Extração de eletrodo de marcapasso endocárdico permanente pela aplicação de radiofreqüência
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 1998 |
Outros Autores: | , , , , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Brazilian Journal of Cardiovascular Surgery (Online) |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-76381998000200012 |
Resumo: | Introdução: Uma nova opção terapêutica para a remoção de cabos-eletrodo endocárdicos permanentes desativados é apresentada, utilizando a radiofreqüência para facilitar a liberação do eletrodo a partir do endocárdio, permitindo a extração transvenosa do sistema. Os resultados obtidos nos 4 primeiros pacientes tratados são apresentados. Casuística: Quatro pacientes portadores de processos infecciosos em eletrodos transvenosos abandonados foram submetidos a procedimento para remoção do cateter. Todos os pacientes eram portadores de eletrodos de fixação passiva por aletas implantados no ventrículo direito de 8,5 a 18,8 anos (M = 12,9 ± 5,6) antes. Em todos os casos a técnica da tração contínua havia sido utilizada exaustivamente, não se conseguindo a remoção. Métodos: Utilizou-se gerador de radiofreqüência Radionics RFG3D com anodo de 85 cm2 justaposto ao dorso do paciente e usou-se como catodo o próprio eletrodo a ser removido. Concomitante à tração contínua do cabo-eletrodo a aplicação de radiofreqüência era iniciada. Para cada paciente foram realizadas até três aplicações de 50 W com um tempo máximo de aplicação de 60 segundos em cada aplicação. O tempo e a potência foram determinados empiricamente pela equipe médica, considerando-se insucesso a não liberação do eletrodo a partir do miocárdio após a aplicação do montante de energia acima descrito. Resultados: O cabo-eletrodo foi removido completamente em 2 pacientes. Em 1, a radiofreqüência dissolveu a solda do condutor à ponta do eletrodo, que ficou presa ao miocárdio e no último paciente não houve liberação do cabo após o uso da máxima energia preestabelecida. Não houve complicações ou óbitos. Conclusões: A radiofreqüência pode ser usada como opção terapêutica para a liberação transvenosa de eletrodos abandonados. Maior experiência deve ser obtida para determinar a energia que deve ser utilizada para maximizar os resultados. |
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Extração de eletrodo de marcapasso endocárdico permanente pela aplicação de radiofreqüênciaMarcapasso artificial/efeitos adversosEletrodos implantados/efeitos adversosInfecções relacionadas a prótese/terapiaOndas de rádio/uso terapêuticoIntrodução: Uma nova opção terapêutica para a remoção de cabos-eletrodo endocárdicos permanentes desativados é apresentada, utilizando a radiofreqüência para facilitar a liberação do eletrodo a partir do endocárdio, permitindo a extração transvenosa do sistema. Os resultados obtidos nos 4 primeiros pacientes tratados são apresentados. Casuística: Quatro pacientes portadores de processos infecciosos em eletrodos transvenosos abandonados foram submetidos a procedimento para remoção do cateter. Todos os pacientes eram portadores de eletrodos de fixação passiva por aletas implantados no ventrículo direito de 8,5 a 18,8 anos (M = 12,9 ± 5,6) antes. Em todos os casos a técnica da tração contínua havia sido utilizada exaustivamente, não se conseguindo a remoção. Métodos: Utilizou-se gerador de radiofreqüência Radionics RFG3D com anodo de 85 cm2 justaposto ao dorso do paciente e usou-se como catodo o próprio eletrodo a ser removido. Concomitante à tração contínua do cabo-eletrodo a aplicação de radiofreqüência era iniciada. Para cada paciente foram realizadas até três aplicações de 50 W com um tempo máximo de aplicação de 60 segundos em cada aplicação. O tempo e a potência foram determinados empiricamente pela equipe médica, considerando-se insucesso a não liberação do eletrodo a partir do miocárdio após a aplicação do montante de energia acima descrito. Resultados: O cabo-eletrodo foi removido completamente em 2 pacientes. Em 1, a radiofreqüência dissolveu a solda do condutor à ponta do eletrodo, que ficou presa ao miocárdio e no último paciente não houve liberação do cabo após o uso da máxima energia preestabelecida. Não houve complicações ou óbitos. Conclusões: A radiofreqüência pode ser usada como opção terapêutica para a liberação transvenosa de eletrodos abandonados. Maior experiência deve ser obtida para determinar a energia que deve ser utilizada para maximizar os resultados.Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular1998-04-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersiontext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-76381998000200012Brazilian Journal of Cardiovascular Surgery v.13 n.2 1998reponame:Brazilian Journal of Cardiovascular Surgery (Online)instname:Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular (SBCCV)instacron:SBCCV10.1590/S0102-76381998000200012info:eu-repo/semantics/openAccessCOSTA,RobertoPICIONE,João L.SOSA,Eduardo A.SCANAVACCA,Maurício I.COSTA,Sergio S. C.Martinelli Filho,MartinoStolf,Noedir A. G.JATENE,Adib D.por1999-06-10T00:00:00Zoai:scielo:S0102-76381998000200012Revistahttp://www.rbccv.org.br/https://old.scielo.br/oai/scielo-oai.php||rosangela.monteiro@incor.usp.br|| domingo@braile.com.br|| brandau@braile.com.br1678-97410102-7638opendoar:1999-06-10T00:00Brazilian Journal of Cardiovascular Surgery (Online) - Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular (SBCCV)false |
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