Experiência brasileira com uso de marcapasso cardíaco artificial: resultados atuais obtidos pelo Registro Brasileiro de Marcapassos - RBM
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Data de Publicação: | 1995 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Brazilian Journal of Cardiovascular Surgery (Online) |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-76381995000200004 |
Resumo: | FUNDAMENTOS: Registro Brasileiro de Marcapassos (RBM) é uma base nacional de dados que tem por finalidade coletar e divulgar informações concernentes aos procedimentos cirúrgicos realizados em pacientes com estimulação cardíaca artificial permanente em todo o Brasil. OBJETIVO: Apresentar os resultados obtidos no período de junho a dezembro de 1994. CASUÍSTICA: No período de 1/6/94 a 31/12/94 foram recebidos 4696 formulários enviados por 130 hospitais e 287 médicos. Os procedimentos referiam-se a 3403 (72,5%) implantes iniciais a 1053 (22,4%) reoperações e 240 (5,1%) formulários exibiam este campo de cadastramento como dado não disponível. RESULTADOS: Dos 3403 pacientes submetidos a implante inicial, 52,8% eram do sexo masculino e 73,7% eram da raça branca. Sintomas de hipofluxo cerebral justificaram o implante em 76,4% dos pacientes e a insuficiência cardíaca congestiva esteve presente em 85,0% dos casos, sendo que em 266 (7,9%) pacientes foi a causa principal para a operação. Os achados eletrocardiográficos predominantes foram: bloqueio atrioventricular total (57,7%); disfunção do nó sinusal (13,9%), bloqueio AV do 2º grau (13,8%); e flütter ou fibrilação atrial com baixa resposta ventricular (6,6%). A doença de Chagas foi a etiologia predominante (30,4%). Implante de marcapasso ventricular foi realizado em 83,6% dos pacientes e atrioventricular em 16,1%. Dos 1053 casos de reoperações informados, 50,4% ocorreram por problemas no gerador de pulsos. O tempo transcorrido entre o implante inicial e a cirurgia atual variou de 1 mês a 24 anos, com média de 7,1 anos. A susbstituição do gerador de pulsos foi informada em 917 pacientes (87,0% dos casos de reoperação); sendo a principal causa de troca o esgotamento por fim de vida em 65,7%. A substituição de eletrodo atrial foi relatada em 21 pacientes e de eletrodo ventricular em 203 pacientes. CONCLUSÕES: A participação ativa de todos os membros do Departamento de Estimulação Cardíaca Artificial (DECA), com o apoio das empresas fornecedoras de marcapasso, e o respaldo do Ministério da Saúde permitiram que a implantação do RBM ocorresse da forma mais tranqüila possível. Hoje se dispõe de uma estatística nacional, volumosa e confiável, sobre a cirurgia de marcapasso no Brasil. As dificuldades enfrentadas estão relacionadas, principalmente, à estrutura individual de coleta de dados e a graus variados de familiaridade com o formulário, dificuldades estas que, com o tempo, tenderão a desaparecer. |
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