Técnica de implante subpeitoral para tratamento de infecção de loja de marcapasso: estudo inicial

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: VALENTE,Acrisio Sales
Data de Publicação: 2001
Outros Autores: POCHINI,Marcelo de Castro, PINTO,Ana Maria Rocha, CAMPAGNUCCI,Valquíria P., MARINELLI,Itagiba, GANDRA,Sylvio Matheus de Aquino, RIVETTI,Luiz Antônio
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Brazilian Journal of Cardiovascular Surgery (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-76382001000100007
Resumo: Introdução/Objetivo: O implante de marcapasso cardíaco definitivo é um procedimento caracterizado por um baixo índice de complicações. No entanto, a infecção, principalmente a de loja de fonte geradora, caracteriza-se como uma das complicações mais comuns, com incidências variando entre 1-5% na maioria dos centros. Diversas abordagens terapêuticas para o tratamento desta afecção vêm sendo descritas com resultados controversos. Observa-se, entretanto, uma tendência a melhores resultados, com menores índices de falência de tratamento ou reinfecção, nas abordagens mais agressivas, estas sempre relacionadas à alta morbidade e a altos custos finais. Com base nos princípios já bem descritos do poder bactericida dos flaps musculocutâneos associados à antibioticoterapia na esterilização de áreas pouco vascularizadas infectadas, foi desenvolvida e avaliada neste estudo inicial a técnica de implante subpeitoral para o tratamento dos casos de infecção restrita de loja de fonte geradora, objetivando-se menores morbidades e custos com, bons resultados. Casuística e Método: Foi considerado no presente estudo o período de janeiro de 1996 a março de 2000 onde foram realizados 574 procedimentos, entre implantes e trocas de fontes geradoras, na Santa Casa de São Paulo, com um índice de infecção de 1,11% (6 casos) e 2 casos de extrusão de fonte geradora sem infecção aparente. Quatro casos tratavam-se de infecção exclusiva de loja de fonte e em 2 casos houve comprometimento sistêmico com sepse. Os germes infectantes foram S.aureus, S.epidermidis e Pseudomonas. Foi utilizada como abordagem terapêutica para todos os casos sem comprometimento sistêmico a técnica de implante subpeitoral da mesma fonte geradora associada à antibioticoterapia específica. Resultados: Não houve óbitos, casos de reinfecção ou falência de tratamento nos pacientes submetidos à técnica. O tempo médio de internação foi 7,3 dias. O tempo médio de antibioticoterapia foi de 7 dias. Não houve distúrbios do marcapasso que exigissem reabordagem. O seguimento é de 5 meses a 4 anos. Conclusão: A técnica avaliada mostra-se, a princípio, como uma alternativa viável no tratamento da infecção de loja de marcapasso, com baixa morbidade e grande eficácia.
id SBCCV-1_e9a6dec6fe6fac443110c2eb3a21ad26
oai_identifier_str oai:scielo:S0102-76382001000100007
network_acronym_str SBCCV-1
network_name_str Brazilian Journal of Cardiovascular Surgery (Online)
repository_id_str
spelling Técnica de implante subpeitoral para tratamento de infecção de loja de marcapasso: estudo inicialEstimulação cardíaca artificialMarcapassos cardíacos/implanteMarcapassos cardíacos/efeitos adversosMarcapasso artificial/efeitos adversosInfecções bacterianas/terapiaIntrodução/Objetivo: O implante de marcapasso cardíaco definitivo é um procedimento caracterizado por um baixo índice de complicações. No entanto, a infecção, principalmente a de loja de fonte geradora, caracteriza-se como uma das complicações mais comuns, com incidências variando entre 1-5% na maioria dos centros. Diversas abordagens terapêuticas para o tratamento desta afecção vêm sendo descritas com resultados controversos. Observa-se, entretanto, uma tendência a melhores resultados, com menores índices de falência de tratamento ou reinfecção, nas abordagens mais agressivas, estas sempre relacionadas à alta morbidade e a altos custos finais. Com base nos princípios já bem descritos do poder bactericida dos flaps musculocutâneos associados à antibioticoterapia na esterilização de áreas pouco vascularizadas infectadas, foi desenvolvida e avaliada neste estudo inicial a técnica de implante subpeitoral para o tratamento dos casos de infecção restrita de loja de fonte geradora, objetivando-se menores morbidades e custos com, bons resultados. Casuística e Método: Foi considerado no presente estudo o período de janeiro de 1996 a março de 2000 onde foram realizados 574 procedimentos, entre implantes e trocas de fontes geradoras, na Santa Casa de São Paulo, com um índice de infecção de 1,11% (6 casos) e 2 casos de extrusão de fonte geradora sem infecção aparente. Quatro casos tratavam-se de infecção exclusiva de loja de fonte e em 2 casos houve comprometimento sistêmico com sepse. Os germes infectantes foram S.aureus, S.epidermidis e Pseudomonas. Foi utilizada como abordagem terapêutica para todos os casos sem comprometimento sistêmico a técnica de implante subpeitoral da mesma fonte geradora associada à antibioticoterapia específica. Resultados: Não houve óbitos, casos de reinfecção ou falência de tratamento nos pacientes submetidos à técnica. O tempo médio de internação foi 7,3 dias. O tempo médio de antibioticoterapia foi de 7 dias. Não houve distúrbios do marcapasso que exigissem reabordagem. O seguimento é de 5 meses a 4 anos. Conclusão: A técnica avaliada mostra-se, a princípio, como uma alternativa viável no tratamento da infecção de loja de marcapasso, com baixa morbidade e grande eficácia.Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular2001-03-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersiontext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-76382001000100007Brazilian Journal of Cardiovascular Surgery v.16 n.1 2001reponame:Brazilian Journal of Cardiovascular Surgery (Online)instname:Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular (SBCCV)instacron:SBCCV10.1590/S0102-76382001000100007info:eu-repo/semantics/openAccessVALENTE,Acrisio SalesPOCHINI,Marcelo de CastroPINTO,Ana Maria RochaCAMPAGNUCCI,Valquíria P.MARINELLI,ItagibaGANDRA,Sylvio Matheus de AquinoRIVETTI,Luiz Antôniopor2001-08-02T00:00:00Zoai:scielo:S0102-76382001000100007Revistahttp://www.rbccv.org.br/https://old.scielo.br/oai/scielo-oai.php||rosangela.monteiro@incor.usp.br|| domingo@braile.com.br|| brandau@braile.com.br1678-97410102-7638opendoar:2001-08-02T00:00Brazilian Journal of Cardiovascular Surgery (Online) - Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular (SBCCV)false
dc.title.none.fl_str_mv Técnica de implante subpeitoral para tratamento de infecção de loja de marcapasso: estudo inicial
title Técnica de implante subpeitoral para tratamento de infecção de loja de marcapasso: estudo inicial
spellingShingle Técnica de implante subpeitoral para tratamento de infecção de loja de marcapasso: estudo inicial
VALENTE,Acrisio Sales
Estimulação cardíaca artificial
Marcapassos cardíacos/implante
Marcapassos cardíacos/efeitos adversos
Marcapasso artificial/efeitos adversos
Infecções bacterianas/terapia
title_short Técnica de implante subpeitoral para tratamento de infecção de loja de marcapasso: estudo inicial
title_full Técnica de implante subpeitoral para tratamento de infecção de loja de marcapasso: estudo inicial
title_fullStr Técnica de implante subpeitoral para tratamento de infecção de loja de marcapasso: estudo inicial
title_full_unstemmed Técnica de implante subpeitoral para tratamento de infecção de loja de marcapasso: estudo inicial
title_sort Técnica de implante subpeitoral para tratamento de infecção de loja de marcapasso: estudo inicial
author VALENTE,Acrisio Sales
author_facet VALENTE,Acrisio Sales
POCHINI,Marcelo de Castro
PINTO,Ana Maria Rocha
CAMPAGNUCCI,Valquíria P.
MARINELLI,Itagiba
GANDRA,Sylvio Matheus de Aquino
RIVETTI,Luiz Antônio
author_role author
author2 POCHINI,Marcelo de Castro
PINTO,Ana Maria Rocha
CAMPAGNUCCI,Valquíria P.
MARINELLI,Itagiba
GANDRA,Sylvio Matheus de Aquino
RIVETTI,Luiz Antônio
author2_role author
author
author
author
author
author
dc.contributor.author.fl_str_mv VALENTE,Acrisio Sales
POCHINI,Marcelo de Castro
PINTO,Ana Maria Rocha
CAMPAGNUCCI,Valquíria P.
MARINELLI,Itagiba
GANDRA,Sylvio Matheus de Aquino
RIVETTI,Luiz Antônio
dc.subject.por.fl_str_mv Estimulação cardíaca artificial
Marcapassos cardíacos/implante
Marcapassos cardíacos/efeitos adversos
Marcapasso artificial/efeitos adversos
Infecções bacterianas/terapia
topic Estimulação cardíaca artificial
Marcapassos cardíacos/implante
Marcapassos cardíacos/efeitos adversos
Marcapasso artificial/efeitos adversos
Infecções bacterianas/terapia
description Introdução/Objetivo: O implante de marcapasso cardíaco definitivo é um procedimento caracterizado por um baixo índice de complicações. No entanto, a infecção, principalmente a de loja de fonte geradora, caracteriza-se como uma das complicações mais comuns, com incidências variando entre 1-5% na maioria dos centros. Diversas abordagens terapêuticas para o tratamento desta afecção vêm sendo descritas com resultados controversos. Observa-se, entretanto, uma tendência a melhores resultados, com menores índices de falência de tratamento ou reinfecção, nas abordagens mais agressivas, estas sempre relacionadas à alta morbidade e a altos custos finais. Com base nos princípios já bem descritos do poder bactericida dos flaps musculocutâneos associados à antibioticoterapia na esterilização de áreas pouco vascularizadas infectadas, foi desenvolvida e avaliada neste estudo inicial a técnica de implante subpeitoral para o tratamento dos casos de infecção restrita de loja de fonte geradora, objetivando-se menores morbidades e custos com, bons resultados. Casuística e Método: Foi considerado no presente estudo o período de janeiro de 1996 a março de 2000 onde foram realizados 574 procedimentos, entre implantes e trocas de fontes geradoras, na Santa Casa de São Paulo, com um índice de infecção de 1,11% (6 casos) e 2 casos de extrusão de fonte geradora sem infecção aparente. Quatro casos tratavam-se de infecção exclusiva de loja de fonte e em 2 casos houve comprometimento sistêmico com sepse. Os germes infectantes foram S.aureus, S.epidermidis e Pseudomonas. Foi utilizada como abordagem terapêutica para todos os casos sem comprometimento sistêmico a técnica de implante subpeitoral da mesma fonte geradora associada à antibioticoterapia específica. Resultados: Não houve óbitos, casos de reinfecção ou falência de tratamento nos pacientes submetidos à técnica. O tempo médio de internação foi 7,3 dias. O tempo médio de antibioticoterapia foi de 7 dias. Não houve distúrbios do marcapasso que exigissem reabordagem. O seguimento é de 5 meses a 4 anos. Conclusão: A técnica avaliada mostra-se, a princípio, como uma alternativa viável no tratamento da infecção de loja de marcapasso, com baixa morbidade e grande eficácia.
publishDate 2001
dc.date.none.fl_str_mv 2001-03-01
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-76382001000100007
url http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-76382001000100007
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv 10.1590/S0102-76382001000100007
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv text/html
dc.publisher.none.fl_str_mv Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular
publisher.none.fl_str_mv Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular
dc.source.none.fl_str_mv Brazilian Journal of Cardiovascular Surgery v.16 n.1 2001
reponame:Brazilian Journal of Cardiovascular Surgery (Online)
instname:Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular (SBCCV)
instacron:SBCCV
instname_str Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular (SBCCV)
instacron_str SBCCV
institution SBCCV
reponame_str Brazilian Journal of Cardiovascular Surgery (Online)
collection Brazilian Journal of Cardiovascular Surgery (Online)
repository.name.fl_str_mv Brazilian Journal of Cardiovascular Surgery (Online) - Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular (SBCCV)
repository.mail.fl_str_mv ||rosangela.monteiro@incor.usp.br|| domingo@braile.com.br|| brandau@braile.com.br
_version_ 1752126594572353536