados com CEC; no entanto, pacientes de emergência ou em classe funcional New York Heart Association (NYHA) IV foram operados sem CEC (p<0,001). O valor do ESII foi semelhante para ambos os grupos (p=0,427). Na CRM sem CEC, houve preferência pelo uso do enxerto radial (p<0,001) e com CEC pela artéria mamária direita (p<0,001). No pós-operatório, o uso de CEC esteve associado com reoperação por sangramento (p=0,012). Conclusão Atualmente, no REPLICCAR, reoperação por sangramento foi o único desfecho associado ao uso da CEC na CRM. (Arq Bras Cardiol. 2020; 115(4):595-601)
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