Distrofia miotônica e cardiopatia: comportamento dos eventos arrítmicos e dos distúrbios da condução

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Nishioka,Silvana Angelina D'Orio
Data de Publicação: 2005
Outros Autores: Martinelli Filho,Martino, Marie,Suely, Zatz,Mayana, Costa,Roberto
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Arquivos Brasileiros de Cardiologia (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0066-782X2005000400011
Resumo: OBJETIVO: Estudar a prevalência e a evolução natural dos eventos arrítmicos e distúrbios da condução, correlacionar o defeito genético com achados cardiovasculares, avaliar a mortalidade cardíaca, freqüência e fatores preditivos de morte súbita, correlacionar a gravidade do envolvimento neuromuscular e cardíaco e definir o papel do estudo eletrofisiológico (EEF), na distrofia miotônica. MÉTODOS: Realizados periodicamente avaliação clínica e exames complementares, exame genético, eletrocardiograma, ecocardiograma e Holter (exceto exame genético) em 83 pacientes consecutivos com tempo médio de seguimento de 42±30,63 meses, sendo o estudo eletrofisiológico realizado em 59 casos. RESULTADOS: Taquiarritmia atrial foi observada em 10 (12%) pacientes, taquicardia ventricular não sustentada (TVNS) em 14 (17%), bloqueio átrio-ventricular (BAV) 1º grau em 24 (29%), bloqueio de ramo esquerdo (BRE) em 19 (23%), bloqueio de ramo direito (BRD) em 13 (16%). Sintomas, aumento do intervalo PR, alargamento do QRS, fração de ejeção do ventrículo esquerdo (FEVE) <60% e idade foram preditivos de óbito. Ocorreram 9 mortes (4 súbitas; 2 insuficiência cardíaca; 3 outras). EEF: HV>70ms em 34% e >100ms em 11% (pós-procainamida). CONCLUSÃO: A prevalência dos eventos arrítmicos e distúrbios da condução foi de 50% a 80% após 6 anos, não se correlacionando ao defeito genético, sendo o flutter atrial, a arritmia sustentada mais freqüente. O envolvimento cardíaco aumentou com a piora da doença neuromuscular, mas essa progressão foi mais rápida que a neuromuscular. A mortalidade total foi baixa (11%) e morte súbita ocorreu em metade dos casos. EEF identificou grupo de risco para implante de marcapasso.
id SBC-1_ebadcb56200221ba44f67b2ec55536db
oai_identifier_str oai:scielo:S0066-782X2005000400011
network_acronym_str SBC-1
network_name_str Arquivos Brasileiros de Cardiologia (Online)
repository_id_str
spelling Distrofia miotônica e cardiopatia: comportamento dos eventos arrítmicos e dos distúrbios da conduçãodistrofia miotônicaarritmiassistema de condução cardíacomortalidadeOBJETIVO: Estudar a prevalência e a evolução natural dos eventos arrítmicos e distúrbios da condução, correlacionar o defeito genético com achados cardiovasculares, avaliar a mortalidade cardíaca, freqüência e fatores preditivos de morte súbita, correlacionar a gravidade do envolvimento neuromuscular e cardíaco e definir o papel do estudo eletrofisiológico (EEF), na distrofia miotônica. MÉTODOS: Realizados periodicamente avaliação clínica e exames complementares, exame genético, eletrocardiograma, ecocardiograma e Holter (exceto exame genético) em 83 pacientes consecutivos com tempo médio de seguimento de 42±30,63 meses, sendo o estudo eletrofisiológico realizado em 59 casos. RESULTADOS: Taquiarritmia atrial foi observada em 10 (12%) pacientes, taquicardia ventricular não sustentada (TVNS) em 14 (17%), bloqueio átrio-ventricular (BAV) 1º grau em 24 (29%), bloqueio de ramo esquerdo (BRE) em 19 (23%), bloqueio de ramo direito (BRD) em 13 (16%). Sintomas, aumento do intervalo PR, alargamento do QRS, fração de ejeção do ventrículo esquerdo (FEVE) <60% e idade foram preditivos de óbito. Ocorreram 9 mortes (4 súbitas; 2 insuficiência cardíaca; 3 outras). EEF: HV>70ms em 34% e >100ms em 11% (pós-procainamida). CONCLUSÃO: A prevalência dos eventos arrítmicos e distúrbios da condução foi de 50% a 80% após 6 anos, não se correlacionando ao defeito genético, sendo o flutter atrial, a arritmia sustentada mais freqüente. O envolvimento cardíaco aumentou com a piora da doença neuromuscular, mas essa progressão foi mais rápida que a neuromuscular. A mortalidade total foi baixa (11%) e morte súbita ocorreu em metade dos casos. EEF identificou grupo de risco para implante de marcapasso.Sociedade Brasileira de Cardiologia - SBC2005-04-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersiontext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0066-782X2005000400011Arquivos Brasileiros de Cardiologia v.84 n.4 2005reponame:Arquivos Brasileiros de Cardiologia (Online)instname:Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC)instacron:SBC10.1590/S0066-782X2005000400011info:eu-repo/semantics/openAccessNishioka,Silvana Angelina D'OrioMartinelli Filho,MartinoMarie,SuelyZatz,MayanaCosta,Robertopor2005-05-03T00:00:00Zoai:scielo:S0066-782X2005000400011Revistahttp://www.arquivosonline.com.br/https://old.scielo.br/oai/scielo-oai.php||arquivos@cardiol.br1678-41700066-782Xopendoar:2005-05-03T00:00Arquivos Brasileiros de Cardiologia (Online) - Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC)false
dc.title.none.fl_str_mv Distrofia miotônica e cardiopatia: comportamento dos eventos arrítmicos e dos distúrbios da condução
title Distrofia miotônica e cardiopatia: comportamento dos eventos arrítmicos e dos distúrbios da condução
spellingShingle Distrofia miotônica e cardiopatia: comportamento dos eventos arrítmicos e dos distúrbios da condução
Nishioka,Silvana Angelina D'Orio
distrofia miotônica
arritmias
sistema de condução cardíaco
mortalidade
title_short Distrofia miotônica e cardiopatia: comportamento dos eventos arrítmicos e dos distúrbios da condução
title_full Distrofia miotônica e cardiopatia: comportamento dos eventos arrítmicos e dos distúrbios da condução
title_fullStr Distrofia miotônica e cardiopatia: comportamento dos eventos arrítmicos e dos distúrbios da condução
title_full_unstemmed Distrofia miotônica e cardiopatia: comportamento dos eventos arrítmicos e dos distúrbios da condução
title_sort Distrofia miotônica e cardiopatia: comportamento dos eventos arrítmicos e dos distúrbios da condução
author Nishioka,Silvana Angelina D'Orio
author_facet Nishioka,Silvana Angelina D'Orio
Martinelli Filho,Martino
Marie,Suely
Zatz,Mayana
Costa,Roberto
author_role author
author2 Martinelli Filho,Martino
Marie,Suely
Zatz,Mayana
Costa,Roberto
author2_role author
author
author
author
dc.contributor.author.fl_str_mv Nishioka,Silvana Angelina D'Orio
Martinelli Filho,Martino
Marie,Suely
Zatz,Mayana
Costa,Roberto
dc.subject.por.fl_str_mv distrofia miotônica
arritmias
sistema de condução cardíaco
mortalidade
topic distrofia miotônica
arritmias
sistema de condução cardíaco
mortalidade
description OBJETIVO: Estudar a prevalência e a evolução natural dos eventos arrítmicos e distúrbios da condução, correlacionar o defeito genético com achados cardiovasculares, avaliar a mortalidade cardíaca, freqüência e fatores preditivos de morte súbita, correlacionar a gravidade do envolvimento neuromuscular e cardíaco e definir o papel do estudo eletrofisiológico (EEF), na distrofia miotônica. MÉTODOS: Realizados periodicamente avaliação clínica e exames complementares, exame genético, eletrocardiograma, ecocardiograma e Holter (exceto exame genético) em 83 pacientes consecutivos com tempo médio de seguimento de 42±30,63 meses, sendo o estudo eletrofisiológico realizado em 59 casos. RESULTADOS: Taquiarritmia atrial foi observada em 10 (12%) pacientes, taquicardia ventricular não sustentada (TVNS) em 14 (17%), bloqueio átrio-ventricular (BAV) 1º grau em 24 (29%), bloqueio de ramo esquerdo (BRE) em 19 (23%), bloqueio de ramo direito (BRD) em 13 (16%). Sintomas, aumento do intervalo PR, alargamento do QRS, fração de ejeção do ventrículo esquerdo (FEVE) <60% e idade foram preditivos de óbito. Ocorreram 9 mortes (4 súbitas; 2 insuficiência cardíaca; 3 outras). EEF: HV>70ms em 34% e >100ms em 11% (pós-procainamida). CONCLUSÃO: A prevalência dos eventos arrítmicos e distúrbios da condução foi de 50% a 80% após 6 anos, não se correlacionando ao defeito genético, sendo o flutter atrial, a arritmia sustentada mais freqüente. O envolvimento cardíaco aumentou com a piora da doença neuromuscular, mas essa progressão foi mais rápida que a neuromuscular. A mortalidade total foi baixa (11%) e morte súbita ocorreu em metade dos casos. EEF identificou grupo de risco para implante de marcapasso.
publishDate 2005
dc.date.none.fl_str_mv 2005-04-01
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0066-782X2005000400011
url http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0066-782X2005000400011
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv 10.1590/S0066-782X2005000400011
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv text/html
dc.publisher.none.fl_str_mv Sociedade Brasileira de Cardiologia - SBC
publisher.none.fl_str_mv Sociedade Brasileira de Cardiologia - SBC
dc.source.none.fl_str_mv Arquivos Brasileiros de Cardiologia v.84 n.4 2005
reponame:Arquivos Brasileiros de Cardiologia (Online)
instname:Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC)
instacron:SBC
instname_str Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC)
instacron_str SBC
institution SBC
reponame_str Arquivos Brasileiros de Cardiologia (Online)
collection Arquivos Brasileiros de Cardiologia (Online)
repository.name.fl_str_mv Arquivos Brasileiros de Cardiologia (Online) - Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC)
repository.mail.fl_str_mv ||arquivos@cardiol.br
_version_ 1752126553697812480