Fluxo coronário desregulado durante reperfusão pós cardioplegia

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: VICENTE,Walter V. A
Data de Publicação: 1997
Outros Autores: HOLMAN,William L., Ferguson,Edward R., Spruell,Russell D., Murrah,Charles P., PACIFICO,Albert D.
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Brazilian Journal of Cardiovascular Surgery (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-76381997000200013
Resumo: Estudaram-se a demanda metabólica e a distribuição do fluxo coronariano na presença de fibrilação ventricular (FV), durante a reperfusão pós-cardioplegia. Foram colocados 15 suínos em circulação extracorpórea e submetidos a parada cardíaca cardioplégica sangüínea anterógrada hipotérmica intermitente, durante uma hora, seguida por reperfusão miocárdica controlada. Os animais foram divididos em três grupos (n=5), conforme estivessem em assistolia (Grupo 1) ou em FV de curta (Grupo 2) ou longa duração (Grupo 3), durante os dez primeiros minutos de reperfusão. Os valores do consumo miocárdico de oxigênio (MVO2), em ml O2/min/g (média ± erro padrão) durante a reperfusão foram de 1,325 ± 0,144 (Grupo 1); 2,472 ± 0,208 (Grupo 2) e 2,469 ± 0,228 (Grupo 3). A diferença entre o MVO2 dos corações em assistolia e o dos corações em FV, quer de curta ou longa duração, foi significante (p<0,001). A relação entre os fluxos sangüíneos endo e epicárdico, bem como o fluxo sangüíneo coronário global (ml/mim/100g) foram semelhentes nos 3 grupos. Os valores dessa última variável, em ml/mim/100g, corresponderam a, respectivamente, 169,3 ± 11,7; 185,0 ± 15,7 e 179,9 ± 13,2. Os resultados demonstram que a auto-regulação coronária está alterada durante a fase inicial de reperfusão pós criocardioplegia, pois a perfusão miocárdica não aumentou em resposta à elevação do consumo de oxigênio imposta pela FV. Essa constatação, de grande interesse clínico, sugere que a ocorrência de FV durante a fase inicial da reperfusão possa contribuir para o desenvolvimento de lesões teciduais em corações cujo fluxo coronário já esteja previamente comprometido, por obstrução coronária, distensão ou hipertrofia ventricular.
id SBCCV-1_56f983984172ea536687d4ba692f0de3
oai_identifier_str oai:scielo:S0102-76381997000200013
network_acronym_str SBCCV-1
network_name_str Brazilian Journal of Cardiovascular Surgery (Online)
repository_id_str
spelling Fluxo coronário desregulado durante reperfusão pós cardioplegiaCirculação coronáriaReperfusão miocárdica/suínosParada cardíaca induzidaFibrilação ventricularMiocárdio/metabolismoEstudaram-se a demanda metabólica e a distribuição do fluxo coronariano na presença de fibrilação ventricular (FV), durante a reperfusão pós-cardioplegia. Foram colocados 15 suínos em circulação extracorpórea e submetidos a parada cardíaca cardioplégica sangüínea anterógrada hipotérmica intermitente, durante uma hora, seguida por reperfusão miocárdica controlada. Os animais foram divididos em três grupos (n=5), conforme estivessem em assistolia (Grupo 1) ou em FV de curta (Grupo 2) ou longa duração (Grupo 3), durante os dez primeiros minutos de reperfusão. Os valores do consumo miocárdico de oxigênio (MVO2), em ml O2/min/g (média ± erro padrão) durante a reperfusão foram de 1,325 ± 0,144 (Grupo 1); 2,472 ± 0,208 (Grupo 2) e 2,469 ± 0,228 (Grupo 3). A diferença entre o MVO2 dos corações em assistolia e o dos corações em FV, quer de curta ou longa duração, foi significante (p<0,001). A relação entre os fluxos sangüíneos endo e epicárdico, bem como o fluxo sangüíneo coronário global (ml/mim/100g) foram semelhentes nos 3 grupos. Os valores dessa última variável, em ml/mim/100g, corresponderam a, respectivamente, 169,3 ± 11,7; 185,0 ± 15,7 e 179,9 ± 13,2. Os resultados demonstram que a auto-regulação coronária está alterada durante a fase inicial de reperfusão pós criocardioplegia, pois a perfusão miocárdica não aumentou em resposta à elevação do consumo de oxigênio imposta pela FV. Essa constatação, de grande interesse clínico, sugere que a ocorrência de FV durante a fase inicial da reperfusão possa contribuir para o desenvolvimento de lesões teciduais em corações cujo fluxo coronário já esteja previamente comprometido, por obstrução coronária, distensão ou hipertrofia ventricular.Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular1997-04-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersiontext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-76381997000200013Brazilian Journal of Cardiovascular Surgery v.12 n.2 1997reponame:Brazilian Journal of Cardiovascular Surgery (Online)instname:Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular (SBCCV)instacron:SBCCV10.1590/S0102-76381997000200013info:eu-repo/semantics/openAccessVICENTE,Walter V. AHOLMAN,William L.Ferguson,Edward R.Spruell,Russell D.Murrah,Charles P.PACIFICO,Albert D.por2001-06-05T00:00:00Zoai:scielo:S0102-76381997000200013Revistahttp://www.rbccv.org.br/https://old.scielo.br/oai/scielo-oai.php||rosangela.monteiro@incor.usp.br|| domingo@braile.com.br|| brandau@braile.com.br1678-97410102-7638opendoar:2001-06-05T00:00Brazilian Journal of Cardiovascular Surgery (Online) - Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular (SBCCV)false
dc.title.none.fl_str_mv Fluxo coronário desregulado durante reperfusão pós cardioplegia
title Fluxo coronário desregulado durante reperfusão pós cardioplegia
spellingShingle Fluxo coronário desregulado durante reperfusão pós cardioplegia
VICENTE,Walter V. A
Circulação coronária
Reperfusão miocárdica/suínos
Parada cardíaca induzida
Fibrilação ventricular
Miocárdio/metabolismo
title_short Fluxo coronário desregulado durante reperfusão pós cardioplegia
title_full Fluxo coronário desregulado durante reperfusão pós cardioplegia
title_fullStr Fluxo coronário desregulado durante reperfusão pós cardioplegia
title_full_unstemmed Fluxo coronário desregulado durante reperfusão pós cardioplegia
title_sort Fluxo coronário desregulado durante reperfusão pós cardioplegia
author VICENTE,Walter V. A
author_facet VICENTE,Walter V. A
HOLMAN,William L.
Ferguson,Edward R.
Spruell,Russell D.
Murrah,Charles P.
PACIFICO,Albert D.
author_role author
author2 HOLMAN,William L.
Ferguson,Edward R.
Spruell,Russell D.
Murrah,Charles P.
PACIFICO,Albert D.
author2_role author
author
author
author
author
dc.contributor.author.fl_str_mv VICENTE,Walter V. A
HOLMAN,William L.
Ferguson,Edward R.
Spruell,Russell D.
Murrah,Charles P.
PACIFICO,Albert D.
dc.subject.por.fl_str_mv Circulação coronária
Reperfusão miocárdica/suínos
Parada cardíaca induzida
Fibrilação ventricular
Miocárdio/metabolismo
topic Circulação coronária
Reperfusão miocárdica/suínos
Parada cardíaca induzida
Fibrilação ventricular
Miocárdio/metabolismo
description Estudaram-se a demanda metabólica e a distribuição do fluxo coronariano na presença de fibrilação ventricular (FV), durante a reperfusão pós-cardioplegia. Foram colocados 15 suínos em circulação extracorpórea e submetidos a parada cardíaca cardioplégica sangüínea anterógrada hipotérmica intermitente, durante uma hora, seguida por reperfusão miocárdica controlada. Os animais foram divididos em três grupos (n=5), conforme estivessem em assistolia (Grupo 1) ou em FV de curta (Grupo 2) ou longa duração (Grupo 3), durante os dez primeiros minutos de reperfusão. Os valores do consumo miocárdico de oxigênio (MVO2), em ml O2/min/g (média ± erro padrão) durante a reperfusão foram de 1,325 ± 0,144 (Grupo 1); 2,472 ± 0,208 (Grupo 2) e 2,469 ± 0,228 (Grupo 3). A diferença entre o MVO2 dos corações em assistolia e o dos corações em FV, quer de curta ou longa duração, foi significante (p<0,001). A relação entre os fluxos sangüíneos endo e epicárdico, bem como o fluxo sangüíneo coronário global (ml/mim/100g) foram semelhentes nos 3 grupos. Os valores dessa última variável, em ml/mim/100g, corresponderam a, respectivamente, 169,3 ± 11,7; 185,0 ± 15,7 e 179,9 ± 13,2. Os resultados demonstram que a auto-regulação coronária está alterada durante a fase inicial de reperfusão pós criocardioplegia, pois a perfusão miocárdica não aumentou em resposta à elevação do consumo de oxigênio imposta pela FV. Essa constatação, de grande interesse clínico, sugere que a ocorrência de FV durante a fase inicial da reperfusão possa contribuir para o desenvolvimento de lesões teciduais em corações cujo fluxo coronário já esteja previamente comprometido, por obstrução coronária, distensão ou hipertrofia ventricular.
publishDate 1997
dc.date.none.fl_str_mv 1997-04-01
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-76381997000200013
url http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-76381997000200013
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv 10.1590/S0102-76381997000200013
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv text/html
dc.publisher.none.fl_str_mv Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular
publisher.none.fl_str_mv Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular
dc.source.none.fl_str_mv Brazilian Journal of Cardiovascular Surgery v.12 n.2 1997
reponame:Brazilian Journal of Cardiovascular Surgery (Online)
instname:Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular (SBCCV)
instacron:SBCCV
instname_str Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular (SBCCV)
instacron_str SBCCV
institution SBCCV
reponame_str Brazilian Journal of Cardiovascular Surgery (Online)
collection Brazilian Journal of Cardiovascular Surgery (Online)
repository.name.fl_str_mv Brazilian Journal of Cardiovascular Surgery (Online) - Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular (SBCCV)
repository.mail.fl_str_mv ||rosangela.monteiro@incor.usp.br|| domingo@braile.com.br|| brandau@braile.com.br
_version_ 1752126593696792576