Comparação entre o pericárdio bovino decelularizado e o pericárdio bovino convencional utilizado na confecção de biopróteses valvares cardíacas
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Data de Publicação: | 2005 |
Outros Autores: | , , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Brazilian Journal of Cardiovascular Surgery (Online) |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-76382005000100007 |
Resumo: | OBJETIVO: Neste estudo, tivemos como objetivo comparar a resistência mecânica do pericárdio decelularizado com o pericárdio convencional, assim como avaliar sua capacidade de induzir resposta inflamatória em modelo experimental com ratos. MÉTODO: Dividimos os pericárdios em: Grupo I - pericárdio submetido a tratamento convencional com glutaraldeído e Grupo II - pericárdio submetido a tratamento de decelularização, previamente ao tratamento convencional. Após o processamento químico, as amostras do Grupo II foram histologicamente avaliadas para confirmar a eficácia da decelularização. A seguir, apenas para análise da resistência mecânica por testes de tração e de desnaturação térmica, os pericárdios foram divididos em: grupo 1 (pericárdio convencional com critérios de aprovação), grupo 2 (pericárdio convencional com critérios de reprovação) e grupo 3 (pericárdio decelularizado). A capacidade de induzir resposta inflamatória foi avaliada em estudo experimental em 50 ratos Wistar, os quais foram submetidos a implante subcutâneo de fragmentos dos pericárdios. Nossa terceira etapa de avaliação consistiu em confeccionar três biopróteses com o pericárdio decelularizado e que foram submetidas à avaliação hidrodinâmica, juntamente com uma bioprótese convencional de teste. RESULTADOS: A análise histológica inicial demonstrou decelularização completa. A resistência mecânica mostrou diferença significativa com relação às variáveis "tensão de ruptura" e "índice de tenacidade". Não encontramos diferença quanto à atividade inflamatória em modelo experimental com ratos. O desempenho hidrodinâmico foi semelhante e todas biopróteses atingiram a marca de 150 milhões de ciclos. A avaliação histológica ao fim da ciclagem mostrou padrão microscópico habitual, não havendo ruptura ou fragmentação anormal induzida por estresse mecânico. CONCLUSÃO: A decelularização mantém a resistência física do pericárdio, além de não induzir resposta inflamatória diferente daquela habitualmente encontrada no pericárdio convencional. |
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Comparação entre o pericárdio bovino decelularizado e o pericárdio bovino convencional utilizado na confecção de biopróteses valvares cardíacasPrótese das valvas cardíacasBioprótesePericárdioEstudo comparativoOBJETIVO: Neste estudo, tivemos como objetivo comparar a resistência mecânica do pericárdio decelularizado com o pericárdio convencional, assim como avaliar sua capacidade de induzir resposta inflamatória em modelo experimental com ratos. MÉTODO: Dividimos os pericárdios em: Grupo I - pericárdio submetido a tratamento convencional com glutaraldeído e Grupo II - pericárdio submetido a tratamento de decelularização, previamente ao tratamento convencional. Após o processamento químico, as amostras do Grupo II foram histologicamente avaliadas para confirmar a eficácia da decelularização. A seguir, apenas para análise da resistência mecânica por testes de tração e de desnaturação térmica, os pericárdios foram divididos em: grupo 1 (pericárdio convencional com critérios de aprovação), grupo 2 (pericárdio convencional com critérios de reprovação) e grupo 3 (pericárdio decelularizado). A capacidade de induzir resposta inflamatória foi avaliada em estudo experimental em 50 ratos Wistar, os quais foram submetidos a implante subcutâneo de fragmentos dos pericárdios. Nossa terceira etapa de avaliação consistiu em confeccionar três biopróteses com o pericárdio decelularizado e que foram submetidas à avaliação hidrodinâmica, juntamente com uma bioprótese convencional de teste. RESULTADOS: A análise histológica inicial demonstrou decelularização completa. A resistência mecânica mostrou diferença significativa com relação às variáveis "tensão de ruptura" e "índice de tenacidade". Não encontramos diferença quanto à atividade inflamatória em modelo experimental com ratos. O desempenho hidrodinâmico foi semelhante e todas biopróteses atingiram a marca de 150 milhões de ciclos. A avaliação histológica ao fim da ciclagem mostrou padrão microscópico habitual, não havendo ruptura ou fragmentação anormal induzida por estresse mecânico. CONCLUSÃO: A decelularização mantém a resistência física do pericárdio, além de não induzir resposta inflamatória diferente daquela habitualmente encontrada no pericárdio convencional.Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular2005-03-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersiontext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-76382005000100007Brazilian Journal of Cardiovascular Surgery v.20 n.1 2005reponame:Brazilian Journal of Cardiovascular Surgery (Online)instname:Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular (SBCCV)instacron:SBCCV10.1590/S0102-76382005000100007info:eu-repo/semantics/openAccessCosta,Jean Newton LimaPomerantzeff,Pablo Maria AlbertoBraile,Domingo MarcolinoRamirez,Vladimir AparecidoGoissis,GilbertoStolf,Noedir Antônio Groppopor2007-09-11T00:00:00Zoai:scielo:S0102-76382005000100007Revistahttp://www.rbccv.org.br/https://old.scielo.br/oai/scielo-oai.php||rosangela.monteiro@incor.usp.br|| domingo@braile.com.br|| brandau@braile.com.br1678-97410102-7638opendoar:2007-09-11T00:00Brazilian Journal of Cardiovascular Surgery (Online) - Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular (SBCCV)false |
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