Utilização de valvas homólogas e heterólogas em condutos extracardíacos

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Almeida,Rui Siqueira de
Data de Publicação: 1988
Outros Autores: Wyse,Richard, Leval,Marc De, Stark,Jaroslav
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Brazilian Journal of Cardiovascular Surgery (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-76381988000200004
Resumo: O conceito do uso de um conduto extracardíaco para estabelecer uma via de saída, conectando o ventrículo direito com o tronco pulmonar, ou seus ramos, foi desenvolvido na década de 60. Entre 1971 e 1986, 335 pacientes receberam, no The Hospital for Sick Children, de Londres, condutos extracardíacos para o lado direito do coração; 176 destes foram homoenxertos aórticos, preservados em solução antibióticonutriente; 140 heteroenxertos (Hancock, Ross, Carpentier-Edwards, lonescu-Shiley e 19 tubos não valvulados. Estes condutos foram usados na correção de defeitos cardíacos complexos. A idade média foi de 6,34 anos e o peso médio, de 17,8 kg. O diâmetro interno dos condutos variou de 8 a 30 mm. A mortalidade hospitalar foi de 29,2% e o seguimento dos sobrevivente teve uma duração máxima de 14,3 anos, sendo que apenas 40% delas foram relacionadas ao conduto extracardíaco. A curva atuarial, livre de obstrução, dos condutos extracardíacos foi significativa, quando se analisaram os homoenxertos, face a cada grupo de heteroenxertos (p < 0,005). Os fatores de risco mais importantes foram: o número de complicações pós-operatórias, para óbitos tardios; a severidade das lesões associadas, para as reoperações; a data da cirurgia, para a troca do conduto extracardíaco, e a severidade das lesões associadas, para a obstrução. Assim, conclui-se que, a longo prazo, o uso de condutos valvulados extracardíacos tem bons resultados, especialmente no que se refere aos homoenxertos. Pelos dados apresentados, os homoenxertos aórticos, preservados em solução antibiótico-nutriente, continuam a ser nossa primeira escolha na reconstrução da via de saída ventrículo-pulmonar.
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