Descompressão e instrumentação na estenose lombar: relação entre os níveis operados e as complicações intra e pós-operatórias imediatas
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Data de Publicação: | 2013 |
Outros Autores: | , , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
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Título da fonte: | Coluna/Columna |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1808-18512013000300005 |
Resumo: | OBJECTIVO: Na cirurgia lombar, a instrumentação pedicular proporciona a estabilização dos segmentos afectados e favorece a artrodese. Trata-se na maioria das vezes de procedimentos complexos em pacientes idosos e com várias co-morbilidades. O número de níveis a descomprimir/artrodesar nem sempre é consensual. Os autores pretendem determinar se existe relação entre o número de níveis operados e as complicações intra e pós-operatórias. MÉTODOS: Estudo retrospectivo que incluiu 50 indivíduos com estenose lombar submetidos a descompressão e fixação vertebral posterior entre 2009 e 2010. Idade média 65,98±8,82 anos. Contabilização dos níveis instrumentados (NI) e níveis descomprimidos (ND). Variáveis averiguadas: Tempo de recobro em unidade pós-anestésica/intensivos (UPA); Unidades de glóbulos rubros transfundidos (GR); Variação da concentração de Hemoglobina (Hgb); Tempo cirúrgico (minutos); dias de internamento; ASA score (American Society of Anesthesiologists). Contabilização das complicações neurológicas, infecciosas, vasculares, Mau posicionamento parafusos e doentes reoperados. Divisão em dois grupos: Grupo A: ≤3 NI e GrupoB: >3 NI. Estudo estatístico em SPSS®. RESULTADOS: Relação entre NI e ND com mais GR, mais tempo UPA, maior perda Hgb e maior tempo cirúrgico (p<0,05). Relação entre NI e ND com maior número de complicações (p<0,05). Instrumentações/descompressões >3 níveis associadas a maior necessidade de transfusão (p<0,05), mais tempo na UPA (p<0,05), maior perda hemática (p<0,05), maior tempo cirúrgico (p<0,05) e maior incidência de complicações (p<0,05). CONCLUSÃO: Na estenose lombar, instrumentações/descompressões acima de três níveis têm taxa de complicações mais elevada, assim, no planeamento pré-operatório a relação risco/benefício deve ser ponderada particularmente nos pacientes mais idosos e com mais co-morbilidades. |
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