Reoperações após cirurgia de Bentall-De Bono para ectasia anulo-aórtica
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 1988 |
Outros Autores: | , , , , , , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Brazilian Journal of Cardiovascular Surgery (Online) |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-76381988000200003 |
Resumo: | Complicações tardias após substituição da aorta ascendente e valva aórtica pela técnica de enxerto valvulado de Bentall-De Bono podem constituir sério problema cirúrgico. Condutas nestas situações não estão padronizadas. Entre 37 pacientes operados, no período de janeiro de 1976 e dezembro de 1986, ocorreram complicações tardias necessitando tratamento cirúrgico em 5 (13,5%) casos. Alguns deles apresentaram mais de uma alteração. Estas foram: rotura de válvula biológica (dura-máter), pertuito peritubular na anastomose proximal, pseudo aneurisma em sutura do óstio coronariano esquerdo, deiscência da sutura proximal do tubo, hemólise e endocardite infecciosa localizada no enxerto de Dacron. Um paciente apresentou embolização sistêmica por vegetação. O tratamento cirúrgico consistiu na substituição do enxerto, preservándol e a prótese, nos 2 casos de endocardite infecciosa. As duas biopróteses de dura-máter rotas foram substituídas por próteses metálicas de disco, preservando-se o tubo implantado e abordando-se a prótese através de incisão longitudinal no mesmo. As situações de deiscência de sutura e pseudo-aneurisma foram corrigidas mediante sutura direta dos pertuitos localizados. Ocorreu 1 óbito (20%) no pós-operatório imediato à reoperação, em paciente com endocardite infecciosa por fungo (Aspergillus), decorrente de sangramento incontrolável. Os demais 4 pacientes receberam alta hospitalar, após recuperação sem intercorrências, no 9º dia de pós-operatório, em 3 casos, e no 22º, no caso de endocardite. Como complicação tardia, tivemos 1 caso de persistência do pertuito peritubular em comunicação com o óstio coronariano esquerdo, causando insuficiência aórtica (IAo) e hemólise leve residuais. Houve 1 óbito tardio, por hemorragia, durante procedimento cirúrgico não cardíaco. Complicações relacionadas a infecção, deiscência de suturas, ou degeneração de bioprótese ocorrem com certa freqüência na evolução a longo prazo deste tipo de correção cirúrgica. O tratamento pode ser realizado com risco aceitável e visar apenas à intervenção sobre o defeito apresentado, conservando-se as demais estruturas. É recomendável a utilização de prótese metálica, como primeira opção, para evitar os problemas degenerativos dos materiais biológicos. |
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Reoperações após cirurgia de Bentall-De Bono para ectasia anulo-aórticaBentall-De Bono, operação de/reoperaçãoComplicações tardias após substituição da aorta ascendente e valva aórtica pela técnica de enxerto valvulado de Bentall-De Bono podem constituir sério problema cirúrgico. Condutas nestas situações não estão padronizadas. Entre 37 pacientes operados, no período de janeiro de 1976 e dezembro de 1986, ocorreram complicações tardias necessitando tratamento cirúrgico em 5 (13,5%) casos. Alguns deles apresentaram mais de uma alteração. Estas foram: rotura de válvula biológica (dura-máter), pertuito peritubular na anastomose proximal, pseudo aneurisma em sutura do óstio coronariano esquerdo, deiscência da sutura proximal do tubo, hemólise e endocardite infecciosa localizada no enxerto de Dacron. Um paciente apresentou embolização sistêmica por vegetação. O tratamento cirúrgico consistiu na substituição do enxerto, preservándol e a prótese, nos 2 casos de endocardite infecciosa. As duas biopróteses de dura-máter rotas foram substituídas por próteses metálicas de disco, preservando-se o tubo implantado e abordando-se a prótese através de incisão longitudinal no mesmo. As situações de deiscência de sutura e pseudo-aneurisma foram corrigidas mediante sutura direta dos pertuitos localizados. Ocorreu 1 óbito (20%) no pós-operatório imediato à reoperação, em paciente com endocardite infecciosa por fungo (Aspergillus), decorrente de sangramento incontrolável. Os demais 4 pacientes receberam alta hospitalar, após recuperação sem intercorrências, no 9º dia de pós-operatório, em 3 casos, e no 22º, no caso de endocardite. Como complicação tardia, tivemos 1 caso de persistência do pertuito peritubular em comunicação com o óstio coronariano esquerdo, causando insuficiência aórtica (IAo) e hemólise leve residuais. Houve 1 óbito tardio, por hemorragia, durante procedimento cirúrgico não cardíaco. Complicações relacionadas a infecção, deiscência de suturas, ou degeneração de bioprótese ocorrem com certa freqüência na evolução a longo prazo deste tipo de correção cirúrgica. O tratamento pode ser realizado com risco aceitável e visar apenas à intervenção sobre o defeito apresentado, conservando-se as demais estruturas. É recomendável a utilização de prótese metálica, como primeira opção, para evitar os problemas degenerativos dos materiais biológicos.Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular1988-08-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersiontext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-76381988000200003Brazilian Journal of Cardiovascular Surgery v.3 n.2 1988reponame:Brazilian Journal of Cardiovascular Surgery (Online)instname:Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular (SBCCV)instacron:SBCCVinfo:eu-repo/semantics/openAccessKalil,Renato A. KGarcia-Macedo,RicardoPrates,Paulo RobertoLucchese,Fernando ASant'Anna,João RicardoLara,Raul F. ACosta,Altamiro RDaudt,Nestor SPereira,Edemar MNesralla,Ivo Apor2011-02-17T00:00:00Zoai:scielo:S0102-76381988000200003Revistahttp://www.rbccv.org.br/https://old.scielo.br/oai/scielo-oai.php||rosangela.monteiro@incor.usp.br|| domingo@braile.com.br|| brandau@braile.com.br1678-97410102-7638opendoar:2011-02-17T00:00Brazilian Journal of Cardiovascular Surgery (Online) - Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular (SBCCV)false |
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