Gravidade da lesão angiográfica coronariana e polimorfismo da APOE nas síndromes coronarianas agudas
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2009 |
Outros Autores: | , , , , , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Arquivos Brasileiros de Cardiologia (Online) |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0066-782X2009000900005 |
Resumo: | FUNDAMENTO: Existem evidências de associação entre o polimorfismo da apolipoproteína E (APOE) e a doença coronariana, entretanto há controvérsias. OBJETIVO: Avaliar a associação entre o número de vasos coronarianos acometidos por obstrução significativa definida por angiografia, o polimorfismo da APOE e as variáveis clínicas. MÉTODOS: Estudo transversal multicêntrico que envolveu 207 pacientes (138 homens) com síndrome coronariana aguda (SCA) em Niterói (RJ - Brasil), os quais realizaram angiografia coronariana e determinação do genótipo para o polimorfismo APOE *2*3*4, pelo método de Restriction Fragment Length Polymorphism (RFLP). RESULTADOS: A frequência dos alelos APOE *2 foi de 6,8%, *3 foi de 82,5%, e *4 foi de 10,7%. Quanto ao número de vasos lesados, 27% dos pacientes apresentavam obstrução uniarterial, 33,8%, biarterial, e 39,1%, triarterial ou de tronco da coronária esquerda. O grau de lesão multivascular não se relacionou com a presença do alelo *4 (p = 0,78), mas com a idade > 55 anos (p = 0,025), o ex-tabagismo (p = 0,004) e a dislipidemia (p = 0,05) na análise multivariada e com doença arterial coronariana prévia (p = 0,05), diabete (p = 0,038) e síndrome metabólica (p = 0,021) na análise univariada. A prevalência de dislipidemia, diabete e hipertensão arterial sistêmica (HAS) foi elevada em relação a estudos semelhantes, com aumento progressivo da prevalência de HAS (p = 0,59) e de diabete (p = 0,06), de acordo com o número de vasos lesados. CONCLUSÃO: O polimorfismo da APOE não se associou ao número de vasos coronarianos com obstrução significativa em qualquer faixa etária. Por outro lado, a idade > 55 anos, o ex-tabagismo e a dislipidemia associaram-se à lesão multivascular. |
id |
SBC-1_c9e447937b275774637b571e1c81e04b |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:scielo:S0066-782X2009000900005 |
network_acronym_str |
SBC-1 |
network_name_str |
Arquivos Brasileiros de Cardiologia (Online) |
repository_id_str |
|
spelling |
Gravidade da lesão angiográfica coronariana e polimorfismo da APOE nas síndromes coronarianas agudasApolipoproteína E2síndrome coronariana agudapolimorfismo genéticoangiografia coronarianaFUNDAMENTO: Existem evidências de associação entre o polimorfismo da apolipoproteína E (APOE) e a doença coronariana, entretanto há controvérsias. OBJETIVO: Avaliar a associação entre o número de vasos coronarianos acometidos por obstrução significativa definida por angiografia, o polimorfismo da APOE e as variáveis clínicas. MÉTODOS: Estudo transversal multicêntrico que envolveu 207 pacientes (138 homens) com síndrome coronariana aguda (SCA) em Niterói (RJ - Brasil), os quais realizaram angiografia coronariana e determinação do genótipo para o polimorfismo APOE *2*3*4, pelo método de Restriction Fragment Length Polymorphism (RFLP). RESULTADOS: A frequência dos alelos APOE *2 foi de 6,8%, *3 foi de 82,5%, e *4 foi de 10,7%. Quanto ao número de vasos lesados, 27% dos pacientes apresentavam obstrução uniarterial, 33,8%, biarterial, e 39,1%, triarterial ou de tronco da coronária esquerda. O grau de lesão multivascular não se relacionou com a presença do alelo *4 (p = 0,78), mas com a idade > 55 anos (p = 0,025), o ex-tabagismo (p = 0,004) e a dislipidemia (p = 0,05) na análise multivariada e com doença arterial coronariana prévia (p = 0,05), diabete (p = 0,038) e síndrome metabólica (p = 0,021) na análise univariada. A prevalência de dislipidemia, diabete e hipertensão arterial sistêmica (HAS) foi elevada em relação a estudos semelhantes, com aumento progressivo da prevalência de HAS (p = 0,59) e de diabete (p = 0,06), de acordo com o número de vasos lesados. CONCLUSÃO: O polimorfismo da APOE não se associou ao número de vasos coronarianos com obstrução significativa em qualquer faixa etária. Por outro lado, a idade > 55 anos, o ex-tabagismo e a dislipidemia associaram-se à lesão multivascular.Sociedade Brasileira de Cardiologia - SBC2009-09-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersiontext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0066-782X2009000900005Arquivos Brasileiros de Cardiologia v.93 n.3 2009reponame:Arquivos Brasileiros de Cardiologia (Online)instname:Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC)instacron:SBC10.1590/S0066-782X2009000900005info:eu-repo/semantics/openAccessDias,Arlisa Monteiro de CastroReis,Amália Faria dosSaud,Claudia Guerra MuradChilinque,Maria das Graças LeitãoLeite,Rafaela FerreiraAbdalah,Rosemery Nunes CardosoFiqueiredo,Mariana FerreiraRibeiro,Georgina SeveroFaria,Carlos Augusto Cardozo depor2009-10-22T00:00:00Zoai:scielo:S0066-782X2009000900005Revistahttp://www.arquivosonline.com.br/https://old.scielo.br/oai/scielo-oai.php||arquivos@cardiol.br1678-41700066-782Xopendoar:2009-10-22T00:00Arquivos Brasileiros de Cardiologia (Online) - Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC)false |
dc.title.none.fl_str_mv |
Gravidade da lesão angiográfica coronariana e polimorfismo da APOE nas síndromes coronarianas agudas |
title |
Gravidade da lesão angiográfica coronariana e polimorfismo da APOE nas síndromes coronarianas agudas |
spellingShingle |
Gravidade da lesão angiográfica coronariana e polimorfismo da APOE nas síndromes coronarianas agudas Dias,Arlisa Monteiro de Castro Apolipoproteína E2 síndrome coronariana aguda polimorfismo genético angiografia coronariana |
title_short |
Gravidade da lesão angiográfica coronariana e polimorfismo da APOE nas síndromes coronarianas agudas |
title_full |
Gravidade da lesão angiográfica coronariana e polimorfismo da APOE nas síndromes coronarianas agudas |
title_fullStr |
Gravidade da lesão angiográfica coronariana e polimorfismo da APOE nas síndromes coronarianas agudas |
title_full_unstemmed |
Gravidade da lesão angiográfica coronariana e polimorfismo da APOE nas síndromes coronarianas agudas |
title_sort |
Gravidade da lesão angiográfica coronariana e polimorfismo da APOE nas síndromes coronarianas agudas |
author |
Dias,Arlisa Monteiro de Castro |
author_facet |
Dias,Arlisa Monteiro de Castro Reis,Amália Faria dos Saud,Claudia Guerra Murad Chilinque,Maria das Graças Leitão Leite,Rafaela Ferreira Abdalah,Rosemery Nunes Cardoso Fiqueiredo,Mariana Ferreira Ribeiro,Georgina Severo Faria,Carlos Augusto Cardozo de |
author_role |
author |
author2 |
Reis,Amália Faria dos Saud,Claudia Guerra Murad Chilinque,Maria das Graças Leitão Leite,Rafaela Ferreira Abdalah,Rosemery Nunes Cardoso Fiqueiredo,Mariana Ferreira Ribeiro,Georgina Severo Faria,Carlos Augusto Cardozo de |
author2_role |
author author author author author author author author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Dias,Arlisa Monteiro de Castro Reis,Amália Faria dos Saud,Claudia Guerra Murad Chilinque,Maria das Graças Leitão Leite,Rafaela Ferreira Abdalah,Rosemery Nunes Cardoso Fiqueiredo,Mariana Ferreira Ribeiro,Georgina Severo Faria,Carlos Augusto Cardozo de |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Apolipoproteína E2 síndrome coronariana aguda polimorfismo genético angiografia coronariana |
topic |
Apolipoproteína E2 síndrome coronariana aguda polimorfismo genético angiografia coronariana |
description |
FUNDAMENTO: Existem evidências de associação entre o polimorfismo da apolipoproteína E (APOE) e a doença coronariana, entretanto há controvérsias. OBJETIVO: Avaliar a associação entre o número de vasos coronarianos acometidos por obstrução significativa definida por angiografia, o polimorfismo da APOE e as variáveis clínicas. MÉTODOS: Estudo transversal multicêntrico que envolveu 207 pacientes (138 homens) com síndrome coronariana aguda (SCA) em Niterói (RJ - Brasil), os quais realizaram angiografia coronariana e determinação do genótipo para o polimorfismo APOE *2*3*4, pelo método de Restriction Fragment Length Polymorphism (RFLP). RESULTADOS: A frequência dos alelos APOE *2 foi de 6,8%, *3 foi de 82,5%, e *4 foi de 10,7%. Quanto ao número de vasos lesados, 27% dos pacientes apresentavam obstrução uniarterial, 33,8%, biarterial, e 39,1%, triarterial ou de tronco da coronária esquerda. O grau de lesão multivascular não se relacionou com a presença do alelo *4 (p = 0,78), mas com a idade > 55 anos (p = 0,025), o ex-tabagismo (p = 0,004) e a dislipidemia (p = 0,05) na análise multivariada e com doença arterial coronariana prévia (p = 0,05), diabete (p = 0,038) e síndrome metabólica (p = 0,021) na análise univariada. A prevalência de dislipidemia, diabete e hipertensão arterial sistêmica (HAS) foi elevada em relação a estudos semelhantes, com aumento progressivo da prevalência de HAS (p = 0,59) e de diabete (p = 0,06), de acordo com o número de vasos lesados. CONCLUSÃO: O polimorfismo da APOE não se associou ao número de vasos coronarianos com obstrução significativa em qualquer faixa etária. Por outro lado, a idade > 55 anos, o ex-tabagismo e a dislipidemia associaram-se à lesão multivascular. |
publishDate |
2009 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2009-09-01 |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0066-782X2009000900005 |
url |
http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0066-782X2009000900005 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
10.1590/S0066-782X2009000900005 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
text/html |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Sociedade Brasileira de Cardiologia - SBC |
publisher.none.fl_str_mv |
Sociedade Brasileira de Cardiologia - SBC |
dc.source.none.fl_str_mv |
Arquivos Brasileiros de Cardiologia v.93 n.3 2009 reponame:Arquivos Brasileiros de Cardiologia (Online) instname:Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) instacron:SBC |
instname_str |
Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) |
instacron_str |
SBC |
institution |
SBC |
reponame_str |
Arquivos Brasileiros de Cardiologia (Online) |
collection |
Arquivos Brasileiros de Cardiologia (Online) |
repository.name.fl_str_mv |
Arquivos Brasileiros de Cardiologia (Online) - Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) |
repository.mail.fl_str_mv |
||arquivos@cardiol.br |
_version_ |
1752126557154967552 |