Avaliação do escore CABDEAL como preditor de disfunção neurológica no pós-operatório de revascularização miocárdica com circulação extracorpórea

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Nina,Vinícius José da Silva
Data de Publicação: 2012
Outros Autores: Rocha,Maria Iracema de Amorim, Rodrigues,Rayssa Fiterman, Oliveira,Vanessa Carvalho de, Teixeira,João Lívio Linhares, Figueredo,Eduardo Durans, Nina,Rachel Vilela de Abreu Haickel, Sousa,Carlos Antonio Coimbra
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Brazilian Journal of Cardiovascular Surgery (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-76382012000300014
Resumo: INTRODUÇÃO: As complicações neurológicas são temidas no pós-operatório das cirurgias cardíacas, sendo importante causa de óbito e de gastos hospitalares. Sua predição ainda é incerta. OBJETIVO: Avaliar a aplicabilidade de um escore pré-operatório como preditor de disfunção neurológica no pós-operatório de revascularização miocárdica (RM) com circulação extracorpórea (CEC). MÉTODOS: Estudo prospectivo que avaliou 77 pacientes submetidos à RM no período de fevereiro a outubro de 2011. Utilizando-se o escore CABDEAL (creatinine, age, body mass index, diabetes, emergency surgery, abnormality on ECG, lung disease), os pacientes foram agrupados em alto (CABDEAL &gt; 4) e baixo risco (CABDEAL<4). Para os desfechos encefalopatia e acidente vascular encefálico (AVE), foram comparados os valores preditivos do escore e das variáveis intra e pós-operatórias (tempos de pinçamento aórtico, CEC e ventilação mecânica). O teste exato de Fischer foi usado na análise estatística. A análise da curva ROC foi utilizada para avaliar a acurácia do modelo para os desfechos neurológicos. Adotou-se o nível de significância P<0,05. RESULTADOS: A taxa de mortalidade foi de 2,6% (n=2). Ocorreram dois episódios de AVE (2,6%) e 12 (15,5%) de encefalopatia. O desfecho encefalopatia associou-se significativamente com CABDEAL de alto risco (P=0,0009), tempo de ventilação mecânica (P=0,014), tempo de CEC (P=0,02), e tempo de pinçamento aórtico (P=0,006); este último associou-se também com AVE (P=0,03) e óbito (P=0,006). O escore CABDEAL apresentou maior área sob a curva ROC do que as demais variáveis para o desfecho encefalopatia. CONCLUSÃO: Na amostra estudada, o escore CABDEAL foi melhor preditor de encefalopatia no pós-operatório de RM quando comparado às variáveis intraoperatórias analisadas.
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