Células fúngicas permanecem viáveis por até doze dias em lesões de cromomicose tratadas pela criocirurgia com nitrogênio líquido

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Castro,Luiz G. M.
Data de Publicação: 2003
Outros Autores: Salebian,Alberto, Lacaz,Carlos da Silva
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Anais brasileiros de dermatologia (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0365-05962003000300003
Resumo: FUNDAMENTOS: A criocirurgia com nitrogênio líquido (C-N2L) é um método terapêutico que vem sendo usado com freqüência crescente no tratamento da cromomicose. Acreditava-se anteriormente que as temperaturas baixas poderiam destruir o agente infectante, mas foi demonstrado que as culturas fúngicas em temperaturas tão baixas como -196°C não causaria a morte do mesmo. Apesar da comprovada eficácia, ainda não se conhece o exato mecanismo de cura. OBJETIVO: Avaliar o período de persistência de fungos viáveis em lesões de cromomicose tratadas pela C-N2L. PACIENTES E MÉTODOS: Cinco pacientes com cromomicose tiveram suas lesões tratadas pela C-N2L. Foram colhidos, em diferentes intervalos de tempo após a criocirurgia, fragmentos do tecido tratado. A coleta, realizada com punch de 4mm, foi feita em três períodos diferentes: de 0 a 48h, de cinco a sete dias e de 10 a 14 dias após a realização da criocirurgia. Os fragmentos obtidos foram inoculados em Agar Sabouraud para verificação de crescimento de colônias fúngicas. Cada paciente teve um total de três amostras colhidas, uma em cada um dos três períodos mencionados. RESULTADOS: O crescimento de colônias foi maior nas coletas mais precoces, enquanto nas amostras colhidas entre o pós-operatório imediato e o quinto dia de pós-operatório o índice de viabilidade foi de 7/8 (87,5%), e naquelas colhidas a partir do sexto dia de pós-operatório foi de apenas 2/7 (28,5%). O maior período de pós-operatório que demonstrou positividade foi de 12 dias. CONCLUSÃO: Os resultados confirmam os achados anteriores, os quais demonstraram que as baixas temperaturas alcançadas pela C-N2L não são responsáveis pela destruição dos fungos nas lesões de cromomicose. Os autores acreditam que fenômenos biológicos tardios, como necrose ou imunoestimulação sejam os verdadeiros responsáveis pela erradicação dos fungos nas lesões de cromomicose.
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