Formas terapêuticas jurídicas para o litígio entre médicos e pacientes

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: WARDE-FILHO,MARIO JORGE
Data de Publicação: 2022
Outros Autores: NUNES,MARIA DO PATROCINIO TENORIO, YARSHELL,FLAVIO LUIZ
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista Brasileira de Cirurgia Plástica (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1983-51752022000300388
Resumo: RESUMO Com a maior possibilidade de conhecimento e acesso a informações, o paciente deixa de ser uma parte passiva no relacionamento médico-paciente, sendo a cada dia mais contestador e argumentativo a respeito de seus diagnósticos e terapêuticas instituídas. Parte destes questionamentos, principalmente no que diz respeito a intercorrências médicas, acaba por desgastar esta relação, fenômeno que tem sido descrito como um potencializador na judicialização dos conflitos médicos no mundo. Com esta trajetória, assistiu-se de perto a um afastamento nessa relação médico-paciente, não apenas com um público geral mais desconfiado das prestações de serviços, mas também um médico mais desgastado, com posturas defensivas, hiperespecializado e, consequentemente, mais técnico e formalista do que humano e empático. O reforço na informação médica e na comunicação entre as partes é um sinalizador forte no que se pensa de uma profilaxia jurídica nas prestações de serviços médicos. Ainda assim, intercorrências ocorrem, e posturas diversas existem frente ao ocorrido. Quando isso ocorre, temos hoje a possibilidade de contar com um grande sistema jurídico dito “multiportas”, capacitado a abrigar a contingência necessária, a depender do diagnóstico nas relações entre as partes, para uma terapia jurídica adequada a cada situação em particular. Tal “terapêutica jurídica” pode dar-se por autocomposição, como os consagrados métodos de mediação ou conciliação, já não estranhos à área da saúde, ou por métodos heterocompositivos, e, entres estes, a já conhecida tutela Estatal e a Arbitragem, por autonomia da vontade das partes desde que o direito a ser discutido seja disponível.
id SBCP-2_a15bd2731975eb1a6725db728365871a
oai_identifier_str oai:scielo:S1983-51752022000300388
network_acronym_str SBCP-2
network_name_str Revista Brasileira de Cirurgia Plástica (Online)
repository_id_str
spelling Formas terapêuticas jurídicas para o litígio entre médicos e pacientesSaúdeSaúde/legislação & jurisprudênciaRelações médico-pacienteJurisprudência médicaArbitragemRESUMO Com a maior possibilidade de conhecimento e acesso a informações, o paciente deixa de ser uma parte passiva no relacionamento médico-paciente, sendo a cada dia mais contestador e argumentativo a respeito de seus diagnósticos e terapêuticas instituídas. Parte destes questionamentos, principalmente no que diz respeito a intercorrências médicas, acaba por desgastar esta relação, fenômeno que tem sido descrito como um potencializador na judicialização dos conflitos médicos no mundo. Com esta trajetória, assistiu-se de perto a um afastamento nessa relação médico-paciente, não apenas com um público geral mais desconfiado das prestações de serviços, mas também um médico mais desgastado, com posturas defensivas, hiperespecializado e, consequentemente, mais técnico e formalista do que humano e empático. O reforço na informação médica e na comunicação entre as partes é um sinalizador forte no que se pensa de uma profilaxia jurídica nas prestações de serviços médicos. Ainda assim, intercorrências ocorrem, e posturas diversas existem frente ao ocorrido. Quando isso ocorre, temos hoje a possibilidade de contar com um grande sistema jurídico dito “multiportas”, capacitado a abrigar a contingência necessária, a depender do diagnóstico nas relações entre as partes, para uma terapia jurídica adequada a cada situação em particular. Tal “terapêutica jurídica” pode dar-se por autocomposição, como os consagrados métodos de mediação ou conciliação, já não estranhos à área da saúde, ou por métodos heterocompositivos, e, entres estes, a já conhecida tutela Estatal e a Arbitragem, por autonomia da vontade das partes desde que o direito a ser discutido seja disponível.Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica2022-09-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersiontext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1983-51752022000300388Revista Brasileira de Cirurgia Plástica v.37 n.3 2022reponame:Revista Brasileira de Cirurgia Plástica (Online)instname:Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP)instacron:SBCP10.5935/2177-1235.2022rbcp.553-ptinfo:eu-repo/semantics/openAccessWARDE-FILHO,MARIO JORGENUNES,MARIA DO PATROCINIO TENORIOYARSHELL,FLAVIO LUIZpor2022-10-25T00:00:00Zoai:scielo:S1983-51752022000300388Revistahttp://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_serial&pid=1983-5175&lng=pt&nrm=isoONGhttps://old.scielo.br/oai/scielo-oai.php||rbcp@cirurgiaplastica.org.br2177-12351983-5175opendoar:2022-10-25T00:00Revista Brasileira de Cirurgia Plástica (Online) - Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP)false
dc.title.none.fl_str_mv Formas terapêuticas jurídicas para o litígio entre médicos e pacientes
title Formas terapêuticas jurídicas para o litígio entre médicos e pacientes
spellingShingle Formas terapêuticas jurídicas para o litígio entre médicos e pacientes
WARDE-FILHO,MARIO JORGE
Saúde
Saúde/legislação & jurisprudência
Relações médico-paciente
Jurisprudência médica
Arbitragem
title_short Formas terapêuticas jurídicas para o litígio entre médicos e pacientes
title_full Formas terapêuticas jurídicas para o litígio entre médicos e pacientes
title_fullStr Formas terapêuticas jurídicas para o litígio entre médicos e pacientes
title_full_unstemmed Formas terapêuticas jurídicas para o litígio entre médicos e pacientes
title_sort Formas terapêuticas jurídicas para o litígio entre médicos e pacientes
author WARDE-FILHO,MARIO JORGE
author_facet WARDE-FILHO,MARIO JORGE
NUNES,MARIA DO PATROCINIO TENORIO
YARSHELL,FLAVIO LUIZ
author_role author
author2 NUNES,MARIA DO PATROCINIO TENORIO
YARSHELL,FLAVIO LUIZ
author2_role author
author
dc.contributor.author.fl_str_mv WARDE-FILHO,MARIO JORGE
NUNES,MARIA DO PATROCINIO TENORIO
YARSHELL,FLAVIO LUIZ
dc.subject.por.fl_str_mv Saúde
Saúde/legislação & jurisprudência
Relações médico-paciente
Jurisprudência médica
Arbitragem
topic Saúde
Saúde/legislação & jurisprudência
Relações médico-paciente
Jurisprudência médica
Arbitragem
description RESUMO Com a maior possibilidade de conhecimento e acesso a informações, o paciente deixa de ser uma parte passiva no relacionamento médico-paciente, sendo a cada dia mais contestador e argumentativo a respeito de seus diagnósticos e terapêuticas instituídas. Parte destes questionamentos, principalmente no que diz respeito a intercorrências médicas, acaba por desgastar esta relação, fenômeno que tem sido descrito como um potencializador na judicialização dos conflitos médicos no mundo. Com esta trajetória, assistiu-se de perto a um afastamento nessa relação médico-paciente, não apenas com um público geral mais desconfiado das prestações de serviços, mas também um médico mais desgastado, com posturas defensivas, hiperespecializado e, consequentemente, mais técnico e formalista do que humano e empático. O reforço na informação médica e na comunicação entre as partes é um sinalizador forte no que se pensa de uma profilaxia jurídica nas prestações de serviços médicos. Ainda assim, intercorrências ocorrem, e posturas diversas existem frente ao ocorrido. Quando isso ocorre, temos hoje a possibilidade de contar com um grande sistema jurídico dito “multiportas”, capacitado a abrigar a contingência necessária, a depender do diagnóstico nas relações entre as partes, para uma terapia jurídica adequada a cada situação em particular. Tal “terapêutica jurídica” pode dar-se por autocomposição, como os consagrados métodos de mediação ou conciliação, já não estranhos à área da saúde, ou por métodos heterocompositivos, e, entres estes, a já conhecida tutela Estatal e a Arbitragem, por autonomia da vontade das partes desde que o direito a ser discutido seja disponível.
publishDate 2022
dc.date.none.fl_str_mv 2022-09-01
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1983-51752022000300388
url http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1983-51752022000300388
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv 10.5935/2177-1235.2022rbcp.553-pt
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv text/html
dc.publisher.none.fl_str_mv Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica
publisher.none.fl_str_mv Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica
dc.source.none.fl_str_mv Revista Brasileira de Cirurgia Plástica v.37 n.3 2022
reponame:Revista Brasileira de Cirurgia Plástica (Online)
instname:Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP)
instacron:SBCP
instname_str Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP)
instacron_str SBCP
institution SBCP
reponame_str Revista Brasileira de Cirurgia Plástica (Online)
collection Revista Brasileira de Cirurgia Plástica (Online)
repository.name.fl_str_mv Revista Brasileira de Cirurgia Plástica (Online) - Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP)
repository.mail.fl_str_mv ||rbcp@cirurgiaplastica.org.br
_version_ 1754821116168241152