Retalho toracodorsal desepitelizado: um novo conceito para a reconstrução autóloga da mama
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2013 |
Outros Autores: | , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista Brasileira de Cirurgia Plástica (Online) |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1983-51752013000100012 |
Resumo: | INTRODUÇÃO: A associação de retalho muscular toracodorsal com uma extensão fasciocutânea resulta em um amplo retalho, que permite recobrir o defeito cutâneo residual da mastectomia. O objetivo deste estudo é compartilhar 11 anos de experiência com um novo conceito em reconstrução autóloga da mama, utilizando um retalho cutâneo toracodorsal desepitelizado pediculado com músculo grande dorsal como vetor. MÉTODO: Foi realizado um estudo retrospectivo com 247 pacientes operadas de 1999 a 2009. Os parâmetros de interesse incluíram idade, índice de massa corporal, história de tabagismo, radioterapia e quimioterapia, tamanho da mama, dimensões do retalho, tempo cirúrgico, expansão do tecido mamário e índice de complicações. O desenho do retalho toracodorsal em formato de elipse se estende da região da linha dorsal média até a linha inframamária média, com largura máxima na linha axilar média. A extensão fasciocutânea desepitelizada é colocada dissecada juntamente com o músculo grande dorsal como seu veículo e pedículo responsável pelo suprimento sanguíneo, que são levados em monobloco até a área de pele da nova neomama previamente dissecada. O formato e a projeção da mama são restaurados gradualmente como uma expansão de tecido. RESULTADOS: Reconstruções imediata e tardia da mama foram realizadas em 14,5% e 85,5% das pacientes, respectivamente. A reconstrução bilateral da mama foi realizada em 8,9% das pacientes. Nenhuma das pacientes submetidas a radioterapia mamária (76,7%) recebeu implantes para reconstrução. O tempo cirúrgico médio foi de 2 horas e 20 minutos. A expansão da pele mamária não irradiada foi realizada em um período de 3 meses, enquanto a expansão da pele irradiada levou um período médio de 5 meses após a reconstrução tardia. A taxa de complicações foi de 11,3%. Não houve perda total do retalho. A taxa de seroma foi de 7% após a remoção dos drenos. O tempo de hospitalização médio foi de 3 dias. Foi realizado remodelamento da mama contralateral em 92% dos casos e enxerto de gordura em 14% das pacientes. Em um período médio de acompanhamento de 4 anos, a taxa de satisfação das pacientes foi elevada. CONCLUSÕES: O retalho toracodorsal é uma opção cirúrgica segura e confiável para a reconstrução autóloga da mama. As principais vantagens são a obtenção de grandes volumes de mama contornando o uso de material protético, evitando-se a aparência de retalho na mama reconstruída, obtendo-se expansão tecidual e, ao mesmo tempo, garantindo morbidade aceitável no sítio doador. |
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