Fluxo coronário desregulado durante reperfusão pós cardioplegia
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 1997 |
Outros Autores: | , , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Brazilian Journal of Cardiovascular Surgery (Online) |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-76381997000200013 |
Resumo: | Estudaram-se a demanda metabólica e a distribuição do fluxo coronariano na presença de fibrilação ventricular (FV), durante a reperfusão pós-cardioplegia. Foram colocados 15 suínos em circulação extracorpórea e submetidos a parada cardíaca cardioplégica sangüínea anterógrada hipotérmica intermitente, durante uma hora, seguida por reperfusão miocárdica controlada. Os animais foram divididos em três grupos (n=5), conforme estivessem em assistolia (Grupo 1) ou em FV de curta (Grupo 2) ou longa duração (Grupo 3), durante os dez primeiros minutos de reperfusão. Os valores do consumo miocárdico de oxigênio (MVO2), em ml O2/min/g (média ± erro padrão) durante a reperfusão foram de 1,325 ± 0,144 (Grupo 1); 2,472 ± 0,208 (Grupo 2) e 2,469 ± 0,228 (Grupo 3). A diferença entre o MVO2 dos corações em assistolia e o dos corações em FV, quer de curta ou longa duração, foi significante (p<0,001). A relação entre os fluxos sangüíneos endo e epicárdico, bem como o fluxo sangüíneo coronário global (ml/mim/100g) foram semelhentes nos 3 grupos. Os valores dessa última variável, em ml/mim/100g, corresponderam a, respectivamente, 169,3 ± 11,7; 185,0 ± 15,7 e 179,9 ± 13,2. Os resultados demonstram que a auto-regulação coronária está alterada durante a fase inicial de reperfusão pós criocardioplegia, pois a perfusão miocárdica não aumentou em resposta à elevação do consumo de oxigênio imposta pela FV. Essa constatação, de grande interesse clínico, sugere que a ocorrência de FV durante a fase inicial da reperfusão possa contribuir para o desenvolvimento de lesões teciduais em corações cujo fluxo coronário já esteja previamente comprometido, por obstrução coronária, distensão ou hipertrofia ventricular. |
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Fluxo coronário desregulado durante reperfusão pós cardioplegiaCirculação coronáriaReperfusão miocárdica/suínosParada cardíaca induzidaFibrilação ventricularMiocárdio/metabolismoEstudaram-se a demanda metabólica e a distribuição do fluxo coronariano na presença de fibrilação ventricular (FV), durante a reperfusão pós-cardioplegia. Foram colocados 15 suínos em circulação extracorpórea e submetidos a parada cardíaca cardioplégica sangüínea anterógrada hipotérmica intermitente, durante uma hora, seguida por reperfusão miocárdica controlada. Os animais foram divididos em três grupos (n=5), conforme estivessem em assistolia (Grupo 1) ou em FV de curta (Grupo 2) ou longa duração (Grupo 3), durante os dez primeiros minutos de reperfusão. Os valores do consumo miocárdico de oxigênio (MVO2), em ml O2/min/g (média ± erro padrão) durante a reperfusão foram de 1,325 ± 0,144 (Grupo 1); 2,472 ± 0,208 (Grupo 2) e 2,469 ± 0,228 (Grupo 3). A diferença entre o MVO2 dos corações em assistolia e o dos corações em FV, quer de curta ou longa duração, foi significante (p<0,001). A relação entre os fluxos sangüíneos endo e epicárdico, bem como o fluxo sangüíneo coronário global (ml/mim/100g) foram semelhentes nos 3 grupos. Os valores dessa última variável, em ml/mim/100g, corresponderam a, respectivamente, 169,3 ± 11,7; 185,0 ± 15,7 e 179,9 ± 13,2. Os resultados demonstram que a auto-regulação coronária está alterada durante a fase inicial de reperfusão pós criocardioplegia, pois a perfusão miocárdica não aumentou em resposta à elevação do consumo de oxigênio imposta pela FV. Essa constatação, de grande interesse clínico, sugere que a ocorrência de FV durante a fase inicial da reperfusão possa contribuir para o desenvolvimento de lesões teciduais em corações cujo fluxo coronário já esteja previamente comprometido, por obstrução coronária, distensão ou hipertrofia ventricular.Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular1997-04-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersiontext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-76381997000200013Brazilian Journal of Cardiovascular Surgery v.12 n.2 1997reponame:Brazilian Journal of Cardiovascular Surgery (Online)instname:Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular (SBCCV)instacron:SBCCV10.1590/S0102-76381997000200013info:eu-repo/semantics/openAccessVICENTE,Walter V. AHOLMAN,William L.Ferguson,Edward R.Spruell,Russell D.Murrah,Charles P.PACIFICO,Albert D.por2001-06-05T00:00:00Zoai:scielo:S0102-76381997000200013Revistahttp://www.rbccv.org.br/https://old.scielo.br/oai/scielo-oai.php||rosangela.monteiro@incor.usp.br|| domingo@braile.com.br|| brandau@braile.com.br1678-97410102-7638opendoar:2001-06-05T00:00Brazilian Journal of Cardiovascular Surgery (Online) - Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular (SBCCV)false |
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Estudaram-se a demanda metabólica e a distribuição do fluxo coronariano na presença de fibrilação ventricular (FV), durante a reperfusão pós-cardioplegia. Foram colocados 15 suínos em circulação extracorpórea e submetidos a parada cardíaca cardioplégica sangüínea anterógrada hipotérmica intermitente, durante uma hora, seguida por reperfusão miocárdica controlada. Os animais foram divididos em três grupos (n=5), conforme estivessem em assistolia (Grupo 1) ou em FV de curta (Grupo 2) ou longa duração (Grupo 3), durante os dez primeiros minutos de reperfusão. Os valores do consumo miocárdico de oxigênio (MVO2), em ml O2/min/g (média ± erro padrão) durante a reperfusão foram de 1,325 ± 0,144 (Grupo 1); 2,472 ± 0,208 (Grupo 2) e 2,469 ± 0,228 (Grupo 3). A diferença entre o MVO2 dos corações em assistolia e o dos corações em FV, quer de curta ou longa duração, foi significante (p<0,001). A relação entre os fluxos sangüíneos endo e epicárdico, bem como o fluxo sangüíneo coronário global (ml/mim/100g) foram semelhentes nos 3 grupos. Os valores dessa última variável, em ml/mim/100g, corresponderam a, respectivamente, 169,3 ± 11,7; 185,0 ± 15,7 e 179,9 ± 13,2. Os resultados demonstram que a auto-regulação coronária está alterada durante a fase inicial de reperfusão pós criocardioplegia, pois a perfusão miocárdica não aumentou em resposta à elevação do consumo de oxigênio imposta pela FV. Essa constatação, de grande interesse clínico, sugere que a ocorrência de FV durante a fase inicial da reperfusão possa contribuir para o desenvolvimento de lesões teciduais em corações cujo fluxo coronário já esteja previamente comprometido, por obstrução coronária, distensão ou hipertrofia ventricular. |
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