Espondilite tuberculosa: uma revisão de 31 pacientes do Hospital Santa Marcelina

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Rodrigues,Luiz Cláudio Lacerda
Data de Publicação: 2010
Outros Autores: Bortoletto,Adalberto, Matsumoto,Marcelo Hide
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Coluna/Columna
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1808-18512010000300009
Resumo: INTRODUÇÃO: a infecção da coluna vertebral pelo bacilo de Koch costuma ser devastadora, sendo necessários seu diagnóstico e tratamento precoce. OBJETIVO: avaliar o tratamento e o seguimento em relação à dor, cifose residual, imagem por ressonância magnética (RM), e a importância da biópsia correlacionando-a com o tratamento clínico. Métodos: estudo retrospectivo de 31 pacientes com diagnóstico de espondilite tuberculosa, fazendo uma análise estatística dos dados descritivos: sexo, idade, status neurológico, segmento vertebral acometido, presença de abscesso e cifose residual, e suas correlações clínicas importantes comparando nossos casos com a literatura e correlacionando seus dados, tais como sexo e faixa etária mais comum, se a presença do abscesso influencia no déficit neurológico ou na cifose residual. RESULTADOS: a amostra identificou uma incidência em 23 homens e 8 mulheres. Foi identificado abscesso frio em 4 pacientes, sendo os que apresentaram uma grave deformidade final: a biopsia percutânea foi realizada em 19 pacientes com positividade em 5, não influenciando o tratamento do paciente. A dor pós-tratamento clínico apresentou melhora importante; foi utilizado esquema tríplice por um ano. CONCLUSÃO: o tratamento clínico da tuberculose deve ser iniciado assim que se suspeitar da doença e tiver imagens compatíveis com: corpo vertebral, diminuição da altura do espaço discal e elevação do ligamento longitudinal anterior. Na presença de cifose, o uso de um colete rígido deve ser ponderado, sendo ele o de Boston ou um colete gessado. A avaliação neurológica deve ser acompanhada com um intervalo curto, quinzenalmente nos primeiros três meses, pois se o tratamento clínico for ineficaz e o paciente apresentar déficit neurológico, o tratamento cirúrgico deve ser considerado. A biopsia é um exame de alta especificidade, mas de baixa sensibilidade. Quando positiva, reforça o tratamento medicamentoso.
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