Resultados a médio prazo do tratamento cirúrgico da dissecção aguda de aorta tipo A com o emprego da prótese intraluminal

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: OLIVEIRA,Jefferson Francisco de
Data de Publicação: 2001
Outros Autores: REIS FILHO,Fernando Antônio Roquette, LIMA,Luiz Cláudio Moreira, MONTEIRO,Ernesto Lentz da Silveira, MARTINS,Sandro Adauto, FARIA,Pedro Evandro Alvim de, PENA,Geraldo Rezende, BARROS NETO,Wanderbilt Duarte de, GUIMARÃES,Rodrigo Gil, MATAR,Luciano, PIRES,Charles Silva, BERNARDES,Rodrigo de Castro
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Brazilian Journal of Cardiovascular Surgery (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-76382001000200007
Resumo: Introdução: O conceito de prótese intraluminal foi introduzido por CARREL, em 1912. Em 1978, DUREAU & ABLASA descreveram os primeiros casos de dissecção aguda de aorta tratados com o emprego da prótese intraluminal. Esta prótese foi utilizada nos anos 80 por vários grupos com bons resultados. Vários relatos de complicações (migração, embolias, estenoses, formação de pseudo-aneurismas) fizeram com que os grupos cirúrgicos perdessem o entusiasmo por esta técnica. Objetivo: Avaliar a anastomose empregando a prótese intraluminal sem sutura no tratamento da dissecção aguda de aorta tipo A. Casuística e Métodos: Sessenta e quatro pacientes com diagnóstico de dissecção aguda de aorta do tipo A foram operados em nosso Serviço. Em todos os casos empregamos o anel intraluminal como técnica de sutura. A idade média dos pacientes era de 56,3 anos, sendo 57 (89%) do sexo masculino. Todos os pacientes eram portadores de hipertensão arterial sistêmica. Em 26 pacientes utilizamos somente a anastomose intraluminal, com o anel proximal acima dos óstios coronários de modo a ressuspender a valva aórtica e o anel distal posicionado junto à origem do tronco braquiocefálico. O tempo médio de pinçamento da aorta nestes pacientes foi de 9 minutos e o tempo médio de CEC de 26 minutos. Somente em 1 caso houve rotura da ligadura sobre o anel proximal, quando realizamos uma operação radical (Bentall- DeBonno), mantendo o anel distal. Em 23 pacientes utilizamos a ressuspensão da valva aórtica e o preparo da raiz da aorta com duplo retalho de Dacron, empregando o anel intraluminal na anastomose distal. Abordamos o arco aórtico em 8 pacientes. A troca da valva aórtica foi necessária em apenas 6 pacientes. A mortalidade global foi de 10,3%, sendo que nos pacientes onde foi possível o tratamento com o duplo anel não houve nenhum óbito. Na avaliação pós-operatória destes pacientes foi realizado ecocardiograma e aortografia. Não observamos formação de pseudo-aneurisma, migração e o gradiente máximo encontrado foi de 16 mmHg. Conclusão: O emprego da prótese intraluminal para o tratamento da dissecção aguda de aorta do tipo A nos proporciona uma anastomose rápida, segura e hem2ostática. Na avaliação pós-operatória e a médio prazo não observamos qualquer complicação relacionada ao emprego desta técnica.
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