Variação de conduta cirúrgica em doença degenerativa da coluna lombar

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Novaes,Luís Felipe Pamplona
Data de Publicação: 2009
Outros Autores: Risso Neto,Marcelo Ítalo, Veiga,Ivan Guidolin, Pasqualini,Wagner, Cavali,Paulo Tadeu Maia, Landim,Elcio
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Coluna/Columna
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1808-18512009000100004
Resumo: OBJETIVO: examinar a variação da decisão de tratamento entre cirurgiões de coluna para cinco situações clínicas que envolvam condições degenerativas da coluna lombar e determinar se fatores como tipo de treinamento do cirurgião, experiência e idade são como preditores da tomada de decisões para cada caso. MÉTODOS: dez ortopedistas e dez neurocirurgiões, de diferentes idades, responderam questões sobre a necessidade de cirurgia, opções de via de acesso, realização de descompressão, realização de artrodese, com ou sem instrumentação, para cinco casos de doença degenerativa da coluna lombar por meio de informações da história, exame clínico e exames de imagem adequados (todos tiveram acesso às mesmas informações e foram orientados a responder com base em sua prática clínica). Os casos foram: discopatia com instabilidade vertebral em um paciente jovem; hérnia de disco extrusa em paciente jovem; estenose de canal vertebral múltiplos níveis sem deformidade; estenose canal múltiplos níveis com cifoescoliose degenerativa; hérnia de disco com artrose facetária. Na análise estatística foi utilizado o teste "t" de student para comparar o fator especialidade e médias de idade com as variáveis de tratamento (significativo quando p<0,05). RESULTADOS: a média de idade dos pacientes era de 42,15 anos (variando de 29 a 56 anos). Dos pacientes entrevistados, 12 (60%) são de origem do Estado de São Paulo e oito (40%) de outros Estados. Não foram observadas variações significativas para diferentes abordagens. De um modo geral, os ortopedistas recomendam a realização de artrodese e instrumentação com mais frequência que os neurocirurgiões, com significância maior no caso de escoliose degenerativa com estenose de canal (p=0,04) e também no caso de hérnia discal (p=0,01). Com relação a idade, cirurgiões mais experientes optaram mais pela instrumentação que os mais jovens no caso de estenose e instabilidade sem deformidade (p=0,001). CONCLUSÃO: há concordância quanto às preferências dos cirurgiões de coluna, sendo que as diferenças restringem-se a preferência pela instrumentação entre os ortopedistas quando confrontados com casos de hérnia de disco lombar, bem como o tratamento não apenas da clínica neurológica, mas também da deformidade no caso de escoliose degenerativa. A idade dos cirurgiões e o tempo de atividade foram pouco determinantes nas indicações cirúrgicas. Há crescente uniformização no treinamento dos cirurgiões de coluna, restando diferenças que remontam talvez a sua formação básica, entre ortopedistas e neurocirurgiões.
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