Formas terapêuticas jurídicas para o litígio entre médicos e pacientes
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2022 |
Outros Autores: | , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista Brasileira de Cirurgia Plástica (Online) |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1983-51752022000300388 |
Resumo: | RESUMO Com a maior possibilidade de conhecimento e acesso a informações, o paciente deixa de ser uma parte passiva no relacionamento médico-paciente, sendo a cada dia mais contestador e argumentativo a respeito de seus diagnósticos e terapêuticas instituídas. Parte destes questionamentos, principalmente no que diz respeito a intercorrências médicas, acaba por desgastar esta relação, fenômeno que tem sido descrito como um potencializador na judicialização dos conflitos médicos no mundo. Com esta trajetória, assistiu-se de perto a um afastamento nessa relação médico-paciente, não apenas com um público geral mais desconfiado das prestações de serviços, mas também um médico mais desgastado, com posturas defensivas, hiperespecializado e, consequentemente, mais técnico e formalista do que humano e empático. O reforço na informação médica e na comunicação entre as partes é um sinalizador forte no que se pensa de uma profilaxia jurídica nas prestações de serviços médicos. Ainda assim, intercorrências ocorrem, e posturas diversas existem frente ao ocorrido. Quando isso ocorre, temos hoje a possibilidade de contar com um grande sistema jurídico dito “multiportas”, capacitado a abrigar a contingência necessária, a depender do diagnóstico nas relações entre as partes, para uma terapia jurídica adequada a cada situação em particular. Tal “terapêutica jurídica” pode dar-se por autocomposição, como os consagrados métodos de mediação ou conciliação, já não estranhos à área da saúde, ou por métodos heterocompositivos, e, entres estes, a já conhecida tutela Estatal e a Arbitragem, por autonomia da vontade das partes desde que o direito a ser discutido seja disponível. |
id |
SBCP-2_a15bd2731975eb1a6725db728365871a |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:scielo:S1983-51752022000300388 |
network_acronym_str |
SBCP-2 |
network_name_str |
Revista Brasileira de Cirurgia Plástica (Online) |
repository_id_str |
|
spelling |
Formas terapêuticas jurídicas para o litígio entre médicos e pacientesSaúdeSaúde/legislação & jurisprudênciaRelações médico-pacienteJurisprudência médicaArbitragemRESUMO Com a maior possibilidade de conhecimento e acesso a informações, o paciente deixa de ser uma parte passiva no relacionamento médico-paciente, sendo a cada dia mais contestador e argumentativo a respeito de seus diagnósticos e terapêuticas instituídas. Parte destes questionamentos, principalmente no que diz respeito a intercorrências médicas, acaba por desgastar esta relação, fenômeno que tem sido descrito como um potencializador na judicialização dos conflitos médicos no mundo. Com esta trajetória, assistiu-se de perto a um afastamento nessa relação médico-paciente, não apenas com um público geral mais desconfiado das prestações de serviços, mas também um médico mais desgastado, com posturas defensivas, hiperespecializado e, consequentemente, mais técnico e formalista do que humano e empático. O reforço na informação médica e na comunicação entre as partes é um sinalizador forte no que se pensa de uma profilaxia jurídica nas prestações de serviços médicos. Ainda assim, intercorrências ocorrem, e posturas diversas existem frente ao ocorrido. Quando isso ocorre, temos hoje a possibilidade de contar com um grande sistema jurídico dito “multiportas”, capacitado a abrigar a contingência necessária, a depender do diagnóstico nas relações entre as partes, para uma terapia jurídica adequada a cada situação em particular. Tal “terapêutica jurídica” pode dar-se por autocomposição, como os consagrados métodos de mediação ou conciliação, já não estranhos à área da saúde, ou por métodos heterocompositivos, e, entres estes, a já conhecida tutela Estatal e a Arbitragem, por autonomia da vontade das partes desde que o direito a ser discutido seja disponível.Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica2022-09-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersiontext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1983-51752022000300388Revista Brasileira de Cirurgia Plástica v.37 n.3 2022reponame:Revista Brasileira de Cirurgia Plástica (Online)instname:Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP)instacron:SBCP10.5935/2177-1235.2022rbcp.553-ptinfo:eu-repo/semantics/openAccessWARDE-FILHO,MARIO JORGENUNES,MARIA DO PATROCINIO TENORIOYARSHELL,FLAVIO LUIZpor2022-10-25T00:00:00Zoai:scielo:S1983-51752022000300388Revistahttp://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_serial&pid=1983-5175&lng=pt&nrm=isoONGhttps://old.scielo.br/oai/scielo-oai.php||rbcp@cirurgiaplastica.org.br2177-12351983-5175opendoar:2022-10-25T00:00Revista Brasileira de Cirurgia Plástica (Online) - Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP)false |
dc.title.none.fl_str_mv |
Formas terapêuticas jurídicas para o litígio entre médicos e pacientes |
title |
Formas terapêuticas jurídicas para o litígio entre médicos e pacientes |
spellingShingle |
Formas terapêuticas jurídicas para o litígio entre médicos e pacientes WARDE-FILHO,MARIO JORGE Saúde Saúde/legislação & jurisprudência Relações médico-paciente Jurisprudência médica Arbitragem |
title_short |
Formas terapêuticas jurídicas para o litígio entre médicos e pacientes |
title_full |
Formas terapêuticas jurídicas para o litígio entre médicos e pacientes |
title_fullStr |
Formas terapêuticas jurídicas para o litígio entre médicos e pacientes |
title_full_unstemmed |
Formas terapêuticas jurídicas para o litígio entre médicos e pacientes |
title_sort |
Formas terapêuticas jurídicas para o litígio entre médicos e pacientes |
author |
WARDE-FILHO,MARIO JORGE |
author_facet |
WARDE-FILHO,MARIO JORGE NUNES,MARIA DO PATROCINIO TENORIO YARSHELL,FLAVIO LUIZ |
author_role |
author |
author2 |
NUNES,MARIA DO PATROCINIO TENORIO YARSHELL,FLAVIO LUIZ |
author2_role |
author author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
WARDE-FILHO,MARIO JORGE NUNES,MARIA DO PATROCINIO TENORIO YARSHELL,FLAVIO LUIZ |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Saúde Saúde/legislação & jurisprudência Relações médico-paciente Jurisprudência médica Arbitragem |
topic |
Saúde Saúde/legislação & jurisprudência Relações médico-paciente Jurisprudência médica Arbitragem |
description |
RESUMO Com a maior possibilidade de conhecimento e acesso a informações, o paciente deixa de ser uma parte passiva no relacionamento médico-paciente, sendo a cada dia mais contestador e argumentativo a respeito de seus diagnósticos e terapêuticas instituídas. Parte destes questionamentos, principalmente no que diz respeito a intercorrências médicas, acaba por desgastar esta relação, fenômeno que tem sido descrito como um potencializador na judicialização dos conflitos médicos no mundo. Com esta trajetória, assistiu-se de perto a um afastamento nessa relação médico-paciente, não apenas com um público geral mais desconfiado das prestações de serviços, mas também um médico mais desgastado, com posturas defensivas, hiperespecializado e, consequentemente, mais técnico e formalista do que humano e empático. O reforço na informação médica e na comunicação entre as partes é um sinalizador forte no que se pensa de uma profilaxia jurídica nas prestações de serviços médicos. Ainda assim, intercorrências ocorrem, e posturas diversas existem frente ao ocorrido. Quando isso ocorre, temos hoje a possibilidade de contar com um grande sistema jurídico dito “multiportas”, capacitado a abrigar a contingência necessária, a depender do diagnóstico nas relações entre as partes, para uma terapia jurídica adequada a cada situação em particular. Tal “terapêutica jurídica” pode dar-se por autocomposição, como os consagrados métodos de mediação ou conciliação, já não estranhos à área da saúde, ou por métodos heterocompositivos, e, entres estes, a já conhecida tutela Estatal e a Arbitragem, por autonomia da vontade das partes desde que o direito a ser discutido seja disponível. |
publishDate |
2022 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2022-09-01 |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1983-51752022000300388 |
url |
http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1983-51752022000300388 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
10.5935/2177-1235.2022rbcp.553-pt |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
text/html |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica |
publisher.none.fl_str_mv |
Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica |
dc.source.none.fl_str_mv |
Revista Brasileira de Cirurgia Plástica v.37 n.3 2022 reponame:Revista Brasileira de Cirurgia Plástica (Online) instname:Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP) instacron:SBCP |
instname_str |
Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP) |
instacron_str |
SBCP |
institution |
SBCP |
reponame_str |
Revista Brasileira de Cirurgia Plástica (Online) |
collection |
Revista Brasileira de Cirurgia Plástica (Online) |
repository.name.fl_str_mv |
Revista Brasileira de Cirurgia Plástica (Online) - Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP) |
repository.mail.fl_str_mv |
||rbcp@cirurgiaplastica.org.br |
_version_ |
1754821116168241152 |